Lei federal estimula formalização de pequenos empreendedores

A partir de 24 de julho, empreendedores informais mineiros com renda anual de até R$ 36 mil e que tenham até um empre...

15/07/2009 - 00:02
Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais
 

Lei federal estimula formalização de pequenos empreendedores

A partir de 24 de julho, empreendedores informais mineiros com renda anual de até R$ 36 mil e que tenham até um empregado, poderão se legalizar perante a previdência social via internet em aproximadamente meia hora, passando a contar com direitos como auxílio-doença, licença-maternidade, contagem de tempo para aposentadoria e outros. Essa foi a principal notícia trazida pelo ministro da Previdência Social, José Barroso Pimentel, à audiência pública da Comissão de Turismo, Indústria, Comércio e Cooperativismo da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, realizada nesta quarta-feira (15/7/09).

Requerida e presidida pelo deputado Carlos Gomes (PT), a reunião teve como finalidade debater a regulamentação da Lei Complementar Federal 128, de 2008, que instituiu o Microempreendedor Individual (MEI). Por esse instrumento, 11 milhões de trabalhadores autônomos, divididos em 170 profissões, poderão legalizar suas atividades, obtendo rapidamente o registro de pessoa jurídica (CNPJ), inscrição na Junta Comercial e no INSS, além de alvará provisório de funcionamento. Em Minas, são 1,021 milhão de empreendedores individuais, o segundo maior contingente do Brasil, de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostragem Domiciliar (PNAD) de 2007.

A meta do Governo Federal é inserir 1,1 milhão de empreendedores no mercado formal no primeiro ano de vigência da lei. O custo tributário mensal dessa legalização para o empresário individual varia entre R$ 52,15 e R$ 57,15, incluindo as taxas de INSS, ISS e ICMS. Barbeiros, pedreiros, cozinheiras, cabeleireiros e outros profissionais poderão se beneficiar dessa medida. A lista completa de profissões, bem como todas as informações relativas ao assunto, podem ser consultadas no Portal do Empreendedor (www.portaldoempreendedor.gov.br).

Esse site já recebeu, desde 1º de julho, 441 visitas. Apesar de a formalização dos empreendedores só estar disponível aos mineiros, paulistas e fluminenses a partir de 24 de julho, ela já pode ser feita no Distrito Federal, disse o secretário de Comércio e Serviço do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Edson Lupatini Júnior.

O ministro Pimentel destacou a segurança trazida pela nova lei para esses empreendedores: "Na informalidade, eles correm o risco de sofrer uma ação fiscal ou trabalhista e perderem todo o seu patrimônio", salientou. Ele também informou sobre a possibilidade de crescimento proveniente da legalização, uma vez que os bancos públicos estão autorizados a lhes conceder crédito a juros mais baixos que os de mercado. Além disso, empreendedores formais são aptos a participar de licitações públicas. O ministro disse que atualmente 350 mil micro e pequenas empresas são cadastradas como fornecedoras do Governo Federal. O próximo avanço, informou Pimentel, será estender o benefício da formalização aos empreendedores rurais.

Deputados destacam avanço da medida

Para o deputado Carlos Gomes, o MEI é um instrumento muito importante para enfrentar a informalidade no Brasil. Antônio Carlos Arantes (PSC) elogiou sua regulamentação e disse que ela é "um antídoto contra a asfixia dos pequenos empresários". Ruy Muniz (DEM) classificou o MEI como uma iniciativa de inclusão social mais importante que os programas de transferência de renda do Governo Federal, uma vez que "apoia quem faz". O presidente da comissão, deputado Tenente Lúcio (PDT), abriu a audiência pública, mas teve que se ausentar, segundo ele, a pedido do presidente da ALMG, deputado Alberto Pinto Coelho (PP). Por isso, transferiu a condução dos trabalhos ao deputado Carlos Gomes.

Apesar de aplaudir a regulamentação do MEI, o presidente do Conselho das Micro e Pequenas Empresas da Associação Comercial de Minas, Olival Gonzaga de Resende, cobrou aperfeiçoamentos, como agilização no cancelamento do CNPJ e uma análise mais aprofundada sobre a proibição dos devedores do poder público de participarem de licitações. Roberto Simões, presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae-MG, informou que em Belo Horizonte já funciona um escritório preparado para oferecer toda a assessoria necessária à legalização dos empreendedores individuais.

Presenças - Deputados Carlos Gomes (PT), que presidiu a reunião; Antônio Carlos Arantes (PSC), Ruy Muniz (DEM) e Tenente Lúcio (PDT), presidente. Também participaram da reunião os deputados federais Carlos Meles e João Bittar; o prefeito de Congonhas, Anderson Costa Cabido; o presidente do Sindicato dos Escritórios de Contabilidade, Auditoria e Perícias Contábeis do Estado de Minas Gerais, Eduardo Heleno Valadares de Abreu; o diretor da Associação Comercial, Industrial e Agropecuária de Betim, Belchior Gonçalves da Silva; o presidente da Junta Comercial de Minas Gerais, Aires Mascarenhas; e o assessor especial da Prefeitura de Belo Horizonte, Ricardo Pires.

 

 

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