Assembleia de Minas é apontada como modelo na área da legística

O presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, deputado Dalmo Ribeiro ...

06/07/2009 - 00:01
Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais
 

Assembleia de Minas é apontada como modelo na área da legística

O presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, deputado Dalmo Ribeiro Silva (PSDB), defendeu o fortalecimentos das comissões permanentes da Casa e a intensificação do trabalho no interior como forma de aperfeiçoar a produção das leis no Estado. O parlamentar foi um dos participantes do Debate Público Legística - Qualidade na elaboração e eficácia na aplicação das leis, realizado na tarde desta segunda-feira (6/7/09) no Plenário da ALMG. Legística é uma área do conhecimento focada na tarefa de elaboração de uma lei. No evento, a Assembleia de Minas foi citada como referência nacional em relação ao tema.

Na ocasião, foi lançado o livro Legística: Qualidade da Lei e Desenvolvimento. A obra documenta as conferências e debates realizados durante o congresso internacional realizado pela ALMG em 2007, que reuniu convidados e experiências de outros países e de 16 Estados brasileiros. A publicação pode ser comprada na Livraria do Legislativo ou ter seu conteúdo acessado para leitura ou download no site da Assembleia de Minas (www.almg.gov.br).

Dalmo Ribeiro Silva elogiou o trabalho da Assembleia mineira, que, segundo ele, desde o fim da ditadura, vem conseguindo melhorar seu trabalho com crescente participação popular. "Uma boa lei se faz com o trabalho conjunto entre técnica e política, e o corpo técnico da Casa é extremamente qualificado", afirmou.

O secretário-geral da Mesa da ALMG, José Geraldo de Oliveira Prado, alertou para o risco de se julgar o trabalho legislativo apenas pela quantidade de projetos aprovados, sem se levar em conta a qualidade. Ele advertiu para o fato de que uma lei mal feita pode ter consequências danosas para a população. "Tem que ser transparente, direta, sem deixar brechas para interpretações erradas e em sintonia com o ordenamento jurídico. O processo de abertura da Assembleia tem sido importante para isso. A participação do cidadão já virou tradição na ALMG, que vem aplicando há tempos os princípios básicos da legística", afirmou.

Educação - A presidente da Comissão de Cultura, deputada Gláucia Brandão (PPS), apresentou uma síntese do processo de colaboração da sociedade civil no aperfeiçoamento do Plano Decenal de Educação, que estabelece objetivos, metas e ações para a política educacional do Estado nos próximos dez anos. O plano está contido no Projeto de Lei (PL) 2.215/08, em tramitação na ALMG.

A deputada considerou o processo de consulta pública disponibilizada pela internet um sucesso. Foram apresentadas pela população 212 sugestões aos 11 temas do Plano Decenal. Ela também citou a importância dos encontros regionais realizados em oito cidades do interior, cuja média de participantes foi de 250 pessoas de diferentes entidades.

PPAG - O acompanhamento pelos cidadãos do Plano Plurianual de Ação Governamental (PPAG) foi o tema da exposição do deputado Carlin Moura (PCdoB). Experiência inédita, o monitoramento permite à sociedade, segundo ele, acompanhar a execução das ações do PPAG e fiscalizar as ações do governo. O parlamentar destacou ainda o trabalho da Comissão de Participação Popular da ALMG, considerada por ele uma inovação institucional pioneira do Estado de Minas. "Recentemente, numa teleconferência promovida pela Câmara dos Deputados, nossa comissão se diferenciou pela amplitude de suas ações. São apenas 11 comissões de Participação Popular no País, com características muito distintas. A própria Comissão de Participação Legislativa da Câmara passou por um retrocesso, teve suas atribuições diminuídas", falou Carlin.

Ao apresentar números relativos às propostas apresentadas pela sociedade civil ao PPAG ao longo dos anos, o parlamentar observou que quanto maior a participação social, maior o volume de recursos mobilizados.

Professoras universitárias elogiam atuação da Asembleia de Minas

"A representação política se aperfeiçoa à medida que é subsidiada pelos mecanismos de interlocução com a sociedade civil, ações que a Assembleia de Minas já está há quase duas décadas implementando", afirmou a professora do Departamento de Relações Internacionais da PUC Minas e do Departamento de Ciência Política da UFMG, Fátima Anastasia. Para ela, a ALMG tem a responsabilidade de contribuir para a difusão das boas práticas que vem promovendo.

"Em que pese tudo o que vem sendo feito, ainda há muito ainda por fazer", frisou. "Muitos problemas poderiam ser evitados com o diálogo mais efetivo entre o Executivo e o Legislativo", citou, ao sugerir uma "correspondência desejável" entre as comissões temáticas parlamentares e as secretarias do Executivo com temas afins. "Se há uma secretaria, é prudente que haja comissão permanente capaz de discutir, monitorar e fiscalizar os atos e omissões do Executivo em pé de igualdade."

Para a professora da Faculdade de Direito da UFMG e coordenadora do projeto "Observatório para a qualidade da lei", Fabiana de Menezes, uma legislação bem feita alavanca o desenvolvimento econômico e social e evita a judicialização das políticas públicas e o ativismo judicial. "Pensar no fim do legislador é voltar ao tempo das cavernas", disse.

Segundo Menezes, o congresso de 2007, organizado pela ALMG, foi um marco no campo da legística. "Muitos nem conheciam a palavra. Hoje o assunto é associado à Assembleia de Minas, graças à sensibilidade dos parlamentares que reconheceram o valor do tema", salientou. Ela lembrou que a ALMG é o único parlamento estadual do Brasil a fazer parte do LexML, conhecido como google das leis, lançado pelo Senado na última terça-feira (30).

 

 

Responsável pela informação: Assessoria de Comunicação - www.almg.gov.br

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