Uberlândia apresenta reivindicações para Comissão das Penas

Melhores condições para a realização de visitas à penitenciária, maior número de defensores públicos e a ampliação da...

01/06/2009 - 00:02
Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais
 

Uberlândia apresenta reivindicações para Comissão das Penas

Melhores condições para a realização de visitas à penitenciária, maior número de defensores públicos e a ampliação da Associação de Proteção e Assistência ao Condenado (Apac). Estas são algumas das sugestões apresentadas pelos participantes da audiência pública realizada em Uberlândia (Triângulo Mineiro) nesta segunda-feira (1o/6/09) pela Comissão Especial da Execução das Penas da Assembleia Legislativa de Minas Gerais. O deputado João Leite (PSDB) é o presidente da comissão e o deputado Durval Ângelo (PT) é o relator.

Para Durval Ângelo, um dos gargalos do sistema carcerário é a execução penal. Ele lembrou que em 1997 havia 13 mil presos em Minas Gerais. Atualmente são cerca de 46 mil, e a projeção para o final de 2011 é de que o Estado tenha 55 mil internos no sistema carcerário. "Se hoje temos superlotação, imagine o que pode acontecer se não tomarmos providências", advertiu o parlamentar.

Para o juiz da Vara de Execuções Criminais de Uberlândia, Luís Eusébio Camuci, o município precisa de mais defensores públicos. Ele reivindica também a expansão da Apac, que atualmente comporta apenas 40 detentos. O juiz informou ainda que a cidade possui uma penitenciária, a Pimenta da Veiga, que tem capacidade para 460 presos, mas abriga atualmente cerca de 500. Já o presídio Jacy de Assis também está superlotado com 1.500 detentos, contra sua capacidade de 940.

O deputado João Leite lembrou que o trabalho da Comissão Especial tem sido feito em parceria com a Defensoria Pública, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MG), Polícia Civil e Pastoral Carcerária. O deputado Tenente Lúcio (PDT) também destacou a contribuição de todos esses órgãos para a comissão.

O defensor público Bento José de Morais destacou que está priorizando a Vara de Execução Criminal. "Estamos fazendo visitas aos presídios e uma varredura nos processos", afirmou. De acordo com ele, a grande reclamação dos presidiários é a falta de medidas socioeducativas visando o retorno do preso à sociedade. O defensor público destacou que os presos reclamam também de maus tratos por parte de alguns agentes penitenciários.

Presenças - Deputados João Leite (PSDB), presidente; Durval Ângelo (PT), relator; e Tenente Lúcio (PDT).

 

 

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