As recentes denúncias de adulteração do café, pelas
torrefadoras, veiculadas na mídia local, levaram as Comissões de
Defesa do Consumidor e do Contribuinte e de Política Agropecuária e
Agroindustrial da Assembléia Legislativa de Minas Gerais a
promoverem uma audiência pública na próxima quinta-feira (23/4/09).
O debate foi solicitado pelos deputados Vanderlei Jangrossi (PP),
Antônio Carlos Arantes (PSC), e Délio Malheiros (PV) e acontece às
10 horas, no Plenarinho II.
Vanderlei Jangrossi, presidente da Comissão de
Política Agropecuária, cita dados da Associação Brasileira da
Indústria do Café (Abic), segundo os quais, das 300 empresas que
comercializam o produto em Minas, em 115 delas as amostras mostraram
adulteração na composição do café. "A prática mais comum consiste na
adição de milho, cevada, soja, semente de açaí e em alguns casos
foram constatados até pedaços de pedra e pau".
Jangrossi disse ainda que as adulterações
representam um risco à saúde pública. "Nessa reunião iremos apurar
de quem é o erro ou omissão", acrescenta o deputado. Ele aconselha
ainda os consumidores a comprarem somente o produto com o selo de
pureza da Abic. "A maior incidência de adulteração no Estado
encontra-se na Região Metropolitana de Belo Horizonte",
disse.
Convidados - O chefe de
gabinete da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e
Abastecimento de Minas Gerais, Evandro Oliveira Neiva; a gerente de
Vigilância Sanitária de Alimento da Secretaria de Estado de Saúde,
Cláudia Parma Machado; o promotor de Justiça, José Antônio Baeta de
Melo, coordenador substituto da Área de Alimentos do Ministério
Público; o presidente da Associação Brasileira da Indústria do Café
e do Sindicafé-MG, Almir José da Silva Filho; e o presidente da
Federação da Agricultura de Minas Gerais (Faemg), Roberto
Simões.