Cástor Cartelle recebe título de Cidadão Honorário da
ALMG
A Assembleia Legislativa de Minas Gerais condecorou
com o título de Cidadão Honorário do Estado de Minas Gerais o
professor e palenteólogo Cástor Cartelle Guerra, durante Reunião
Especial no Plenário, na noite desta quinta-feira (18/6/09). O
requerimento para a homenagem é do 1º-secretário da ALMG, deputado
Dinis Pinheiro (PSDB), para quem o professor Cartelle "dedicou sua
vida a responder as dúvidas e questionamentos do desenvolvimento
humano". O homenageado é doutor em morfologia e curador da Coleção
de Paleontologia e Arqueologia da Pontifícia Universidade Católica
de Minas Gerais (PUC Minas).
O deputado Getúlio Neiva (PMDB) presidiu a reunião.
Em seu discurso, ele lembrou que o professor Cástor Cartelle é
também licenciado em letras clássicas, filosofia e ciências
naturais, mas foi a palenteologia que mais atraiu a dedicação dele,
"tendo se revelado um dos mais renomados pesquisadores da área". O
parlamentar citou que o professor é integrante do Conselho de
Política Ambiental de Minas Gerais e presidente da Fundação
Biodiversitas, um centro de referência no levantamento e na
aplicação do conhecimento para a conservação da diversidade
biológica.
O deputado Fábio Avelar (PSC), co-autor do
requerimento que solicitou a reunião, lembrou que o professor também
integra a Fundação Estadual de Meio Ambiente e a Fundação
Zoobotânica. "Esse honroso título se deve, em boa parte, a sua
dedicação à causa ambientalista", disse o parlamentar. Fábio Avelar
destacou que Cartelle e sua equipe realizaram mais de 40 expedições
a grutas e sítios paleontológicos do Brasil, descobrindo grande
quantidade de fósseis que fazem parte da Coleção de Paleontologia do
Museu de Ciências Naturais da PUC Minas. O museu possui cerca de 70
mil peças, sendo uma das principais coleções sobre a fauna de
mamíferos do período Pleistoceno da América do Sul.
Cástor Cartelle Guerra lembrou que chegou ao Brasil
em 12 de outubro de 1957. Sete anos depois, formado em letras e
filosofia, lecionou pela primeira vez no Colégio Loyola. Depois de
concluir o mestrado na Universidade Federal de Porto Alegre, passou
a dar aulas na PUC Minas, à tarde e à noite. Nas manhãs, orientava
alunos humildes da periferia de Contagem. O professor listou o tempo
dedicado ao meio ambiente, quando sofreu pressões e viveu angústias,
mas colheu bons frutos, como as hidrelétricas de Miranda e Irapé, a
APA Sul de Belo Horizonte e o Projeto Minas sem Lixões. Destacou
também o principal trabalho da fundação Biodiversitas: a preservação
da ararinha azul de Lear. "Quem trabalha pelo meio ambiente grita
seu amor pela vida e é uma espécie de guardião da obra de Deus",
observou.
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