Violência contra sem terra leva deputados a Rio Pardo de Minas

A Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa, nesta quarta-feira (17/6/09), debate a violência contra tra...

10/06/2009 - 00:03
Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais
 

Violência contra sem terra leva deputados a Rio Pardo de Minas

A Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa, nesta quarta-feira (17/6/09), debate a violência contra trabalhadores rurais sem terra no município de Rio Pardo de Minas, a 730 quilômetros de Belo Horizonte. Os deputados se deslocam de São João das Missões, onde discutem pela manhã a demarcação da reserva dos índios xacriabás, para a Câmara Municipal de Rio Pardo, a partir das 17 horas. A Câmara fica na Rua Waldemir Patrício de Souza, 30.

Segundo o deputado Durval Ângelo (PT), autor do requerimento e presidente da Comissão, a solicitação da audiência pública veio da Comissão Pastoral da Terra (CPT), preocupada com a escalada da violência na região, desde que, em fevereiro último, 33 famílias de sem terra ligadas ao MST invadiram a Fazenda Capão Muniz, uma gleba de 1.117 hectares também chamada de Brejo do Muniz.

Relatos da CPT e da imprensa do Norte de Minas informam que, em 26 de abril, cerca de 50 pistoleiros invadiram o acampamento atirando para o alto, soltando bombas e agredindo os sem terra com paus, ferros, facões e serrotes. Cinco idosos foram atingidos com porretes e tiveram que ser resgatados pela Polícia Militar. Os pistoleiros incendiaram os barracos com documentos e pertences dos acampados, e teriam furtado celulares, animais e dinheiro. Os sem terra consideram a área devoluta e improdutiva e já tiveram reuniões com o secretário da Reforma Agrária, Manoel Costa, com a finalidade de fazer ali um assentamento. Faz parte do grupo uma pequena proprietária, Nair Bastos, de 74 anos, que teria documentação de parte da fazenda.

Estão convidados para a audiência o Ouvidor Agrário Nacional, desembargador Gercino José da Silva Filho; o procurador de Justiça Afonso Henrique de Miranda Teixeira; o diretor do Sindicato de Trabalhadores Rurais de Rio Pardo de Minas, Elizeu José de Oliveira; o coordenador do MST, Cristiano Meireles; o coordenador da Organização para Libertação dos Sem Terra, Jairo Amorim; e o assessor da CPT, Paulo Roberto Faccion.

 

 

 

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