Grupos de trabalho debatem ações e projetos do PPAG

O monitoramento propriamente dito dos programas estruturadores contidos no Plano Plurianual de Ação Governamental (PP...

24/06/2009 - 00:01
Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais
 

Grupos de trabalho debatem ações e projetos do PPAG

O monitoramento propriamente dito dos programas estruturadores contidos no Plano Plurianual de Ação Governamental (PPAG) teve início na tarde desta quarta-feira (24/6/09), na Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Quatro grupos de trabalhos temáticos se reuniram com os gerentes dos projetos para conhecer e debater o estágio atual das ações. O objetivo da ALMG ao promover a Audiência Pública de Monitoramento do PPAG 2008-2011 é justamente fornecer à sociedade informações essenciais ao processo de revisão do plano, prevista para o final deste ano. Outros sete grupos de trabalho se reúnem nesta quinta-feira (25).

O Grupo 1 debateu a área de resultados Desenvolvimento do Norte de Minas, Jequitinhonha, Mucuri e Rio Doce. No programa "Aceleração da aprendizagem na região do Norte de Minas, Jequitinhonha, Mucuri e Rio Doce", Maria das Graças Pedrosa Bittencourt, da Secretaria de Estado da Educação, pontuou que 50% dos alunos que estavam na aceleração já estão integrados a turmas de mesma idade. Além disso, 89% dos estudantes de 8º e 9º períodos foram para o ensino médio. O ponto fraco, segundo ela, foi a evasão escolar de 20%, índice considerado alto.

Athos Avelino Pereira, do Instituto de Desenvolvimento Integrado (Indi), justificou que a maior parte dos recursos previstos para o programa "Promoção de Investimentos e Inserção Regional - inclusive agronegócio" foram relocados para a Zona de Processamento de Exportação (ZPE) de Teófilo Otoni. As ZPEs foram regulamentadas pelo Governo Federal em abril passado, e a expectativa do Executivo mineiro é de que a unidade de Teófilo Otoni atraia investimentos para o Mucuri. Dois outros projetos foram coptados: da Usiminas no Rio Doce, e da Sada no Mucuri.

A "Convivência com a seca e inclusão produtiva", projeto que deve substituir o "Desenvolvimento da produção local e acesso a mercados", foi abordado pela secretária Extraordinária para Desenvolvimento dos Vales do Jequitinhonha, Mucuri e Norte de Minas, deputada Elbe Brandão. Entre as ações citadas, está a construção de reservatórios, com 67% da meta física atingida e 18% de aplicação de recursos. Segundo ela, o pagamento é feito após a conclusão da obra, o que justifica a baixa realização financeira.

A secretária lembrou ainda que as regiões dessa área têm 70% dos parques estaduais sem gerar emprego e renda, o que se constitui num desafio. Um dos avanços citados por Elbe Brandão foi alcançado pelo IEF no Parque do Peruaçu, onde famílias que produziam carvão trocaram a atividade pela apicultura, passando a preservar as florestas. A secretária citou ainda o Centro Tecnológico de Corinto, cujo projeto executivo será entregue em julho, e o Centro de Convivência com a Seca, em Montes Claros, cujo projeto sai em setembro.

Sociedade acompanha projetos para redução da pobreza

A Redução da Pobreza e Inclusão Produtiva foi a área de resultados do Grupo 2. A "Implantação do Suas" foi apresentada por Maria Albanita Roberta de Lima, da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedese). Segundo ela, em 2008 havia 42 polos do Sistema Único de Assistência Social no Estado, número que subiu para 58 neste ano, possibilitando o acesso dos 853 municípios a cursos de aperfeiçoamento para gestores, em módulos telepresenciais. Em agosto, de acordo com Roberta, será lançado curso de especialização na área do Suas. Já o financiamento para construção de centros de referência em assistência social (Cras) ficou para o segundo semestre.

José Silva Soares, da Emater-MG, fez um balanço das ações do "Minas sem Fome", incluindo fornecimento de 15 tanques de resfriamento de leite, de um total de 62; a distribuição de kits para implantação de lavouras e pomares, prevista para outubro; e de kits de apicultura, cujo pregão eletrônico seria feito nesta quarta-feira (24). Ele citou ainda a realização de 257 cursos, beneficiando 4.329 agricultores; e o Projeto Transformar, voltado para o empreendedorismo juvenil, que já chegou a 587 jovens.

