Comissões da ALMG têm atuação destacada no 1º semestre

Visitas, audiências públicas em Belo Horizonte e no interior do Estado, além da análise de projetos em tramitação, co...

17/07/2009 - 00:05
Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais
 

Comissões da ALMG têm atuação destacada no 1º semestre

Visitas, audiências públicas em Belo Horizonte e no interior do Estado, além da análise de projetos em tramitação, confirmaram o papel das comissões da Assembleia Legislativa de Minas Gerais de intermediar os debates entre a sociedade e os órgãos públicos, dando visibilidade a questões de interesse da comunidade. Mais do que o volume numérico de ações, a qualidade dos temas debatidos mostra o compromisso da ALMG com as grandes questões que interessam ao povo mineiro.

No primeiro semestre de 2009 as comissões apresentaram novidades, como a instalação de cinco comissões extraordinárias, criadas para acompanhar assuntos relevantes para o Estado, reunindo diagnósticos e propostas de ação. Foi criada a 18ª comissão permanente - a de Minas e Energia - e mais uma Comissão Interestadual Parlamentar de Estudos (Cipe da Mineração). Ambas são resultados do Seminário Legislativo Minas de Minas, realizado em junho de 2008.

Os números registrados no primeiro semestre ajudam a dar uma dimensão do intenso trabalho realizado pelos deputados estaduais mineiros. Foram 536 reuniões, entre ordinárias, extraordinárias e especiais, além de 40 audiências públicas no interior e 28 visitas. Os deputados receberam mais de 1.200 convidados e aprovaram quase mil requerimentos.

Comissões permanentes

Projetos que provocam impacto no serviço público, tanto para o funcionalismo quanto para o atendimento à população foram discutidos pela Comissão de Administração Pública. A comissão discutiu, com 59 convidados, proposições que geraram polêmica, como o Projeto de Lei (PL) 2.578/08, do governador, que deu origem à Lei 18.185, de 2009 (regulamenta a contratação temporária de servidores no Estado); a morosidade de processos na Justiça Federal em Minas; a situação de técnicos e analistas da Secretaria de Educação, Polícias Militar e Civil, Bombeiros, Defensoria e outros; e a possibilidade de perda, para os municípios, de verbas da União para merenda Escolar.

Sempre atenta a problemas dos municípios, a Comissão de Assuntos Municipais e Regionalização também se debruçou sobre temas gerais, como na audiência sobre o programa "Luz para Todos" e na visita à BR-381, visando acelerar sua duplicação e a adoção de medidas emergenciais nos trechos com mais acidentes. A comissão promoveu audiências públicas sobre a situação das vítimas de enchentes em Belo Horizonte e sobre o impacto, para o município de Janaúba e região, do fechamento do Frigorífico Independência. A instalação de comarca do Judiciário em Belo Oriente também ocasionou audiência naquele município e visita ao Tribunal de Justiça. No primeiro semestre, a comissão ouviu 63 convidados.

CCJ debate qualidade na elaboração das leis

Vocacionada para a apreciação de aspectos constitucionais, legais e jurídicos de projetos, a Comissão de Constituição e Justiça realizou, em junho, o Debate Público Legística - Qualidade na elaboração e eficácia na aplicação das leis. No evento, parlamentares e professores universitários analisaram duas inovações implementadas pela ALMG recentemente: o monitoramento do Plano Plurianual de Ação Governamental (PPAG) e a consulta pública que integrou a discussão sobre o Plano Decenal de Educação.

Além de 20 audiências públicas e reuniões, a Comissão de Cultura realizou em junho um debate público sobre avanços e desafios da lei de incentivo à cultura nos âmbitos federal e estadual. Foram também abordados no semestre: programas e projetos para promoção da música em Minas; situação do patrimônio cultural do Estado, associado ao Transporte Ferroviário; a cultura popular do Jequitinhonha, seu desenvolvimento e potencialidade; legalização de rádios comunitárias com vistas a facilitar a divulgação da cultura do Estado. Os parlamentares visitaram ainda o município de Campanha, onde discutiram o tombamento da Catedral de Santo Antônio, a mais importante da cidade.

Direitos do consumidor e direitos humanos em destaque

A Comissão de Defesa do Consumidor e do Contribuinte e a Comissão de Direitos Humanos promoveram importantes audiências públicas no primeiro semestre de 2009. A primeira debateu, nas 18 reuniões e uma audiência pública no interior, temas como o pagamento de condomínios nos shoppings e repasse aos usuários; o aumento do preço do gás de cozinha no Estado; a regulamentação de cartões de crédito pelo Banco Central; os valores cobrados por serviços de remoção de veículos apreendidos pelo Detran e pela BHTrans e a situação de consumidores residentes no Vale do Aço e no Vale do Jequitinhonha em débito com a Copasa.

