Projeto de mudança no Código Florestal vai passar pela FFO

O Projeto de Lei (PL) 2.771/08, de autoria do governador, que prevê alterações no Código Florestal do Estado, vai pas...

08/07/2009 - 00:01
Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais
 

Projeto de mudança no Código Florestal vai passar pela FFO

O Projeto de Lei (PL) 2.771/08, de autoria do governador, que prevê alterações no Código Florestal do Estado, vai passar também pela Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária (FFO) da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, antes da votação no Plenário em 1º turno. O deputado Jayro Lessa (DEM) apresentou requerimento nesse sentido durante Reunião Extraordinária de Plenário na manhã desta quarta-feira (8/7/09).

O projeto, que dispõe sobre a adoção de procedimentos para a obtenção da sustentabilidade das atividades econômicas, tendo em vista a proteção dos remanescentes florestais, tinha sido encaminhado à Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável para avaliação de emenda e substitutivos apresentados em Plenário.

O envio do projeto para a FFO provocou uma discussão acalorada entre os deputados sobre o ritmo de tramitação da matéria. Em razão dos questionamentos dos deputados sobre o projeto, o deputado Fábio Avelar (PSC) distribuiu avulsos (cópias) de seu parecer apresentado na reunião da Comissão de Meio Ambiente também nesta quarta-feira (8). O relator apresentou o substitutivo nº 4 e opinou pela rejeição da emenda nº 3 e dos substitutivos no 2 e 3.

O deputado Jayro Lessa alegou que há aspectos no projeto que ainda merecem discussão, e disse que ele estaria sendo elaborado apenas por órgãos ligados à questão ambiental. "É um projeto que deve ser negociado, não pode ser feito por uma só pessoa", disse o deputado. Ele defendeu que seja discutida a situação dos produtores rurais e afirmou que o PT não se dispôs a discutir o projeto.

O relator da proposição na Comissão de Meio Ambiente, deputado Fábio Avelar, considerou injustas as considerações do deputado Jayro Lessa. Avelar disse que fez reuniões com todos os segmentos interessados e convidou os deputados a contribuírem com seu novo parecer, apresentado nesta quarta (8). "Meu parecer procurou atender à grande maioria desta Casa", afirmou.

Para o deputado André Quintão (PT), o requerimento de Jayro Lessa seria, na verdade, um "mecanismo protelatório" por parte da base governista. O deputado teme que a Assembleia seja responsabilizada pelo governador Aécio Neves pela demora na resolução do problema do desmatamento indiscriminado. "É complicado negociar conteúdo do projeto de um lado e, de outro, termos um mecanismo protelatório. Há algo errado", opinou.

O deputado Gustavo Valadares (DEM) rebateu as críticas de Quintão, dizendo que muitas vezes são os deputados da oposição que apresentam requerimentos para que projetos sejam apreciados em comissões às quais não foram inicialmente distribuídos. Ele disse que o PL 2.771/08 só não passou pela FFO porque o PT pediu sua inclusão na pauta do Plenário. Em 28 de maio, os deputados André Quintão e Padre João (PT) solicitaram a inclusão do projeto na ordem do dia, alegando que a comissão perdeu prazo para apreciar a matéria. Valadares defendeu a continuidade de discussão do projeto pois, segundo ele, o texto ainda não está pronto para ser votado em Plenário.

Deputado quer audiência no Norte de Minas antes da votação

O deputado Carlos Pimenta (PDT) disse que o projeto não deve ser votado antes que haja uma audiência pública no Norte de Minas para se discutir a situação dos produtores rurais da região. Para o deputado Paulo Guedes (PT), "o projeto tem endereço", alegando que o Norte de Minas e o Vale do Jequitinhonha seriam as regiões mais prejudicadas com a legislação ambiental e as determinações do projeto. Ele defende que os aspectos econômicos do PL 2.771/08 sejam mais bem discutidos.

Em resposta, o deputado Padre João ponderou que é preciso responsabilidade na análise da proposição, lembrando que a lei a ser aprovada deve valer para todo o Estado, e não para uma região específica. Ele também fez um apelo para que a FFO não ignore todos os debates e sugestões já apresentados ao projeto.

"Nós precisamos votar um bom projeto, que tem que inovar e avançar", disse o deputado Antônio Júlio (PMDB). Ele considera que as multas aplicadas pelos órgãos de fiscalização ambiental são abusivas.

O deputado Getúlio Neiva (PMDB) defende que as negociações com o governo continuem quando o projeto for analisado pela FFO. Na avaliação do deputado, o texto atual ainda não é satisfatório.

Encerramento de discussão - O deputado Doutor Viana (DEM), que presidiu a Reunião Extraordinária, anunciou que foram encerradas as discussões dos PLs 910/07, 2.396/08 e 2.438/09, que tramitam em 1º turno, e do PL 3.248/09, que tramita em 2º turno. O encerramento da fase de discussão dessas matérias se deu porque os projetos já estavam na pauta do Plenário por seis reuniões.

As demais proposições que estavam na pauta da reunião não foram apreciadas por falta de quórum.

Discussão da ata - O deputado Weliton Prado (PT) pediu ao presidente a retificação da ata da Reunião Extraordinária da noite de terça (7), alegando que também havia solicitado verificação de votação do projeto que cria a agência reguladora de águas e esgoto (PL 3.186/09). Na ata, constava apenas o nome do deputado Carlin Moura (PCdoB). Em resposta, Doutor Viana informou que o pedido de Moura foi feito no momento certo, mas disse que avaliaria a solicitação de Prado.

 

 

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