Deputados pedem proteção para lideranças indígenas xacriabás

Aumento do efetivo policial, proteção da Polícia Federal às lideranças indígenas e ampliação da área destinada aos xa...

17/06/2009 - 00:01
Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais
 

Deputados pedem proteção para lideranças indígenas xacriabás

Aumento do efetivo policial, proteção da Polícia Federal às lideranças indígenas e ampliação da área destinada aos xacriabás. Essas solicitações, endereçadas a órgãos estaduais e federais, são desdobramentos da audiência que a Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais realizou nesta quarta-feira (17/6/09) em São João das Missões (Norte de Minas). O debate, requerido pelos deputados petistas Durval Ângelo, presidente da comissão, e Paulo Guedes, foi motivado pelas ameaças aos índios, em conflito com proprietários rurais. Os requerimentos apresentados no debate serão votados na próxima reunião da comissão.

Cerca de 8 mil xacriabás vivem numa reserva de 53 mil hectares em São João das Missões, a 690 km de Belo Horizonte, na margem esquerda do Rio São Francisco. O prefeito José Nunes e cinco dos nove vereadores são da etnia xacriabá, e o município é o único em Minas governado por um índio. Durval Ângelo lembra que a luta pela regularização da reserva indígena tornou-se mais intensa depois que o Supremo Tribunal Federal se manifestou favorável à demarcação de áreas contínuas, e ficou mais acirrada com o assassinato recente de dois índios. O conflito com fazendeiros, porém, é antigo. Em 1987, o fazendeiro Francisco Amaro invadiu a aldeia xacriabá com 16 pistoleiros e promoveu uma chacina, na qual foi morto o cacique Rosalino.

A audiência da comissão reuniu cerca de 300 índios. Durval Ângelo detalha que o pedido ao secretário de Estado de Defesa Social, Maurício Campos Júnior, visando ao aumento do número de policiais, se deve às constantes ameaças aos índios no município. Já a proteção da Polícia Federal inclui, sobretudo, o cacique Santo. Os deputados solicitaram ainda à Funai e ao Ministério da Justiça a solução do problema, com a ampliação e regularização da área indígena. Além disso, as notas taquigráficas da audiência deverão ser enviadas à Procuradoria-Geral da República e ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Presenças - Deputados Durval Ângelo, presidente; André Quintã e Paulo Guedes, todos do PT; e Arlen Santiago (PTB). Participaram ainda da reunião, entre outras autoridades, o juiz auxiliar do CNJ, Marcelo Berti; e o desembargador Gercino José da Silva Filho, ouvidor Agrário Nacional e presidente da Comissão Nacional de Combate à Violência no Campo, do Ministério do Desenvolvimento Agrário.

 

 

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