Cipe discute Plano Integrado da Bacia do Rio Doce

A coordenadora da Comissão Interestadual Parlamentar de Estudos para o Desenvolvimento Sustentável da Bacia do Rio Do...

20/08/2009 - 00:02
Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais
 

Cipe discute Plano Integrado da Bacia do Rio Doce

A coordenadora da Comissão Interestadual Parlamentar de Estudos para o Desenvolvimento Sustentável da Bacia do Rio Doce (Cipe Rio Doce) em Minas Gerais, deputada Cecília Ferramenta (PT), e o 2º-vice-presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, deputado José Henrique (PMDB), estiveram nesta quinta-feira (20/8/09) na cidade capixaba de Serra, na Grande Vitória, para participarem de uma audiência pública em que foi apresentado o Plano Integrado de Recursos Hídricos da Bacia do Rio Doce.

"Integração e Desenvolvimento Rural" foi o tema do evento, promovido pela Cipe Rio Doce, que é integrada por parlamentares de Minas Gerais e do Espírito Santo. O objetivo do encontro foi discutir alternativas para o desenvolvimento da bacia. Na avaliação da presidente da Cipe, a deputada capixaba Luzia Toledo (PTB), o evento proporcionou um momento de integração entre Minas Gerais e Espírito Santo. "Esse tipo de audiência é uma forma da Assembleia (Legislativa do Espírito Santo) sair de sua sede para trabalhar junto da população", argumentou.

Fábio Enhart, técnico da Secretaria de Meio Ambiente e de Recursos Hídricos do Espírito Santo, apresentou o Plano Integrado de Recursos Hídricos da Bacia do Rio Doce, apontando as ações previstas. "O projeto vai englobar o tratamento de esgoto, a construção de caixas secas e as iniciativas de transformação de áreas importantes para a progressão e criação de unidades de concentração de trabalhos. Será também um grande passo para ações, metas, indicadores e propostas para que daqui a dez, 20 anos, tenhamos diminuído significativamente o quadro de degradação do Rio Doce", explicou.

A construção de caixas secas como reservatórios naturais de água também foi tema de palestra. Elas evitam a erosão e o assoreamento, além de armazenarem água para a irrigação das plantações. Segundo o idealizador do projeto, engenheiro agrônomo do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), Aliamar Colmércio, trata-se de uma iniciativa barata e de fácil implantação. "O projeto foi implantado na microbacia do Canaã. Foram feitas 530 caixas secas, e a avaliação do resultado é muito satisfatória. Em um ano foram destinados 50 milhões de litros para os lençóis freáticos. Constatamos um aumento de 25% em uma nascente monitorada e retemos 2,6 mil metros cúbicos de areia que poderiam ir parar nos mananciais. Isso tudo gastando de R$ 1,3 mil a R$ 2 mil por quilômetro", ressaltou.

Reunião proporciona troca de experiências

O prefeito de Santa Teresa (ES), Gilson Amaro, mostrou os efeitos positivos de um modelo de desenvolvimento aliado à preservação ambiental no cultivo de uvas em sua cidade. "Em quatro anos o município cresceu mais de 70%. O faturamento da cultura de uva saltou de R$ 400 mil, em 2005, para R$ 2,2 milhões em 2008 graças ao sistema sustentável que implantamos com a ajuda do Incaper e do Iema", enfatizou.

Já o prefeito de São Roque do Canaã (ES), Marcos Guerra, apresentou os resultados do pagamento de bônus aos agricultores que preservam as nascentes que formam o Rio Benevente. "Fico feliz, pois em pouco tempo já se percebem nitidamente os resultados na reconstrução do meio ambiente", exaltou. Cada agricultor ganhou cerca de R$ 135 por hectare preservado, e o governo agora estuda a expansão do projeto para outras regiões do Estado.

O consultor da área de meio ambiente da ALMG, Pedro Garcia, explicou durante a reunião o Projeto de Lei (PL) 2.771/08, de alteração na Lei Florestal do Estado, que foi aprovado recentemente e aguarda sanção do governador. Garcia apontou os avanços da proposição, sobretudo no que se refere à ocupação humana consolidada em áreas de preservação permanente e a possibilidade de recuperação dessas áreas com manejo agroflorestal, que permite a conciliação da agricultura com a flora nativa.

O deputado José Henrique ressaltou a importância da parceria com o Espírito Santo para a recuperação e preservação do Rio Doce. "A cooperação entre os Estados é fundamental porque a bacia hidrográfica é um bem nacional, de todos os brasileiros. Temos mais de 200 municípios envolvidos", considerou.

A deputada Cecília Ferramenta (PT) sugeriu que a Cipe busque uma audiência com o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, para discutir a implantação do Programa de Revitalização da Bacia Hidrográfica do Rio Doce. Segundo ela, a comissão já contribuiu muito para a melhoria da qualidade de vida das pessoas que vivem em seu entorno. "Não adianta você trabalhar só um lado. São fundamentais a integração e a parceria com o Espírito Santo. Tudo o que a gente faz pela natureza é correspondido. Podemos afirmar que todas as ações já desenvolvidas ao logo desses dez anos têm contribuído, e muito, para melhorar o nível de qualidade de vida das pessoas", observou.

Presenças - Participaram da reunião a presidente da Cipe Rio Doce, Luzia Toledo (PTB); a coordenadora da comissão em Minas Gerais, deputada Cecília Ferramenta (PT); o 2º vice-presidente da ALMG, deputado José Henrique (PMDB); o coordenador da comissão no Espírito Santo, deputado Dary Pagung (PRP); os deputados capixabas Sargento Valter (PSB) e Paulo Roberto (PMN); e os prefeitos de Marilândia (ES), Geder Camata; São Roque do Canaã (ES), Marcos Guerra; e de Santa Teresa (ES), Gilson Amaro.

(com informações da Assessoria de Imprensa da ALES)

 

 

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