Presidente da ALMG abre encontro de Colegiado em São Paulo

A revisão do pacto federativo com a ampliação das prerrogativas dos parlamentos estaduais foi novamente defendida pel...

08/05/2009 - 00:05
Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais
 

Presidente da ALMG abre encontro de Colegiado em São Paulo

A revisão do pacto federativo com a ampliação das prerrogativas dos parlamentos estaduais foi novamente defendida pelo presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais e presidente do Colegiado dos Presidentes de Assembleias Legislativas e da Câmara Distrital, deputado Alberto Pinto Coelho (PP). Na manhã desta sexta-feira (8/5/09), em sessão solene na Assembleia de São Paulo, que antecede o encontro do Colegiado, Alberto Pinto Coelho disse que o avanço da autonomia dos Legislativos estaduais e o aprimoramento do processo legislativo é pauta permanente do colegiado.

O presidente também afirmou que o colegiado tem interesse na celeridade da tramitação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 351/09, que altera o artigo 100 à Constituição Federal e acrescenta o artigo 97 ao Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT), instituindo regime especial de pagamento de precatórios pelos Estados, Distrito Federal e municípios. Ele também leu a minuta de um documento de defesa dos estados federados, que trata da revisão da dívida dos Estados com a União, com redução dos juros.

O presidente da Câmara dos Deputados, deputado Michel Temer (PMDB-SP), também defendeu a integração entre os legislativos estaduais e os federais e o avanço das competências dos legislativos estaduais. Para o deputado federal, o Brasil tem uma tendência histórica de centralismo político. "A descentralização da União, chegando aos Estados e municípios, é a melhor forma de governar. Quanto mais descentralizado um país, mais democrático ele será", afirmou.

Secretários de Fazenda defendem novos indexadores das dívidas

O secretário de Estado de Fazenda de Minas Gerais, Simão Cirineu, reforçou a necessidade de renegociação das dívidas: "Fala-se em redução do rendimento da poupança, mas não em diminuição dos juros das dívidas dos Estados". Ele informou que Minas Gerais fez a opção de reduzir o pagamento da dívida em 2%, o que, segundo o secretário, significa R$ 5 bilhões liberados para investimentos e geração de empregos, por exemplo.

A dívida de Estados com a União está estimada atualmente em R$ 348 bilhões. Os municípios devem R$ 52,4 bilhões. O arranjo estabelecido em 1997 entre governo federal e os entes federados definiu a taxa de juros de 6% ao ano para os Estados e 9% ao ano para os municípios.

Simão Cirineu também defendeu que os indexadores da dívida precisariam ser modificados. De acordo com ele, se a dívida fosse corrigida apenas pelo IGP-DI (Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna), seu saldo teria uma redução de 38%. Ele acrescentou que os juros precisariam baixar para cerca de 4%. "A União reduziu seu superávit primário em 35%, enquanto para Estados, a redução foi de 5%", criticou. Para endossar o argumento de necessidade de renegociação das dívidas dos Estados com a União, o presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, Barros Munhoz (PSDB), acrescentou que os Estados e municípios são responsáveis por 80% dos investimentos feitos no Brasil.

Para o secretário de Estado de Fazenda de Mato Grosso, Eder Moraes, a luta pela redução dos juros terá que ganhar as ruas. "Os 'caras pintadas' vão ter que voltar às ruas e pedir mais empregos e menos juros", afirmou. Segundo ele, a reivindicação dos Estados não é pela prorrogação do prazo para pagamento das dívidas, mas pela mudança do indexador para o IPCA, índice oficial que mede a inflação do Brasil.

Eder Moraes também afirmou que a correção da dívida feita pela União é de juros sobre juros e mostrou dados da dívida pública de Mato Grosso. De acordo com os números apresentados, em 1998 a dívida do Estado com a União era de R$ 3,1 bilhões, foram pagos R$ 5,1 bilhões e o Mato Grosso ainda devia, em 2008, R$ 5,3 bi. "Temos que colocar um fim nisso, sob pena de termos o desenvolvimento do País travado", afirmou.

TV Digital - Durante a sessão, foi assinado pelo presidente da ALESP, deputado Barros Munhoz, e pelo presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer, a prorrogação do termo de cooperação com a Câmara dos Deputados para implantação da transmissão da TV digital. O deputado Barros Munhoz agradeceu Michel Temer pelas medidas que vêm sendo adotadas pela implantação da TV digital que, ele acredita, será a "TV do Parlamento".

Presenças - Participaram do encontro do Colegiado de Presidentes de Assembleias Legislativas os presidentes das Assembleias de Minas Gerais, Alberto Pinto Coelho (PP); do Amapá, Jorge Amanajás (PSDB); do Amazonas, Belarmino Lins de Albuquerque (PMDB); da Bahia, Marcelo Nilo (PSDB); do Ceará, Domingos Filho (PMDB); do Distrito Federal, Élcio Álvares (DEM); do Maranhão, Marcelo Tavares (PSB); do Pará, Domingos Juvenil (PMDB); da Paraíba, Arthur Cunha Lima (PSDB); do Pernambuco, Guilherme Uchôa (PDT); do Piauí, Themistocles Filho (PMDB); de Santa Catarina, Jorginho Mello (PSDB); do Rio Grande do Norte, Robinson Faria (PMN); de São Paulo, Barros Munhoz (PSDB); e do Tocantins, Carlos Henrique Gaguim (PMDB), além de representantes dos presidentes dos Legislativos de Roraima, deputado Chico Guerra, e do Sergipe, o diretor-geral Marcos Sampaio. Também participou o 1º-vice-presidente da União Nacional dos Legislativos Estaduais (Unale), deputado Clóvis Ferraz (DEM/BA).

 

 

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