Comissão verifica situação de risco em casa no Prado, em BH

A Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais visitou, na manhã desta quarta-feira (26/8/0...

26/08/2009 - 00:03
Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais
 

Comissão verifica situação de risco em casa no Prado, em BH

A Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais visitou, na manhã desta quarta-feira (26/8/09), imóvel residencial na Rua Três Corações, 271, no bairro Prado, em Belo Horizonte, para verificar o surgimento de rachaduras e infiltrações que teriam sido provocadas pela construção de prédio vizinho à residência. Emocionada, a moradora da casa, dona Florípedes Barbosa Campregher, de 70 anos, disse aos deputados Durval Ângelo (PT) e Antônio Genaro (PSC) que os problemas começaram há cinco anos, tendo a construtora obstruído a rede de esgoto da casa e a saída da água da chuva que, retornando ao imóvel, estaria se infiltrando no terreno e prejudicando a fundação.

Os deputados apontaram manchas no piso do imóvel, grandes rachaduras nas paredes de praticamente todos os cômodos e rebocos se soltando, além de restos de material de obra nos fundos da casa, em área descoberta. Verificaram, ainda, que o muro da casa que ladeia o prédio está inacabado, expondo tijolos novos que foram deixados sem reboco.

"Temos aqui uma situação absurda e insustentável, numa casa que deixou de ser de moradia para se tornar um local de risco", concluiu o presidente da comissão. Segundo ele, as condições precárias do imóvel sugerem que houve uma sucessão de omissões que serão apuradas pela comissão. A partir de relatório sobre a visita dos deputados, acompanhada por representantes do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Crea-MG) e da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese), o parlamentar anunciou que será agendada uma reunião para definir que providências deverão ser adotadas quanto à situação do imóvel.

Para o deputado Antônio Genaro, há sinais de que a construtora possa ter se apropriado de parte do terreno da residência, como o deslocamento do portão da casa, conforme também denunciou a moradora à comissão, mas ponderou que a escritura do imóvel precisa ser analisada. "De qualquer forma, os vestígios deixados pela construtora mostram que houve um descaso e um desrespeito neste caso".

Desabafo - "Estou com saudade do meu mundo. Essa não é uma briga de vizinho, é um problema de desrespeito ao idoso", desabafou dona Florípedes aos deputados, dizendo que pouco dorme à noite, segundo ela devido ao barulho de obras inacabadas no prédio e que estariam sendo feitas nesse horário.

Morando sozinha, ela disse que teve restabelecida a rede de esgoto após acionar a Copasa, mas que a água da chuva permanece sem escoamento. Segundo ela, a parte de seu terreno que a construtora teria invadido seria destinada a uma área verde que, após o "habite-se" do prédio, teria sido transformada em estacionamento.

Levantamentos - Segundo o engenheiro Marcos Campolina Alvarenga, do Crea-MG, uma das providências será verificar se a construtora providenciou, antes da obra, um levantamento cautelar, documento que registra a situação das áreas vizinhas antes de qualquer interferência. Esse levantamento, segundo explicou, é aconselhável e permite comprovar impactos da obra sobre imóveis vizinhos e possíveis prejuízos. "Mas já vimos que houve uma truculência na entrada da construtora na casa, deixando restos de obras e a água da chuva confinada".

Já a diretora do Escritório de Direitos Humanos da Sedese, Maressa Miranda, informou que será levantado, junto ao Juizado Especial Criminal, o encaminhamento dado à ação que a moradora informou ter movido contra a construtora. Dona Florípedes apresentou à comissão cópia de boletim de ocorrência por ocasião do desmoronamento de cestos de grua em seu quintal durante a obra e de laudo técnico da Polícia Civil a partir de vistoria feita no imóvel em abril de 2004.

Presenças - Deputados Durval Ângelo (PT), presidente; e Antônio Genaro (PSC).

 

 

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