Comissão quer apurar denúncias de violência policial em Guaraciaba

A Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais aprovou nesta quarta-feira (1o/7/09) 15 requ...

01/07/2009 - 00:03
Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais
 

Comissão quer apurar denúncias de violência policial em Guaraciaba

A Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais aprovou nesta quarta-feira (1o/7/09) 15 requerimentos, sendo nove relacionados à questão indígena no Estado e um de audiência pública em Guaraciaba (Zona da Mata), para discutir denúncias de que a Polícia Militar estaria atuando com violência na cidade. Segundo o deputado Padre João (PT), autor do requerimento, Guaraciaba possui cerca de 10 mil habitantes, tem sua economia centrada na agricultura familiar e vida pacata, não se justificando o uso de violência por parte da polícia.

Terras indígenas - Os nove requerimentos aprovados quanto à questão indígena no Estado são desdobramentos dos debates realizados na comissão na última segunda-feira (29), durante audiência pública em que a demarcação de terras dos índios foi um dos destaques. Três requerimentos são do deputado Durval Ângelo (PT), presidente da comissão, sendo dois deles para encaminhamentos ao Legislativo federal. Um é para o envio ao Congresso Nacional de moção de repúdio ao Projeto de Lei 4.791/09, dos deputados federais Ibsen Pinheiro (PMDB-RS) e Aldo Rebelo (PCdoB-SP), que transfere a competência da demarcação de terras indígenas do Executivo para o Congresso e que, segundo registrou Durval Ângelo, é inconstitucional na opinião de vários juristas. Outro pedido é para que seja feito apelo aos senadores e deputados federais mineiros para que não aprovem o citado projeto.

O terceiro requerimento do deputado trata do envio das notas taquigráficas da audiência pública à Fundação Nacional do Índio (Funai) e à Procuradoria da República no Estado, para que sejam tomadas providências referentes às demarcações de territórios indígenas em Minas Gerais.

Os demais requerimentos aprovados sobre a questão indígena são do deputado Arlen Santiago (PTB), um deles para a realização de reunião entre a comissão e representantes da Funai, do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) e das secretarias de Estado da Educação, Reforma Agrária e de Planejamento e Gestão para formar um grupo de trabalho com o objetivo de agilizar a demarcação das terras indígenas em Minas.

Dois outros requerimentos tratam de encaminhamentos à Funai, um para que a fundação autorize a Secretaria de Estado da Saúde e municípios envolvidos a construírem postos de saúde em terras indígenas e outro repudiando a ausência do presidente da fundação na audiência pública e solicitando que o dirigente agende uma nova data para comparecer à comissão para informar como está o processo de demarcação de terras indígenas em Minas e o que pode ser feito para agilizar o trabalho.

A comissão aprovou ainda requerimento do deputado para consulta ao procurador-geral do Estado e também da União sobre a possibilidade de que um termo de ajustamento de conduta garanta que os agentes de saúde das comunidades indígenas sejam escolhidos pelos próprios índios entre pessoas da comunidade, de forma a preservar seus costumes. E outro para envio de ofício ao diretor do Programa Luz para Todos na Região Sudeste pedindo prioridade para obras em áreas indígenas e que ele interceda junto ao Ministério das Comunicações visando instalar telecentros em todas as comunidades indígenas.

Assassinato e Lei de Imprensa são outros temas

Foi aprovado ainda requerimento do deputado Durval Ângelo para que sejam encaminhadas cópias do manifesto "Por uma Nova Lei de Imprensa", de autoria do jornalista Dídimo Paiva, às mesas diretoras do Senado e da Câmara dos Deputados e também aos senadores e deputados da bancada federal mineira para subsidiar os trabalhos legislativos.

Quatro outros requerimentos do deputado, também aprovados, são de providências às autoridades competentes no sentido de agilizar as investigações e esclarecer as circunstâncias da morte do filho de Cleunice Gonçalvez da Cruz Alves no dia 28 de abril em Divinópolis, conforme boletim de ocorrência que ela apresentou à comissão.

Presenças - Deputados Durval Ângelo (PT), presidente; Delvito Alves (DEM), Antônio Genaro (PSC) e Wander Borges (PSB).

 

 

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