LDO: votação de parecer ficou para a noite desta terça (14)

A votação do parecer sobre o Projeto de Lei (PL) 3.337/09, que contém as diretrizes para a elaboração do Orçamento do...

14/07/2009 - 00:02
Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais
 

LDO: votação de parecer ficou para a noite desta terça (14)

A votação do parecer sobre o Projeto de Lei (PL) 3.337/09, que contém as diretrizes para a elaboração do Orçamento do Estado para 2010 (LDO), ficou para a noite desta terça-feira (14/7/09). Em reunião da Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária ampliada com membros das demais comissões da Assembleia Legislativa de Minas Gerais na tarde desta terça (14), foram distribuídos avulsos (cópias) do parecer sobre o projeto. Nova reunião foi convocada para as 21h25 desta terça (14) para votar o parecer do deputado Juarez Távora (PV).

Das 211 emendas parlamentares apresentadas à LDO, o relator acolheu apenas cinco em sua forma original. Outras nove subemendas foram apresentadas para fazer ajustes no texto de nove emendas. O relator também apresentou outras seis emendas em seu parecer.

O restante das emendas (191) recebeu parecer contrário do relator, a maioria por ter cunho alocativo, ou seja, são emendas que estabelecem que a Lei Orçamentária deverá conter dotações para o custeio de ações específicas ou genéricas. O parecer salienta que o instrumento adequado para criar programas e ações da administração pública estadual é o PPAG, cabendo à Lei Orçamentária, por sua vez, estabelecer, para um determinado exercício, as dotações orçamentárias para as ações já criadas no PPAG.

Essas emendas deveriam ser tratadas, portanto, durante a discussão do PPAG e do Orçamento, cujos projetos terão tramitação iniciada na ALMG até 30 de setembro. O relator registra, ainda, que pelo artigo 166 da Constituição Federal, as emendas ao projeto de LDO não poderão ser aprovadas quando incompatíveis com o PPAG.

Projeto - A previsão da receita, baseada no Relatório Focus do Banco Central, prevê um crescimento de 3,5% para a economia brasileira em 2010, contra 5% previstos pela equipe econômica federal. As previsões de receita para o Estado apresentadas na LDO são: R$ 41,84 bilhões (2010), R$ 44,75 bilhões (2011) e R$ 47,83 bilhões (2012). A proposta do Executivo mantém os 57 programas estruturadores que já existiam em 2009, com destaques para o Proacesso, que deve encerrar em 2010 a pavimentação dos últimos 68 trechos rodoviários previstos; a regionalização da urgência e emergência na área da saúde; a implantação do ensino médio e profissionalizante e a conclusão da Cidade Administrativa (antigo Centro Administrativo do Estado).

Em suas considerações iniciais, o parecer destaca que, apesar do desaquecimento das atividades econômicas em função da crise financeira mundial, as metas fixadas para o superávit primário de 2010 a 2011 apresentam trajetórias ascendentes e têm como referência as expectativas em relação ao crescimento das atividades econômicas nacionais, com projeção de taxas relevantes de crescimento do PIB nacional (5% em 2011 e 2012).

Em relação às despesas, destaca os gastos com pessoal e encargos sociais, que representam 48,7% do total das despesas correntes do Estado. A projeção dessas despesas foi realizada com base na folha de abril de 2009, com crescimento vegetativo de 1,83% ao ano. Em relação aos valores referentes aos anos de 2010 a 2012, foram considerados recursos destinados aos reajustes autorizados, bem como aqueles necessários à cobertura de despesas decorrentes do preenchimento de cargos por concurso público. Estima-se um crescimento de 6% nesse grupo de despesas em 2010, de 8,1% em 2011 e de 9% em 2012.

Por outro lado, aponta o parecer que, em relação à dívida pública, os valores projetados para o pagamento dos seus juros e encargos demonstram uma trajetória declinante nesse item da despesa, de R$ 2,32 bilhões em 2010 para R$ 2,14 bilhões em 2012, tendo em vista os valores crescentes de amortização da dívida, com projeção para R$ 1,31 bilhão em 2010, R$ 1,42 bilhão em 2011 e R$ 1,54 bilhão em 2012.

Sobre riscos fiscais, o parecer registra que os principais referem-se ao desempenho da receita de ICMS, que representa a maior parcela das disponibilidades estaduais. Essa fonte de receita está sujeita a variações distintas de preços administrados, bem como ao comportamento dos preços de mercado. Segundo estimativas do governo, 59,1% da arrecadação de ICMS encontram-se sujeitos à variação de preços de mercado, estando seu desempenho influenciado pela evolução dos índices de preços ao consumidor. Para variações no nível de preços (IPCA), o modelo de estimativa prevê um impacto de 0,97% sobre a receita para cada percentual de variação.

O parecer ressalta ainda que a reforma tributária, prevista na Proposta de Emenda à Constituição Federal 31/07, representa risco de perda de arrecadação para o Estado, tendo em vista as alterações previstas na legislação do ICMS. Estima-se que, com a alteração do princípio de lançamento do ICMS da origem para o destino, considerando-se os dados da balança interestadual de Minas Gerais em 2007, as perdas deverão chegar a 1,7% da arrecadação de ICMS em 2010.

É citado, ainda, que a alteração do ICMS sobre diversos produtos relevantes, como os da cesta básica, resultará em perda de R$ 707,7 milhões. A tributação da operação interestadual com petróleo e seus derivados e energia elétrica deverá ser reduzida a 2%, com impacto de R$ 109,38 milhões negativos, e a alíquota do álcool hidratado a 12% implica perdas de R$ 251,05 milhões.

Presenças - Deputados Zé Maia (PSDB), presidente; Jayro Lessa (DEM), vice; Adelmo Carneiro Leão (PT), Inácio Franco (PV), Juarez Távora (PV), Lafayette de Andrada (PSDB) e deputada Gláucia Brandão (PPS).

 

 

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