Lida em Plenário mensagem do TSE que cassa liminar de deputada

Foi lida na Reunião Ordinária comunicação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre cassação de liminar que garantia...

05/05/2009 - 00:01
Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais
 

Lida em Plenário mensagem do TSE que cassa liminar de deputada

Foi lida na Reunião Ordinária comunicação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre cassação de liminar que garantia a permanência da deputada Maria Lúcia Mendonça (DEM) no cargo até o exame final de recurso apresentado pela parlamentar. A leitura foi feita na reunião de Plenário esta terça feira (5/5/09), na Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Maria Lúcia Mendonça teve o mandato cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MG). A comunicação foi recebida na última quinta-feira (30/4).

A deputada Maria Lúcia Mendonça havia sido cassada pelo TRE-MG por causa da rejeição de suas contas da campanha de 2006, devido a irregularidades como captação de doações sem emissão de recibos eleitorais e uso de recursos sem trânsito pela conta bancária específica da campanha. Na última quarta (29/4), o ministro Eros Grau, do TSE, cassou liminar que havia sido concedida em fevereiro deste ano em favor da deputada.

O processo seguirá rito previsto no Regimento Interno da Assembleia e, subsidiariamente, da Câmara dos Deputados. Após a leitura em Plenário e publicação no Minas Gerais/Diário do Legislativo na quinta (7), o presidente da ALMG, deputado Alberto Pinto Coelho (PP), designará um integrante da Mesa como relator. Este abrirá prazo de 10 dias para a deputada apresentar sua defesa, contado a partir do dia 8 com término no dia 18. A apresentação de ampla defesa está prevista no parágrafo 3º do artigo 55 da Constituição Federal, que trata da perda de mandato. Concluído o prazo, o relator terá até 15 dias (de 19 de maio a 2 de junho) para apresentar parecer à Mesa da Assembleia, que decidirá sobre a questão, comunicando o fato ao Plenário.

TCE - Também na reunião, foi recebido o ofício 26/09, do Tribunal de Contas do Estado (TCE), assinado pelo presidente do órgão, conselheiro Wanderley Ávila. No documento, é comunicado que a conselheira Adriene Andrade determinou a abertura de vista, ao governador do Estado, dos autos de nº 782747, relativos ao Balanço Geral do Estado, exercício de 2008. Segundo o comunicado, com essa decisão, fica suspenso o prazo constitucional previsto para a emissão do parecer prévio do Tribunal de Contas.

Doação - Foi ainda recebida mensagem do governador solicitando o desarquivamento do Projeto de Lei (PL) 3.780, de 2006, do próprio governador, que autoriza o Executivo a doar imóvel ao município de Caldas (Sul de Minas). Trata-se de um terreno de 10.000 m², onde a prefeitura local pretende construir o Centro Comunitário do Bairro Pedra Branca. Na própria reunião, foi deferido o requerimento do governador pelo desarquivamento do projeto.

Requerimentos - Além do requerimento do governador, foram deferidos na reunião requerimentos de parlamentares solicitando a retirada de tramitação dos seguintes PLs: 3.018/09, da deputada Ana Maria Resende (PSDB), que trata da inclusão de alerta em rótulos, embalagens e campanhas publicitárias referentes à quantidade de sódio nos produtos alimentícios industrializados, produzidos e comercializados no Estado; e 3.183/09, do deputado Zezé Perrella (PSDB), que determina adoção de medidas de proteção a vítimas e testemunhas nos boletins de ocorrência e inquéritos policiais.

Artigo 70 - Utilizando a palavra pelo artigo 70 do Regimento Interno, dois deputados foram à tribuna. O primeiro, Almir Paraca (PT) elogiou a iniciativa do Governo do Estado de lançar, na manhã desta terça-feira, o Selo Responsabilidade Empresarial. "Que esse selo funcione como um incentivo para que o setor empresarial avance mais nas questões ambientais", defendeu ele, lembrando que "não é mais possível discutir sustentabilidade sem envolver o poder público, a iniciativa privada e o terceiro setor".

Noutro momento, Paraca lamentou a morte do dramaturgo Augusto Boal. O parlamentar citou que Boal foi o criador do "Teatro do Oprimido", tendo sido por esse motivo perseguido e torturado pelo regime militar. Paraca destacou que essa técnica continua plenamente atual e "precisa de políticas culturais que a estimulem como instrumento de libertação das pessoas excluídas dos direitos de cidadania".

Referindo-se ao 26º Encontro de Municípios da Associação Mineira de Municípios (AMM), o deputado Getúlio Neiva (PMDB) fez críticas o Governo Federal em três situações: no aperto financeiro aos municípios; pela "miopia" do programa Minha Casa, Minha Vida"; e na criação de um "estado policialesco".

Neiva avalia que o programa habitacional federal deveria não apenas financiar conjuntos habitacionais, mas também a construção de casas para pessoas que já têm seus lotes, inclusive na zona rural. Sobre o arroxo imposto aos municípios, o deputado criticou a demora no repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e a cobrança de taxas atrasadas pelo INSS, ações que estariam inviabilizando as administrações municipais. Falando sobre os grampos telefônicos feitos por órgãos federais, Neiva estranhou que até mesmo a Polícia Rodoviária Estadual estaria fazendo interceptações desse tipo. "Onde fica a liberdade do cidadão?", questionou ele, defendendo o estado democrático de direito.

 

 

Responsável pela informação: Assessoria de Comunicação - www.almg.gov.br

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