Comissão analisa apoio a epilético e ajuste em lei sobre marca-passo

Dois projetos na área de saúde estão prontos para serem analisados pelo Plenário da Assembleia Legislativa de Minas G...

04/06/2009 - 00:02
Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais
 

Comissão analisa apoio a epilético e ajuste em lei sobre marca-passo

Dois projetos na área de saúde estão prontos para serem analisados pelo Plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, pois receberam pareceres favoráveis da Comissão de Saúde nesta quinta-feira (4/6/09). Um deles é o Projeto de Lei (PL) 742/07, do deputado Carlin Moura (PCdoB), que tramita em 2º turno e estabelece diretrizes para a política de prevenção à epilepsia e de assistência aos seus portadores. O outro é o PL 3.004/09, do deputado Inácio Franco (PV), que altera lei que obriga a afixação de aviso a portadores de marca-passo cardíaco nas portas equipadas com detector de metal. Ele tramita em 1º turno.

Da forma como foi votado em 1º turno pelo Plenário, o PL 742/07 estabelece várias diretrizes para a política de prevenção à epilepsia, entre elas o atendimento clínico especializado em unidades do sistema público de saúde; o fornecimento ininterrupto de medicação; o acompanhamento especializado no pré-natal; o desenvolvimento de sistema de informação e acompanhamento dos portadores e as ações educativas. O relator, deputado Carlos Pimenta (PDT), concordou com o Plenário, mas apresentou as emendas nºs 1 a 3, que aperfeiçoam o texto votado (a redação do vencido) em aspectos de natureza técnica, adaptando-o aos estudos das causas da doença, às características de atuação do Sistema Único de Saúde (SUS) e às características epidemiológicas do Estado.

Conheça as emendas

A emenda nº 1 dá nova redação ao caput do artigo 1º, tratando da política estadual apenas como de assistência aos portadores de epilepsia, retirando a menção à prevenção. Isto porque, explica o relator, não há tratamento preventivo para a doença, que pode ser provocada por praticamente qualquer condição que afete a parte externa do cérebro.

A emenda nº 2 suprime os incisos III, XII e XIII do artigo 1º, que dispõe sobre as diretrizes da política. O inciso III determina o ressarcimento ao portador de epilepsia dos valores desembolsados com medicamentos, na hipótese de falha do fornecimento ininterrupto dessa medicação. O inciso XII estabelece como diretriz o cadastramento para garantir passe livre no transporte coletivo ao portador e acompanhante, quando necessário, para consultas e encontros de associações de epilepsia. O inciso XIII trata da garantia, em lei, de percentual de mão de obra qualificada nas empresas para os portadores de epilepsia.

Segundo o relator, as medidas são incompatíveis com a linha de atendimento do SUS. Além disso, ressalta que o passe livre é um problema de esfera municipal e que a reserva de vagas é política pública regulada pela União.

A emenda nº 3 inclui, entre as ações educativas, campanhas de esclarecimentos sobre a possibilidade de a cisticercose provocar a epilepsia, bem como sobre os meios de se evitar a contaminação pela tênia (dá nova redação à alínea "c" do inciso X do artigo 1º). Segundo o relator, pesquisas apontam a cisticercose como a causa mais comum da epilepsia tardia, o que reflete as más condições de higiene de grandes segmentos da população. Essa doença atinge o intestino humano e é provocada pelo consumo de carne de porco ou de boi, crua ou mal cozida, contaminada por larvas.

Substitutivo retira a palavra "fornecedor" de projeto que altera lei sobre marca-passo

O PL 3.004/09, do deputado Inácio Franco, altera a Lei 15.018, de 2004, que obriga repartições públicas, empresas e demais instituições do Estado a afixar aviso aos portadores de marca-passo cardíaco nas portas equipadas com detector de metais. Os detectores podem causar interferências e até modificar a programação dos marca-passos.

O relator, deputado Carlos Pimenta, opinou pela aprovação do projeto na forma do substitutivo nº 1, da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que estabelece essa obrigação para "as instituições públicas e privadas instaladas no Estado", dando nova redação ao artigo 1º da lei. Originalmente, o PL 3.004/09 usa o termo "fornecedor", considerado equivocado, pois inclui as pessoas físicas. O substitutivo retira da lei, então, as expressões "empresas", que é mais restritiva, e "instituições do Estado", que engloba apenas as instituições públicas.

Agulha retrátil - O deputado Doutor Rinaldo (PSB) apresentou requerimento para que o PL 2.935/08, que determina o uso de seringas de agulha retrátil no Estado, seja baixado em diligência à Secretaria de Estado de Saúde. Isso significa que ele quer mais informações sobre as consequencias da medida antes de dar seu parecer. Doutor Rinaldo é o relator do projeto, de autoria do deputado Arlen Santiago (PTB).

Rejeição - A Comissão de Saúde opinou pela rejeição do PL 3.093/09, da deputada Maria Lúcia Mendonça (DEM), que institui o Dia Estadual da Mamografia. O parecer, do deputado Fahim Sawan (PSDB), foi lido pelo deputado Carlos Pimenta. Segundo esse parecer, os objetivos da proposição já estão contemplados na Lei 16.168, de 2006, que institui a Semana de Luta contra o Câncer de Mama, a ser realizada anualmente na terceira semana de julho. Nessa semana, o poder público, as empresas e as entidades civis promoverão exames e palestras que visem à conscientização da população e à redução dos índices de mortalidade vinculada ao câncer de mama. Agora a proposição, que tramita em turno único, está pronta para o Plenário.

Deputado propõe vigília na Assembleia em apoio aos aposentados

O deputado Carlos Pimenta propôs um ato público na forma de vigília em defesa das reivindicações dos aposentados - que fizeram manifestação em frente à Assembleia, nesta quinta. Ele sugeriu que o ato público seja realizado em parceria com a Comissão do Trabalho, da Previdência e da Ação Social e englobe debates e uma vigília durante toda a noite, como teria ocorrido nos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Na avaliação de Pimenta, Minas precisa se manifestar favoravelmente ao pleito dos aposentados, que cobram o fim do fator previdenciário e o aumento dos valores dos seus benefícios.

Carlos Pimenta foi apoiado pelo deputado Carlos Mosconi (PSDB), que também defendeu o fim do fator previdenciário e a recomposição dos benefícios. Dois projetos tramitam no Congresso Nacional sobre esses assuntos. O PL 3.299/08, do senador Paulo Paim (PT-RS), que acaba com o fator previdenciário; e o PL 01/07, do Executivo, que recebeu emenda no Senado para assegurar o mesmo reajuste do salário mínimo a todos os benefícios da Previdência Social. Originalmente, essa proposição dispõe sobre o valor do salário mínimo a partir de 2007 e estabelece diretrizes para sua política de valorização de 2008 a 2023. Instituído pela Lei 9.876, de 1999, o fator previdenciário incentiva o segurado do INSS a adiar sua aposentadoria, prolongando o tempo de contribuição.

Audiências - A comissão também aprovou dois requerimentos de audiência pública. Um, do deputado João Leite (PSDB), quer discutir a crise na pediatria dos hospitais de Minas. O outro, do deputado Adelmo Carneiro Leão (PT), pretende debater a violência no trânsito, ouvindo representantes de policiais rodoviários, especialistas em doenças do trânsito, cidades cortadas por rodovias e Secretaria de Estado de Saúde. Também foram analisadas proposições que dispensam a apreciação do Plenário.

Presenças - Deputados Carlos Mosconi (PSDB), presidente; Doutor Rinaldo (PSB) e Carlos Pimenta (PDT).

 

 

 

 

 

 

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