Deputados e convidados defendem descentralização de ações antidrogas

Os deputados da Comissão Extraordinária de Políticas Públicas de Enfrentamento à Aids, às DSTs, ao Alcoolismo, às Dro...

05/05/2009 - 00:01
Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais
 

Deputados e convidados defendem descentralização de ações antidrogas

Os deputados da Comissão Extraordinária de Políticas Públicas de Enfrentamento à Aids, às DSTs, ao Alcoolismo, às Drogas e Entorpecentes defenderam a descentralização das ações de combate ao vício e de assistência aos dependentes químicos, além da criação de conselhos municipais para tratar do assunto.

Os parlamentares fizeram nesta terça-feira (5/5/09), no Plenarinho I da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, a primeira reunião com convidados da Comissão Extraordinária. "A droga está presente também nas pequenas cidades. Ficou claro que onde há conselhos específicos, a população local tem uma referência, um ponto de apoio para conseguir ajuda", opinou o deputado Fahim Sawan (PSDB). Ele informou que os parlamentares vão percorrer vários municípios do Estado, conhecendo a realidade de cada região e colhendo propostas a serem encaminhadas às autoridades competentes.

O superintendente de Articulação e Descentralização de Políticas Antidrogas, José Geraldo de Oliveira Silva, informou que Minas Gerais tem atualmente 158 conselhos municipais ativos atuando na área de políticas antidrogas. A meta, segundo ele, é chegar a 200 até o fim deste ano. "Nossa intenção é também equipar as unidades, pois os conselheiros precisam de condições mínimas de trabalho, por isso estamos comprando notebooks, projetores, mesas e outros materiais", informou

A diretora do Centro Mineiro de Toxicomania, Raquel Martins Pinheiro, lembrou que as cidades do interior ainda sofrem com uma dificuldade extra, que é o salário dos profissionais da área de saúde. "Em lugares distantes, eles ganham muito mais que na Capital", acrescentou.

Ela defendeu a ampliação do número de Centros de Atenção Psicossocial para Álcool e Drogas (CAPs AD) no Estado, mas fez uma ressalva: "Os CAPs fazem muito bem parte do tratamento, bem como o atendimento emergencial, mas não vão tão longe em se tratando de prevenção". O CAP AD é um serviço especializado em saúde mental que atende pessoas com problemas decorrentes do uso de álcool e outras drogas em diferentes níveis de cuidado, baseado no princípio da reinserção social.

Raquel Pinheiro lamentou a falta de pesquisas e estatísticas sobre a dependência em Minas e cobrou atitude do Governo do Estado. Segundo ela, é preciso incentivar as prefeituras a abrirem seus próprios serviços.

A deputada Rosângela Reis (PV) lembrou que as famílias do interior são as que mais sofrem. "Quando o problema estoura, pais e mães muitas vezes nem sabem a quem pedir socorro", disse. Ela informou que os parlamentares vão lutar por mais recursos no Orçamento do Estado para o setor.

O deputado Célio Moreira (PSDB), por sua vez, sugeriu que nas próximas reuniões da Comissão Extraordinária haja sempre um representante da Secretaria de Estado de Esportes e Juventude, ou da Subsecretaria de Políticas Antidrogas para que possa ser feito um trabalho conjunto do Executivo e do Legislativo.

Os deputados Carlos Mosconi (PSDB) e Neider Moreira (PPS) parabenizaram a iniciativa da comissão e ressaltaram a importância do trabalho dos parlamentares. Para Mosconi, o tema é tão importante que a Comissão Extraordinária poderia se tornar permanente. "Trata-se de uma questão gravíssima, e o Estado não pode se omitir", afirmou.

Presenças - Fahim Sawan (PSDB), coordenador; Célio Moreira (PSDB), Carlos Mosconi (PSDB) e Neider Moreira (PPS) e deputada Rosângela Reis (PV).

 

 

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