A Comissão de Direitos Humanos promoveu oito audiências e quatro visitas para levantar propostas e corrigir injustiças, principalmente em relação a minorias, como nas reuniões sobre intolerância religiosa conta religiões de matriz africana, sobre o Dia Mundial de Combate à Homofobia e sobre demarcação e homologação incompleta das terras ocupadas pelos Xacriabás (em São João das Missões). Noutros momentos, a comissão trouxe questões específicas: as ocupações Dandara e Camilo Torres (na Capital), onde os acampados reivindicam o direito à moradia; e a situação do jornalista José Cleves, apontado como autor, e depois inocentado, da morte de sua esposa . No primeiro semestre, a Comissão de Direitos Humanos recebeu 217 convidados, além de 155 denunciantes terem se manifestado durante as 47 reuniões ordinárias, extraordinárias, especiais e audiências públicas no interior.

Educação - Os integrantes da Comissão de Educação, Ciência, Tecnologia e Informática estiveram envolvidos com o Fórum Técnico sobre o Plano Decenal de Educação, concluído em maio. Um dos eventos preparatórios foi o debate sobre metas e ações estratégicas para a política educacional do Estado nos próximos dez anos. Mas a comissão se dedicou a outros assuntos tais como: a possibilidade de transformação do campus da UFMG, em Montes Claros, em unidade autônoma; o programa ProUni; a Política Estadual da Juventude. Em conjunto com a Comissão de Saúde, discutiu a defasagem salarial dos profissionais da área da saúde que trabalham com crianças especiais em escolas estaduais e nas Apae's.

Assuntos polêmicos foram analisados

O Projeto de Lei (PL) 2.771/09, do governador, que altera o Código Florestal do Estado, demandou esforços de análise e entendimento nas comissões de Fiscalização Financeira e Orçamentária e de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável. A Comissão de Fiscalização também realizou reuniões com convidados, debatendo temas como o cumprimento das metas fiscais estabelecidas para o Estado; a crise econômica e seus reflexos na economia mineira; a transformação da Codemig em empresa pública e seus planos de investimento.

Com atuação relevante no interior (foram sete audiências públicas fora de Belo Horizonte), a Comissão Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável promoveu audiências públicas em Ponte Nova, Minas Novas, Coronel Fabriciano, Passa-Tempo, Santa Luzia e Itamarandiba. O PL 2.771/09, do governador, que altera o Código Florestal do Estado, demandou a atenção da comissão, que promoveu audiência pública e buscou consenso para aperfeiçoar o projeto. Merece destaque, ainda, a intermediação dos deputados para solucionar impasse envolvendo a proibição de ligações elétricas em avenidas de Itaúna, em área de preservação permanente. Depois de reuniões e visitas, a solução encontrada foi a elaboração de laudo técnico pela Secretaria de Meio Ambiente, informando que a área em questão é de ocupação consolidada.

Como desdobramento do Seminário Minas de Minas, foi instalada a Comissão de Minas e Energia, que já vem tendo atuação relevante. Criada com o compromisso de elaborar diagnóstico da cadeia produtiva da mineração, ela já realizou 19 reuniões e duas audiências públicas no interior, além do Debate Público Rochas ornamentais e agregados para a construção civil. Foram debatidos temas como: implementação de política minerária com incentivo ao setor de garimpos e gemas; construção de Pequenas Centrais Hidrelétricas no Rio Santo Antônio, em Ferros; cadeia produtiva de minerais metálicos em Minas. No interior, os deputados discutiram a reabertura de mina de ouro desativada há 10 anos, em Riacho dos Machados; e exploração das jazidas de gás natural no Norte e Noroeste do Estado, em Pirapora.

Comissões consolidam interlocução com segmentos sociais

Reforma política, fim do diploma para jornalista foram algumas temáticas tratadas pela Comissão de Participação Popular em suas 22 reuniões realizadas no semestre. Os parlamentares também debateram com movimentos sociais as emendas populares ao PPAG relativas às políticas de esporte e de atenção à criança e ao adolescente. Tiveram espaço, ainda, debates sobre o funcionamento e o gerenciamento da Fundação Caio Martins. Os deputados visitaram o acampamento Dandara, em Belo Horizonte, onde 1100 famílias se encontram acampadas e vivendo em condições precárias. Em conjunto com a Comissão de Direitos Humanos, a comissão promoveu o Debate Público Povos indígenas em Minas e o acesso às políticas públicas e uma audiência sobre a pedofilia no Estado, com participação do senador Magno Malta (PR-ES).

