Preconceito contra pessoas que tiveram a gripe suína motiva
audiência
O preconceito sofrido pelas pessoas que contraíram
a gripe suína motivou audiência pública da Comissão de Direitos
Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais. A reunião foi
solicitada pelo deputado Durval Ângelo (PT), presidente da comissão,
após ter recebido solicitação da direção do Colégio Marista, um dos
primeiros focos da gripe na rede de ensino identificado em Belo
Horizonte. A audiência está marcada para esta quarta-feira (2/9/09),
às 9 horas, no Auditório. Professores e alunos da escola relatam
episódios de constrangimento em ônibus, por exemplo, quando
passageiros se levantam do lugar quando alguém com uniforme do
colégio senta-se ao lado.
O autor do requerimento lembra que a nova gripe já
foi tema de debate na Comissão de Saúde, que abordou as medidas de
prevenção e tratamento da doença e pela Comissão de Segurança
Pública, que tratou da incidência da doença nas cadeias. "Agora
chegou a vez de discutir o assunto no âmbito dos direitos humanos,
porque não podemos deixar que a gripe seja motivo de estigmatização,
como já ocorreu com outras doenças, como a tuberculose, a hanseníase
e a Aids", afirmou o deputado que acredita que a melhor forma de
evitar o preconceito é a conscientização.
Foram convidados para a audiência pública o diretor
e o professor de Biologia do Colégio Marista Dom Silvério, Roberto
Valentim da Silva Gameiro e Vinícius Trindade Lopes de Moura; o
aluno do 2º ano do ensino médio, Manir Elias Donato Neto; o pai de
aluno do colégio, Eduardo Gomes Braga Júnior; a médica e gerente de
Epidemiologia e Informação da Secretaria Municipal de Saúde, Lúcia
Maria Miana Mattos Paixão; e o psicólogo Marcelo Ricardo Pereira.
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