Audiência debate condições de trabalho nos call centers

As precárias condições de trabalho e a normatização da profissão dos operadores de call centers vão ser debatidas pel...

14/08/2009 - 00:01
Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais
 

Audiência debate condições de trabalho nos call centers

As precárias condições de trabalho e a normatização da profissão dos operadores de call centers vão ser debatidas pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais, em reunião conjunta das Comissões de Participação Popular e do Trabalho, da Previdência e da Ação Social. O pedido da audiência, que acontece na quinta-feira (20/8/09), às 14h45m, no Auditório, foi feito pelo deputado André Quintão (PT), presidente da Comissão de Participação Popular.

O objetivo do debate, segundo informações do gabinete de Quintão, é fazer uma radiografia das operadoras de call centers que atuam no Estado, do ponto de vista do trabalhador. Para o usuário, o tema foi regulamentado por lei, que define até mesmo o tempo de espera máximo para atendimento do usuário.

"Em compensação não há nada que trate das condições dos trabalhadores dessas empresas, como jornada de trabalho, piso salarial, condições de trabalho", afirma o coordenador do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Telecomunicações (Sinttel), Fernando Antônio Cançado. Para ele, o Estado precisa alinhar-se a outros da Federação, que já têm algum tipo de avanço neste sentido, como São Paulo, que definiu o piso salarial. Discussões já estão avançadas também no Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Goiás, Paraná e Santa Catarina, segundo o dirigente do Sinttel.

Uma das principais dificuldades relacionadas à normatização da atividade é estarem os seus trabalhadores fragmentados em diversas entidades de classe, segundo Fernando Cançado. "O Sinttel tem atuação junto aos trabalhadores das operadoras que prestam serviços às companhias de telefonia, mas há segmentos ligados à Federação dos Comerciários, entre outros.", acrescentou.

Segundo estimativas do Sinttel, em Minas são 150 mil trabalhadores em call centers. No Estado operam pelo menos 10 empresas de grande porte, ainda segundo o sindicato. "O desafio é o reconhecimento da atividade como profissão", finaliza Cançado.

Convidados: Foram convidados para participar da audiência: a procuradora-chefe do Ministério Público do Trabalho-3ª Região, Elaine Noronha Nassif; a auditora fiscal do Trabalho, Lailah Vasconcelos de Oliveira Vilela; o presidente da Federação Interestadual dos Trabalhadores em Telecomunicações, Brígido Roland Ramos; o diretor-presidente da AeC Centro de Contatos, Solemar Batista Andrade; o presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil, Gilson Luiz Reis; e o presidente da CUT/MG, Marco Antônio de Jesus.

 

 

 

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