DST e gravidez na adolescência são temas de reunião
conjunta
O índice de adolescentes com doenças sexualmente
transmissíveis (DSTs), assim como a gravidez na adolescência, sua
prevenção e consequências para os jovens e a sociedade serão
debatidos pelas comissões de Saúde e de Educação, Ciência,
Tecnologia e Informática da Assembleia Legislativa de Minas Gerais.
A reunião conjunta, solicitada pela deputada Ana Maria Resende
(PSDB), acontece nesta quarta-feira (27/5/09), às 10h30, no
Plenarinho II.
Segundo a justificação da parlamentar, as relações
sexuais entre adolescentes têm se iniciado cada vez mais cedo, o que
favorece a constante troca entre parceiros e o aumento das
contaminações por DSTs. Segundo dados do Ministério da Saúde,
apresentados pela deputada, os jovens de 15 a 19 anos são os que
menos usam preservativos, e as doenças sexualmente transmissíveis
mais comuns no Brasil são a sífilis e a Aids. "Portanto é importante
a realização desta audiência pública para que possamos discutir
sobre as ações junto às autoridades governamentais, no sentido de
proporcionar a toda a população o acesso a medidas preventivas",
disse. Para a deputada, a reunião irá promover mais um importante
fator de proteção ao adolescente e favorecendo as famílias e a
sociedade.
Gravidez - Assim como as
DSTs, na reunião será debatida a questão da gravidez na
adolescência, que, de acordo com o requerimento da deputada Ana
Maria Resende, é uma das ocorrências mais preocupantes relacionadas
à sexualidade dos jovens. "A adolescência é uma fase em que os
jovens não se sentem mais crianças e ainda não são adultos. O corpo
está passando por intensas transformações, eles fisicamente já são
capazes de engravidar, mas emocionalmente não estão maduros para
serem pais", alerta.
Ela acrescenta que, segundo especialistas, quando a
atividade sexual tem como resultante a gravidez, pode gerar
consequências a longo prazo para a mãe e para o filho. Desta forma,
podem ocorrer problemas de crescimento, desenvolvimento emocional,
comportamental, educacional e de aprendizado, além de complicações
na gravidez e no parto. Dados do Ministério da Saúde mostram que uma
em cada dez mulheres brasileiras de até 19 anos já têm dois filhos.
"Um dos nossos objetivos é fazer um levantamento da estatística
atual da gravidez na adolescência, seu acompanhamento, a existência
de prevenção, bem como as consequências para a adolescente e a
sociedade", concluiu.
Convidados - Foram
convidados para a audiência a secretária de Estado da Educação,
Vanessa Guimarães Pinto; o secretário de Estado da Saúde, Marcus
Vinícius Caetano Pestana da Silva; e a presidente do Conselho
Estadual da Criança e do Adolescente, Fernanda Flaviana de Souza
Martins.
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