Comissão da crise debate impactos na economia regional
mineira
Traçar um diagnóstico dos impactos da crise
financeira internacional no cenário regional mineiro é o objetivo da
audiência pública que a Comissão Extraordinária para o enfrentamento
da crise econômico-financeira internacional da Assembleia
Legislativa de Minas Gerais realiza nesta terça-feira (16/6/09).
Marcada para 15h30, no Auditório, a comissão realiza sua sexta
audiência, e ao final de seus trabalhos pretende apresentar
sugestões de superação ou minimização da crise. Foram convidados
para a reunião os representantes das secretarias estaduais de
Desenvolvimento Econômico e de Planejamento e Gestão, e de órgãos
como BDMG e Codemig.
Criada em março de 2009 pela Mesa da Assembleia, a
comissão tem entre suas atribuições obter diagnósticos e propostas
de ação junto às diversas instituições públicas, com o objetivo de
minimizar os efeitos da crise internacional sobre a economia e a
população de Minas. Ao mesmo tempo, a comissão está analisando as
propostas apresentadas no Ciclo de Debates Minas Combate a Crise,
realizado em abril deste ano. Algumas dessas sugestões poderão se
transformar em projetos de lei. O coordenador da Comissão
Extraordinária é o deputado Sebastião Helvécio (PDT).
Segundo o deputado André Quintão (PT), membro
efetivo da comissão, a audiência de terça-feira servirá para seja
traçada uma análise regionalizada dos efeitos da crise, a partir da
vocação econômica de cada região mineira. "Por exemplo, no Vale do
Aço, onde estão parte das cidades do Quadrilátero Ferrífero, o
impacto foi maior, porque foi o setor de mineração o mais atingido",
lembrou o parlamentar.
Para ele, a partir do diagnóstico da comissão, a
Assembleia poderá apresentar medidas mais propositivas. Ele
salienta, contudo, que já se tem delineado, pelas audiências
anteriores, a necessidade de diversificação da economia do Estado,
"hoje baseada em comodities (café e minerais), sem qualquer
agregação de valor".
A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico
confirma o maior impacto da crise nos setores de mineração,
metalurgia e siderurgia. De acordo a instituição, os guseiros de
Sete Lagoas e Divinópolis foram os primeiros a serem atingidos pela
desaceleração econômica mundial. Segundo a secretaria, alguns dados
indicam a superação da crise, entre eles a mudança no ranking
nacional da produção de cana de açúcar. Minas Gerais é, hoje, o
segundo produtor, tendo superado o Estado do Paraná. Já o Instituto
de Desenvolvimento Integrado de Minas Gerais (Indi) confirma que
nenhum protocolo de investimento foi cancelado em função da crise
econômica.
Convidados - Foram
convidados para a audiência a secretária de Estado de Planejamento e
Gestão, Renata Vilhena; o secretário de Desenvolvimento Econômico,
Sérgio Barroso; o presidente do BDMG, Paulo Paiva; o
diretor-presidente da Codemig, Oswaldo Costa Filho; o presidente da
Fundação João Pinheiro, Afonso Henriques Ferreira; e o presidente do
Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional de Minas Gerais,
Mauro Borges Lemos.
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