Comissão pedirá prisão de acusados de agredir sem terra em Rio
Pardo
A Comissão de Direitos Humanos da Assembleia
Legislativa de Minas Gerais vai pedir a prisão de fazendeiros e
pistoleiros acusados de agredir trabalhadores rurais sem terra em
Rio Pardo de Minas, no Norte do Estado, além de solicitar um
levantamento das terras devolutas na região. As medidas são
resultado de audiência pública realizada pela comissão na
quarta-feira (17/6/09) na cidade, a requerimento do deputado Durval
Ângelo (PT).
De acordo com o deputado, o ouvidor agrário
nacional e presidente da Comissão Nacional de Combate à Violência no
Campo, Gercino José da Silva Filho, garantiu que os agressores não
ficarão impunes e solicitou a realização de nova reunião, em seis
meses, para apresentar as providências tomadas. Ainda segundo Durval
Ângelo, o juiz auxiliar do Conselho Nacional de Justiça, Marcelo
Martins Berthe, comprometeu-se a levar à corregedoria do órgão
denúncias de omissão do Judiciário local. Também estiveram presentes
representantes do Ministério Público, da Comissão Pastoral da Terra,
dos trabalhadores rurais, da Câmara Municipal e da Polícia
Civil.
O deputado disse que a audiência pública durou
cinco horas e foi marcada pela tensão dos relatos de trabalhadores.
Cerca de 200 deles compareceram à reunião.
A tensão em Rio Pardo de Minas começou em fevereiro
deste ano, quando 33 famílias ligadas ao MST acamparam na Fazenda
Capão Muniz. Segundo relato da Comissão Pastoral da Terra, em 26 de
abril pistoleiros entraram no acampamento atirando para o alto,
soltando bombas e agredindo os trabalhadores rurais. Algumas
famílias permanecem no local.
Presenças - Deputado
Durval Ângelo, presidente.
|