A Comissão de Segurança Pública da Assembleia
Legislativa de Minas Gerais realiza nesta quinta-feira (23/4/09), a
partir das 14h30 no Auditório, uma reunião em homenagem aos
policiais civis e integrantes do Ministério Público estadual que
participaram da Operação Vandec III, responsável por desmantelar uma
quadrilha de assaltantes de bancos que agia em várias cidades
brasileiras. A reunião foi solicitada pelo 3º-secretário da Mesa da
Assembleia, deputado Sargento Rodrigues (PDT).
Durante pronunciamento em Plenário, dias após a
ocorrência da Operação Vandec III, o deputado destacou que os
criminosos presos formavam "a maior quadrilha especializada em
assaltos a banco no Brasil, em todos os tempos". Rodrigues lembrou,
ainda, que foi apreendida uma metralhadora "ponto 50", usada para
derrubar aeronaves e disse que tal fato demonstra que a área de
segurança pública merece receber do Governo do Estado uma
"especialíssima atenção". "Faremos uma homenagem especial a esses
integrantes do Ministério Público e da Polícia Civil que realizaram
esse belíssimo trabalho aqui no Estado ao desbaratar essa
quadrilha", completou.
A operação - A primeira
fase da operação Vandec foi desencadeada após ação criminosa na
cidade de São Gotardo, no Alto Paranaíba, em janeiro de 2007. Sete
suspeitos foram presos, incluindo dois dos líderes da quadrilha. A
operação recebeu o nome Vandec em homenagem ao cabo da Polícia
Militar que foi assassinado pela quadrilha durante essa ação.
Em setembro do mesmo ano, a operação Vandec II foi
deflagrada com a prisão de 17 pessoas e apreensão de armamentos e
veículos. De acordo com o Ministério Público estadual, as ações da
quadrilha eram comandadas de dentro da Penitenciária Nelson Hungria
por Onicésar Abrenhosa Guimarães e Valter Cante de Oliveira, presos
durante a primeira etapa da operação.
Dois anos de investigações culminaram na Operação
Vandec III, em fevereiro deste ano, na qual foram presos outros seis
suspeitos de pertencerem à quadrilha. Um dos presos foi João
Ferreira Lima, o João de Goiânia, conhecido como o homem da "ponto
50", por utilizar esse tipo de metralhadora antiaérea durante os
assaltos. A operação evitou mais uma ação dos criminosos. Segundo o
Ministério Público, a ação aconteceria na Venezuela, onde os
criminosos planejavam roubar R$ 50 milhões em ouro, contando com a
ajuda de ex-guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da
Colômbia (Farc).