Já o "Projeto Travessia: atuação integrada em espaços definidos de concentração de pobreza", foi abordado por Cláudia Bolognani Pereira. O projeto atende 35 municípios com atuação em várias áreas. Um dos destaques, na saúde, foi um mutirão contra a anemia ferropriva, que detectou a doença em 44,7% das 4.050 crianças examinadas. Segundo Cláudia, 31 municípios foram capacitados para o combate à anemia. Ricardo Charbel, da Cemig, falou sobre o "Universalização do acesso à energia elétrica no campo", citando as metas da Cemig e da Energisa - que atua nas áreas sem concessão da Cemig. Ele citou dificuldades do Programa Luz para Todos, entre elas o processo de licenciamento ambiental e a falta de mão de obra e de materiais, provocada pelo aumento de demanda em todo o País. O Grupo 2 teve ainda a apresentação do projeto "Lares Geraes".

Cultura, turismo e obras no Grupo 3

No Grupo 3, estão os programas da Rede de Cidades e Serviços. Segundo Estevão Fiúza, da Secretaria de Cultura, o programa "Circuitos culturais de Minas Gerais" tem o Circuito da Praça da Liberdade, cujas inaugurações começam ainda neste ano, com conclusão prevista para março de 2010, além de dois projetos no interior. O Museu da Cachaça, em Salinas, já recebeu a primeira liberação de verbas, de R$ 243 mil. Já o Museu do Percurso, nas cidades de Jequitinhonha, Minas Novas e Araçuaí, é o maior desafio. Por causa de ajustes no orçamento, o Executivo inverteu a lógica do projeto e está fazendo, primeiro, a fase de pesquisa museológica e envolvimento da comunidade. Depois virão as interferências nos prédios.

Já Christiane Dominique Kunzi, da Secretaria de Turismo, salientou os projetos Casa de Minas - um imóvel na cidade de São Paulo destinado à promoção de Minas, cujas atividades começam em julho; e a promoção de turismo de negócios em Belo Horizonte e cidades do interior, em parceria com o BID. Essas ações fazem parte do programa "Destinos turísticos estratégicos". A dificuldade nessa área, segundo Christiane, é a sistematização de dados estatísticos, já que a parceria inicial com a Fundação João Pinheiro não se viabilizou.

Nesse grupo está ainda o programa ProAcesso, apresentado por Marcos Antônio Frade, do DER-MG. Segundo ele, 109 municípios estão com obras concluídas; 81 acessos estão em execução, 19 obras estão sendo licitadas, sendo oito grandes trechos com licitação internacional; e dez obras estão sendo contratadas. Até o final de julho, segundo Frade, todas os trechos devem estar com obras em andamento. O maior desafio dessa ação é a baixa capacidade do mercado, em função do grande volume de negócios. O Grupo 3 teve ainda a apresentação dos projetos "Minas Avança" e "RMBH", cuja principal obra é a Linha Verde.

A Logística de Integração e Desenvolvimento foi o tema do Grupo 4. Um dos programas, o "ProMG Pleno - Programa de recuperação e manutenção rodoviária do Estado de Minas Gerais", agrupa os principais investimentos com uma forma nova de contratação de obras. A empresa contratada faz a recuperação da rodovia e cuida da manutenção por quatro anos, com avaliação por indicadores previstos em contrato. As obras estão em andamento ou executadas em dez cidades mineiras e em seus entornos, totalizando 2.700 quilômetros.

Quanto ao "Programa de aumento da capacidade e segurança dos corredores de transporte", Fabrício Torres Sampaio, da Secretaria de Transporte e Obras Públicas, afirmou que estão previstas medidas como alargamento de pontes, redução de pontos críticos e implantação de radares, com vistas a reduzir os acidentes. O Grupo 4 teve ainda a apresentação do projeto "Potencialização da infra-estrutura logística da fronteira agroindustrial".

 

 

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