Secretária diz que servidores administrativos terão
prioridade
Durante audiência com os parlamentares da Comissão
de Administração Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais,
a secretária de Estado de Planejamento e Gestão, Renata Vilhena,
afirmou que os servidores administrativos do Estado terão prioridade
na concessão de futuros reajustes salariais. O encontro aconteceu
nesta terça-feira (1/9/09) à tarde, em visita dos deputados à
secretaria. Participaram da visita os parlamentares Délio Malheiros
(PV), presidente da Comissão de Administração Pública, Domingos
Sávio (PSDB), Almir Paraca (PT) e Neider Moreira (PPS).
De acordo com o deputado Délio Malheiros, autor do
requerimento para realização da visita, a secretária de Planejamento
advertiu que será difícil corrigir a defasagem salarial ainda em
2009, em função da queda na arrecadação. "Ela deixou uma luz no fim
do túnel, uma vez que disse que os servidores administrativos terão
prioridade quando a arrecadação se recuperar. Só não marcou data",
afirmou o parlamentar. Ele acrescentou que a própria Renata Vilhena
admitiu a gravidade da situação dos servidores administrativos da
Secretaria de Estado de Educação, que tem mais de 100 mil destes
funcionários.
A secretária de Planejamento informou aos
parlamentares que a arrecadação mensal do Estado caiu de R$ 2,3
bilhões para R$ 1,7 bilhão. "De qualquer forma, a defasagem salarial
destes servidores é enorme e merece uma atenção especial do Estado",
declarou Malheiros. A Assembleia Legislativa realizou recentemente
duas audiências públicas sobre a situação dos servidores
administrativos. Na mais recente, realizada a requerimento do
deputado Almir Paraca (PT) em 27 de maio, os deputados
comprometeram-se a entregar pessoalmente a Renata Vilhena as
reivindicações de reestruturação das carreiras dos servidores
administrativos efetivos do Estado.
A decisão foi tomada após os parlamentares
conhecerem a situação salarial e funcional de técnicos, analistas e
auxiliares lotados na Secretaria de Estado de Educação e nas
Polícias Militar e Civil, entre outros órgãos. O Teatro da
Assembleia ficou lotado de servidores que fizeram desabafos
emocionados e cobraram resposta imediata do governo a suas
reivindicações. Na ocasião, também foi aprovado requerimento para
que a Seplag encaminhe à Assembleia projeto de reestruturação das
carreiras.
Entre as reivindicações, destacam-se, no âmbito da
Polícia Civil, a extensão de reajustes e benefícios aplicados aos
policiais também para a área administrativa, bem como o aumento da
jornada de trabalho de 30 para 40 horas semanais, com aumento
salarial correspondente; e, no âmbito da Secretaria de Educação,
reajuste salarial, a fim de recompor os vencimentos aos níveis de
anos anteriores.
Presenças - Délio
Malheiros (PV), presidente, Domingos Sávio (PSDB), Almir Paraca (PT)
e Neider Moreira (PPS).
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