Comandante de Policiamento da Capital explica transferências de PMs

O coronel Nilo Sérgio da Silva, comandante de Policiamento da Capital, foi ouvido nesta terça-feira (7/7/09) pela Com...

07/07/2009 - 00:02
Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais
 

Comandante de Policiamento da Capital explica transferências de PMs

O coronel Nilo Sérgio da Silva, comandante de Policiamento da Capital, foi ouvido nesta terça-feira (7/7/09) pela Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais sobre a transferência de três policiais militares. O caso foi levado à comissão pelo deputado Sargento Rodrigues (PDT), que disse ter recebido queixas de perseguição contra os policiais. Ao final da reunião, no entanto, as explicações do coronel foram consideradas satisfatórias pelos deputados.

Foi a terceira vez que o comandante de Policiamento da Capital foi convidado a comparecer à Assembleia para falar sobre o assunto. Ao iniciar sua fala, ele se desculpou pelas duas ausências anteriores e disse que elas foram decorrentes de incompatibilidades de agenda. "A ausência não teve a intenção de desmerecer o trabalho da comissão", afirmou o coronel Nilo Sérgio. Já o presidente da Comissão de Direitos Humanos, deputado Durval Ângelo (PT), disse que ela está sempre interessada em trabalhar ao lado da Polícia Militar, a exemplo de várias questões tratadas em conjunto com a Corregedoria de Polícia.

No início da reunião, o deputado Sargento Rodrigues informou que o questionamento sobre as transferências dos policiais se devia a uma denúncia de que elas teriam sido uma retaliação à decisão dos policiais de ingressar em juízo contra o Estado. "O direito de recorrer ao Judiciário é garantido pela Constituição", ressaltou Rodrigues.

O coronel Nilo Sérgio afirmou que, das três transferências, duas aconteceram por necessidade do serviço e uma por decisão do Comando Geral da PM. Ele negou que qualquer delas fosse uma retaliação contra ações judiciais. "Foram 150 os policiais do Cicop que ingressaram em juízo. Se, em um universo de 150, apenas três foram transferidos, fica claro que não há vínculo entre os dois atos", afirmou o comandante.

Ele explicou ainda que, desde o início de 2008, aconteceram 693 movimentações de policiais, de um efetivo total de 5,5 mil, na em Belo Horizonte. Das 693 relatadas, apenas uma envolveu questão disciplinar, segundo o coronel. Quase a totalidade aconteceu por necessidade do serviço ou por solicitação do próprio transferido.

As três transferências que motivaram a reunião foram de um cabo, um subtenente e um major, todos servidores do Centro Integrado de Comunicações Operacionais (Cicop), responsável pelo despacho das viaturas policiais. O coronel Nilo Sérgio disse que o subtenente e o cabo foram transferidos para unidades que ficam a menos de cinco quilômetros do Cicop. "Não houve prejuízo para seu deslocamento", afirmou. As duas movimentações, segundo ele, foram motivadas pela necessidade de reforçar o efetivo em algumas regiões da Capital, uma vez que há grande variação no número de ocorrências em cada ponto da cidade. "Se eu não puder fazer transferências para fazer frente a isso, o trabalho fica muito prejudicado", afirmou. Já o major, de acordo com o coronel, foi transferido por ato do próprio Comando Geral da PM.

Elogios - Ao final da reunião, os deputados Luiz Humberto Carneiro e Zé Maia, ambos do PSDB, disseram que as explicações sobre as transferências foram plenamente satisfatórias. "Estou certo de que sua explanação convenceu todos nós", afirmou Luiz Humberto. Zé Maia, por sua vez, citou índices de redução do número de crimes violentos na Capital e no interior. "Temos plena confiança na corporação", disse. Sargento Rodrigues admitiu que a transferência dos três policiais que pertenciam ao grupo que entrou na Justiça pode ter sido de fato uma coincidência.

Requerimentos - Dois requerimentos foram aprovados durante a reunião. Um deles, de autoria do deputado Padre João (PT), é para a realização de audiência pública em Santo Antônio do Amparo (Centro-Oeste de Minas) para discutir a situação de vítimas de acidente de trânsito ocorrido com trabalhadores rurais em 19 de agosto de 2008. De acordo com a justificativa do requerimento, nenhuma das vítimas recebeu qualquer assistência do empregador. Isso seria necessário, uma vez que os trabalhadores teriam se acidentado ao retornar do trabalho, em veículo contratado pelo empregador.

Já o requerimento do deputado Vanderlei Miranda (PMDB) é para a realização de audiência pública para esclarecer o possível crime de tortura realizado na prisão de Wagner José dos Santos Barcelar por três policiais militares de Ibirité. Os três policiais, segundo o deputado, assinaram como testemunha, relator e executor da prisão, que teria ocorrido após Barcelar reagir contra abordagem em blitz policial, em 6 de junho de 2009.

Presenças - Deputados Durval Ângelo (PT), presidente da comissão; Ruy Muniz (DEM), Vanderlei Miranda (PMDB), Sargento Rodrigues (PDT), Luiz Humberto Carneiro (PSDB), Zé Maia (PSDB) e Juarez Távora (PV). Também participaram da reunião o chefe da Assessoria Institucional da PM, coronel Alexandre Sales Cordeiro; o assessor jurídico da Associação dos Servidores do Corpo de Bombeiros e Polícia Militar, coronel Domingos Sávio de Mendonça; a advogada da Associação dos Bombeiros e Policiais Militares (Ascobom), Renata Alessandra de Abreu e Silva; e o sargento Heder Martins de Oliveira, diretor administrativo da Associação dos Praças.

 

 

 

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