Fechamento de pedreiras em Alpinópolis será debatido na Assembleia

A crise do setor de exploração do quartzito em Alpinóplis - com o fechamento de pedreiras e o desemprego na região-, ...

26/06/2009 - 00:02
Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais
 

Fechamento de pedreiras em Alpinópolis será debatido na Assembleia

A crise do setor de exploração do quartzito em Alpinóplis - com o fechamento de pedreiras e o desemprego na região-, será tema de audiência pública a ser realizada pela Comissão do Trabalho, da Previdência e da Ação Social da Assembleia Legislativa de Minas Gerais. A atividade minerária de Alpinópolis está dentro do perímetro de conservação do Parque Nacional da Serra da Canastra, no Sudoeste do Estado. O debate, solicitado pelo deputado Antônio Carlos Arantes (PSC), acontece na quarta-feira (1º/7/09), às 14h30, no Plenarinho I.

Os problemas começaram no ano passado, com o fechamento de nove pedreiras pelo Instituto Chico Mendes e Polícia Militar Ambiental, diante de denúncias de contaminação da nascente do Rio São Francisco. O Instituto Chico Mendes é órgão do Ministério do Meio Ambiente, que sucedeu o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama), na fiscalização das unidades de conservação ambiental.

Mas segundo o presidente da Associação dos Extratores de Pedras do Médio Rio Grande, Jorge Penha, o Instituto Chico Mendes agiu arbitrariamente, já que as pedreiras estão a 38 quilômetros em linha reta, da nascente do São Francisco, e Alpinópolis está a 90 quilômetros da nascente na Serra da Canastra, na bacia do Rio Grande, tributário do São Francisco.

Jorge Penha disse que a exploração vinha sendo feita sob as condições de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), celebrado com o Ibama há dois anos, mas que o Instituto Chico Mendes "agiu covardemente, não só fechando as pedreiras, mas destruindo nossas benfeitorias, como iremos provar com fotos na audiência. Vamos levar mais de 30 extrativistas para mostrar a situação em que ficamos, com mais de 1.200 pessoas sem emprego formal, muitos trabalhando na clandestinidade", disse.

De acordo com dados do Instituto Chico Mendes, a área do Parque Nacional da Serra da Canastra é de 200 mil hectares, mas cerca de 130 mil têm problema, já que são áreas ocupadas antes da criação do parque, em 1972, com fazendas de gado e agricultura, mineração e turismo. De acordo com o deputado Antônio Carlos Arantes, esta região periférica do parque precisa de uma solução pelo governo federal.

Jorge Penha afirma que não adianta ir lá e fechar, sem desapropriar e indenizar as pessoas. Há mais de um ano o caso se arrasta, sem uma solução, porque o Chico Mendesn e a Polícia Militar Ambiental fechou, derrubou benfeitorias, mas não deu uma solução para os proprietários, que são donos legítimos das terras onde fazem a exploração do quartzito, licenciados pelo governo federal e pelo Estado", afirmou.

Antônio Carlos Arantes disse que luta por um desenvolvimento sustentável, que não é contra o meio ambiente, mas considera o fechamento arbitrário, mesma posição dos empresários. "O Instituto Chico Mendes e a Polícia Ambiental poderiam ter negociado uma compensação ambiental, ao invés de tomar esta atitude unilateral", completa.

Convidados - Ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc; secretário de Estado de Meio Ambiente, José Carlos Carvalho; prefeito de Alpinópolis, Edson Luiz Resende; comandante da Polícia Militar de Meio Ambiente de Minas Gerais, coronel Itamar de Oliveira Pacheco Filho, presidente da Associação dos Extratores de Pedras do Médio Rio Grande, Jorge Penha.

 

 

 

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