A Comissão de Política Agropecuária e Agroindustrial recebeu demandas de produtores e trabalhadores rurais e fez gestões em órgãos estaduais que lidam com esses públicos. Dirigentes do IMA e da Epamig falaram de planos e ações dos órgãos em 2009. A comissão ainda ouviu pequenos produtores de queijo e hortifruti da Ceasa, que reclamaram da fiscalização do IMA. Os parlamentares fizeram duas audiências sobre terras devolutas - uma com as empresas que as exploram no Norte de Minas, e outra, com moradores de projetos de assentamento, que criticaram a falta de infraestrutura. Em conjunto com a Comissão de Defesa do Consumidor, foram discutidas denúncias de adulteração do café.

Temas de abrangência nacional se destacaram na Comissão de Saúde no semestre. Reuniões com convidados trataram de: epidemia de dengue e as medidas para seu combate; dificuldade de contratação e manutenção de médicos no Programa Saúde da Família; consequências de uma possível epidemia de gripe suína sobre a saúde mundial; judicialização da Saúde; incidência das hepatites virais B e C no Estado, entre outros. O déficit de leitos hospitalares em Divinópolis mobilizou os parlamentares na comissão, que promoveu audiência pública no município e visita ao secretário de Estado da Saúde, para apresentar as reivindicações recebidas na audiência.

Segurança traça panorama do Estado

Desde o início do ano, a Comissão de Segurança Pública ouve representantes de órgãos de segurança, para traçar um panorama da área e levar essa contribuições às conferências Estadual e Nacional de Segurança Pública. Participaram de suas 27 reuniões, entre outros, o secretário de Defesa Social, o chefe da Polícia Civil e subsecretários. Noutra ponta, a comissão fez audiências públicas para debater, entre outros temas: o PL 900/07, que trata da disponibilização de informações pelas empresas de telefonia celular para o Estado; e a tentativa de fuga de um detento da Penitenciária Francisco Floriano de Paula, em Governador Valadares, e o suposto envolvimento do diretor afastado da unidade.

O ministro da Previdência, José Pimentel, marcou presença em audiência pública da Comissão do Trabalho, da Previdência e da Ação Social, que discutiu a Previdência Social. Na reunião, ele anunciou a expansão da rede de atendimento do INSS, com a construção de 720 agências no País, 48 em Minas. Na reunião que discutiu a crise na exploração de Quartzito, em Alpinópolis, a conclusão foi a de que a solução seria a demarcação definitiva do Parque Nacional da Serra da Canastra, onde é explorado a pedra. Como as pedreiras são consideradas ilegais, o desemprego e o trabalho clandestino aumentam no município. Os benefícios da ampliação, de 120 para 180 dias, da licença-maternidade para servidoras gestantes do Estado, foram defendidos em outra reunião com convidados.

A Comissão de Transporte, Comunicação e Obras Públicas dedicou-se à fiscalização e cobrança de obras nas rodovias que cortam o Estado junto aos órgãos responsáveis. Os deputados vistoriaram trechos da BR-381, que tem alto índice de acidentes; o Viaduto Vila Rica, em Congonhas, para reivindicar a conclusão do acesso ao viaduto; e a BR-262, no trecho que passa em Rio Casca, onde tem ocorrido vários acidentes. A comissão fez reuniões com convidados para tratar de assuntos como as obras da Autopista Fernão Dias S/A - OHL Brasil e da Alça que liga a Usifast à Rodovia BR-262; detalhes para o início da restauração e pavimentação da BR-135 (no Norte de Minas); e o impedimento de taxistas, principalmente do interior, de realizarem transporte intermunicipal.

A Comissão de Turismo, Indústria, Comércio e Cooperativismo realizou reuniões para debater a crise econômica mundial e a revitalização do Balneário de Águas Quentes, no Norte de Minas). Na primeira reunião, foi constatado o impacto maior da crise nas micro e pequenas empresas do Estado e proposto tratamento fiscal diferenciado para elas. Em Montezuma, buscando alternativas de revitalização do balneário, a comissão levou representante da Codemig, que informou que a empresa deve investir nas obras mais que o previsto inicialmente pela prefeitura local.

