CIM é caminho para viabilizar a Lei Maria da Penha

Um mês após sua inauguração, o Centro Integrado de Atendimento à Mulher Vítima de Violência Doméstica e Familiar (CIM...

07/07/2009 - 00:01
Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais
 

CIM é caminho para viabilizar a Lei Maria da Penha

Um mês após sua inauguração, o Centro Integrado de Atendimento à Mulher Vítima de Violência Doméstica e Familiar (CIM) já contabiliza cerca de 1.500 atendimentos. Com diversos serviços concentrados num único espaço, o projeto é uma parceria do Governo do Estado e do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, com recursos do Pacto Nacional de Enfrentamento à Violência contra a Mulher. Com uma delegacia especializada da mulher e duas varas judiciais, o centro foi visitado nesta terça-feira (7/7/09) pela Comissão de Assuntos Municipais e Regionalização da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, por solicitação da bancada feminina.

As deputadas Cecília Ferramenta (PT), Maria Teresa Lara (PT) e Gláucia Brandão (PPS) conheceram as dependências do CIM e destacaram a importância da integração dos serviços num único local. Elas prometeram apoio ao projeto e na divulgação dos serviços oferecidos.

Para a presidente da comissão, deputada Cecília Ferramenta, a visita deixou a certeza da necessidade de implantação de outros centros no interior. "Este é o caminho para viabilização da Lei Maria da Penha. Fiquei impressionada com os resultados obtidos", declarou. Maria Tereza Lara destacou que a designação de um defensor público para o agressor é essencial para o andamento do processo criminal. "As mulheres já têm o defensor no CIM, mas se não houver o do agressor, o processo não anda". Gláucia Brandão também enfatizou a importância das ações integradas entre todos os órgãos, como forma de acolher a mulher e abreviar seu sofrimento.

CIM é modelo no País

O centro de atendimento tem sido modelo para iniciativas semelhantes no Brasil, segundo a desembargadora Tereza Cristina da Cunha Peixoto, responsável no Tribunal de Justiça pela implantação do projeto. Ela disse que recebeu solicitações do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Espírito Santo. Pelo governo mineiro, o projeto é conduzido pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social, por meio da Coordenadoria Especial de Políticas Públicas para Mulheres. Segundo a coordenadora de Políticas para Mulheres, Virgília Rosa, até o final do ano deverão ser inaugurados centros em Montes Claros, Divinópolis, Pouso Alegre, Governador Valadares, Uberaba e Uberlândia. A implantação do CIM-BH teve recursos de R$ 750 mil do Pacto Nacional de Enfrentamento à Violência contra a Mulher, segundo Virgília. Os demais centros já têm projetos esboçados e só dependem da aprovação de recursos pelo Governo Federal.

Com uma delegacia especializada em atendimento à mulher, com cinco equipes, o CIM conta com órgãos para a realização de exames de corpo de delito, duas varas criminais e atendimento psicológico. Segundo Virgília Rosa, a unificação é importante para agilizar os processos contra agressão e evitar a chamada revitimização. "Com vários órgãos espalhados, a mulher agredida tem de passar pelo constrangimento de explicar tudo repetidas vezes em cada etapa do processo", explicou.

Tanto Virgília Rosa como a desembargadora Tereza Cristina solicitaram do secretário de Estado de Desenvolvimento Social, Agostinho Patrús Filho, que sejam designados defensores públicos para os agressores. O secretário prometeu dar atenção ao projeto, e disse que a participação da bancada feminina da Assembleia, divulgando, discutindo e alocando recursos no Orçamento do Estado, é muito importante. A juíza Maria da Glória Reis, titular de uma das varas criminais, disse que os processos têm caminhado mais rapidamente depois da implantação do CIM. "A própria Lei Maria da Penha (Lei Federal 11.340, de 2006) deu um novo movimento às varas criminais. Em pouco mais de dois anos, já tivemos 7.500 processos baseados nessa lei", disse.

O Centro Integrado de Atendimento a Mulher Vítima de Violência Doméstica conta com uma delegacia de mulheres com cinco equipes atuando 24 horas. Cada equipe tem um delegado, quatro agentes de polícia e um escrivão. Há ainda defensores públicos e um psicólogo. Cada vara criminal conta com dez servidores e dez estagiários.

Presenças - Deputadas Cecília Ferramenta (PT), presidente; Maria Tereza Lara (PT) e Gláucia Brandão (PPS).

 

 

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