Comissão debate crise no setor minerometalúrgico e de metal ferroso

Os impactos da crise econômica mundial no setor minero-metalúrgico-ferroso de Minas Gerais serão debatidos na próxima...

22/05/2009 - 00:03
Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais
 

Comissão debate crise no setor minerometalúrgico e de metal ferroso

Os impactos da crise econômica mundial no setor minero-metalúrgico-ferroso de Minas Gerais serão debatidos na próxima terça-feira (26/5/09), pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais. A reunião, iniciativa da Comissão Extraordinária para o Enfrentamento da Crise Econômico-Financeira Internacional, acontece no Auditório, a partir das 15h30. Essa audiência faz parte de uma série de encontros que a comissão vem fazendo com diversos setores da economia mineira, com o objetivo de buscar soluções para superar as dificuldades trazidas pela crise internacional.

De acordo com dados divulgados pela Fiemg, os produtos minero-metalúrgicos corresponderam a 64% da pauta de exportações do Estado em 2008. Minas Gerais é responsável por 37% da produção brasileira de aço, e é o maior produtor e exportador nacional de ferro-gusa. No caso de minerais não metálicos, é o maior produtor brasileiro de cimento, com 23,54% da produção nacional. O Estado responde ainda por 25% da produção nacional de bens de fundição, sendo que 40% desse total é exportado.

Ainda segundo a Fiemg, em agosto de 2008, portanto antes da crise, as empresas extrativas-minerais somavam 4.869 no Estado, empregando 39.925 trabalhadores. A indústria metalúrgica empregava 135.459 pessoas em suas 8.344 empresas. Havia ainda, em Minas, 6.004 companhias de produtos minerais não-metálicos, que ofereciam emprego a 41.131 trabalhadores.

Números como esses demonstram a importância estratégica, econômica e social do setor para o Estado. Apesar da recuperação no faturamento em março na comparação com fevereiro, ainda não se conseguiu voltar aos níveis de desempenho pré-crise. Para o presidente da comissão, deputado Sebastião Helvécio (PDT), Minas Gerais, devido à sua característica exportadora de minérios, foi o Estado brasileiro mais afetado. "A situação é preocupante, pois houve uma redução geral na cadeia do minério", afirma o parlamentar. Ele cita a estagnação do setor guseiro registrada no início do ano, com o fechamento de diversos altos-fornos e a demissão de centenas de trabalhadores.

"Independente de crise, o setor merece uma atenção diferenciada", afirma Sebastião Helvécio. Por isso, ele pretende insistir, na reunião dessa terça, em um assunto que foi debatido no Seminário Minas de Minas, promovido pela ALMG em junho do ano passado. Trata-se da diferença de tratamento dado pelo Governo Federal quanto aos royalties pagos aos municípios onde se extrai petróleo e aos mineradores. "Para se ter uma ideia, a cidade de Campos (RJ) recebe mais royalties do que todo o Estado de Minas Gerais. Esse assunto precisa estar na pauta das discussões da reforma tributária", alerta o deputado.

Convidados - Foram convidados para a reunião o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Sérgio Alair Barroso; o presidente da Fiemg, Robson Braga de Andrade; o presidente do Sindicato da Indústria Mineral do Estado de Minas Gerais (Sindiextra), José Fernando Coura; o presidente do Sindicato da Indústria do Ferro do Estado de Minas Gerais (Sindfer), Paulino Cícero de Vasconcelos; o presidente da Federação dos Trabalhadores da Indústria de Exportação de Minas Gerais (Ftiemg), José Maria Soares; o presidente do Sindicato Metabase de Belo Horizonte, Sebastião Alves de Oliveira; e o presidente da Associação Mineira de Silvicultura, Bernardo Vasconcelos Moreira.

 

 

 

 

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