Três comissões extraordinárias se destacam no semestre

Criadas com o objetivo de reunir diagnósticos e propor ações em áreas relevantes para o Estado, as comissões extraordinárias atuam em sintonia com as comissões permanentes e subsidiam os trabalhos da Mesa. Tiveram presença destacada no semestre três delas: para o Enfrentamento da Crise Econômico-Financeira Internacional; de Políticas Públicas de Enfrentamento à Aids, às DSTs, ao Alcoolismo, às Drogas e Entorpecentes; e dos 20 Anos da Constituição do Estado. A quarta Comissão Extraordinária criada no semestre - de Políticas Públicas de Apoio aos Emigrantes Mineiros - foi instalada em julho e tem o intuito de diagnosticar a situação dos cidadãos mineiros residentes no exterior. Ela iniciou suas atividades com reunião no dia 2 de julho.

Instalada em março, mas com atuação mais destacada após o Ciclo de Debates Minas Combate a Crise, realizado em abril, a comissão que trata desse assunto busca alternativas para enfrentar as dificuldades econômicas. Com esse espírito, já realizou reuniões para discutir com segmentos econômicos os impactos da crise em cada setor. Foram feitas reuniões com prefeitos de municípios mineiros, sindicalistas, produtores rurais, setor mineral, micro e pequenas empresas, entre outros.

A comissão sobre doenças sexualmente transmissíveis e drogas, entre outros, já realizou reuniões com especialistas para tratar de assuntos como: o consumo e as políticas sobre drogas no País; a incidência de Aids e outras DSTs, rede de assistência e ações preventivas. No interior, a comissão debateu a contextualização do uso de drogas e incidências de Aids/DSTs em regiões do Estado - até agora, a comissão fez audiências em Araxá (Alto Paranaíba) e Corinto (Região Central).

Comemorando e ao mesmo tempo refletindo sobre os 20 anos da Constituição do Estado, a comissão criada para esse fim já se reuniu com convidados para abordar temas como a repercussão da reforma do Poder Judiciário no exercício da advocacia; a repercussão da reforma do Judiciário no Ministério Público do Estado; e a reforma previdenciária no âmbito estadual.

Especiais - Com presença marcante no semestre, a Comissão Especial da Execução das Penas foi instalada em março deste ano, com o objetivo de, no prazo de 60 dias, estudar e discutir as condições carcerárias do sistema prisional. Nesse trabalho, os deputados já fizeram visitas, seguidas de audiências públicas, às seguintes cidades-polo do Estado: Pouso Alegre (Sul de Minas), Montes Claros (Norte de Minas), Governador Valadares (Rio Doce), Uberlândia (Triângulo) e Juiz de Fora (Zona da Mata).

Já a Comissão Especial das Serras da Calçada e da Moeda, apesar de ter sido criada em setembro de 2008, estendeu seus trabalhos até abril deste ano, quando apresentou seu relatório final. O documento busca conciliar os diversos interesses envolvidos, principalmente, dos moradores da região (que defendem a preservação) e das mineradoras (que já exploram o local e geram empregos). Ao todo, as comissões especiais realizaram 39 reuniões e mais sete audiências públicas no interior.

Cipes - No primeiro semestre, as Cipes São Francisco e Doce continuaram sua tarefa de vários anos em prol da união de esforços das Assembleias Legislativas dos Estados banhados por esses rios em torno de melhorias nas respectivas bacias hidrográficas. A essas duas instâncias, veio se juntar a recém-criada Comissão Interestadual Parlamentar de Estudos para o Desenvolvimento da Mineração e Preservação Ambiental. A Cipe da Mineração é formada, além de Minas Gerais, pelos Estados do Amapá, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Roraima e São Paulo.

Neste ano, a Cipe São Francisco já elegeu membros da diretoria para o biênio 2009-2010, e fez reuniões para traçar os planos da comissão no período e uma temática, para tratar do Fundo de Recuperação, Proteção e Desenvolvimento Sustentável das Bacias Hidrográficas do Estado (Fhidro). Também a Cipe Rio Doce elegeu sua diretoria para o biênio. Noutra reunião, debateu o Plano Integrado de Recurso Hídricos da Bacia Hidrográfica do Rio Doce.

 

 

Responsável pela informação: Assessoria de Comunicação - www.almg.gov.br

Rua Rodrigues Caldas,30 :: Bairro Santo Agostinho :: CEP 30190 921 :: Belo Horizonte :: MG :: Brasil :: Telefone (31) 2108 7715