Plenário mantém quatro vetos e destrava pauta de votações

Com a votação de quatro vetos parciais do governador a proposições de lei, o Plenário da Assembleia Legislativa de Mi...

08/04/2009 - 12:03
Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais
 

Plenário mantém quatro vetos e destrava pauta de votações

Com a votação de quatro vetos parciais do governador a proposições de lei, o Plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais destravou a pauta na reunião extraordinária da noite desta terça-feira (7/4/09). Todos os vetos apreciados foram mantidos pelos deputados.

O primeiro veto apreciado foi o imposto à Proposição de Lei 18.876, que altera as Leis 14.699, de 2003, que dispõe sobre formas de extinção e garantias do crédito tributário e as Leis 6.763, de 1975; 13.470, de 2000; e 14.062, de 2001. O veto recaiu sobre o artigo 1º da proposta, que propõe nova redação ao § 2º do art. 24 da Lei 14.699, estabelecendo o prazo de 120 dias para a inclusão de débito no Cadastro Informativo de Inadimplência em relação à Administração Pública (Cadin-MG), a partir da comunicação ao devedor da existência desse débito. De acordo com o governador, a proposta contraria duplamente o interesse público. Para o Executivo, o prazo é excessivo, não garante a regularização do débito e incentiva a inadimplência. Além disso, a redação proposta, segundo a justificativa, elimina previsão contida no dispositivo revogado, de que o cidadão tenha prévio conhecimento da motivação do ato de inclusão de seu débito no Cadin/MG. No Plenário, foram 43 votos pela sua manutenção e dois contra, o que confirmou o parecer da Comissão Especial formada para emitir parecer sobre o ato do governador.

Já o veto parcial à Proposição de Lei 18.922 recebeu 38 votos a favor de sua manutenção e sete contra. Como a Comissão Especial perdeu o prazo para emitir seu parecer, o deputado Domingos Sávio (PSDB) foi designado relator da matéria em Plenário. A proposição cria a carreira de médico da área de Seguridade Social, alterando seis leis estaduais: 15.293, de 2004 e 15.464, 15.465, 15.466, 15.467 e 15.961, todas de 2005. Segundo a justificativa para o veto, que incidiu sobre o parágrafo único do artigo 3º, acrescido por emenda parlamentar, o texto se opõe ao novo modelo de carreiras do Executivo, à medida que restabelece a antiga estrutura que, de forma fragmentada, vinculava cada cargo a uma categoria específica. O parágrafo único afirma que os cargos de provimento efetivo lotados no Ipsemg serão identificados pela designação de analista de Seguridade Social, técnico de Seguridade Social e auxiliar de Seguridade Social, seguida da especialidade relativa à classe ocupada na data de publicação da lei. Domingos Sávio, em seu parecer, analisou os aspectos constitucionais da matéria e decidiu opinar pela manutenção do veto, uma vez que ele "não chega a afetar a essência do projeto".

Policiais não terão desconto para a compra de armas

Com 41 votos favoráveis, o Plenário manteve também o veto parcial à Proposição de Lei 18.947, que, ao alterar a Lei 6.763, de 26/12/75, que consolida a legislação tributária do Estado, estende aos demais estádios de futebol a isenção da taxa de segurança pública, anteriormente prevista apenas para o Mineirão e para o Independência. A proposição deu origem à Lei 18.013, de 2009 (originada do PL 2.393/08, do governador). O veto incidiu sobre o artigo 2º da proposição, que autoriza o Executivo a reduzir em até 0% a carga tributária para a retirada interna de armas e munições adquiridas por policiais civis, militares, bombeiros a agentes de segurança, limitada a uma arma e para uso próprio. Segundo o governador, as isenções de ICMS somente serão concedidas nos termos de convênios celebrados e ratificados pelos Estados e pelo Distrito Federal. O relator designado em Plenário foi o deputado Fahim Sawan (PSDB), já que a Comissão Especial também perdeu o prazo para emitir seu parecer. Sawan concordou com a justificativa do Poder Executivo para impor o veto parcial.

Ao encaminhar a votação, o deputado Sargento Rodrigues (PDT) pediu que os parlamentares rejeitassem o veto parcial, alegando que a maioria dos policiais precisa comprar sua própria arma, que custa entre R$ 1.500 e R$ 2.000. Um desconto de 18%, equivalente ao ICMS, facilitaria a vida desses trabalhadores, alegou o deputado. Ele acrescentou que a proposição tem o caráter apenas autorizativo, e não determina a imediata redução do ICMS sobre as armas. "Fico triste com a posição do governo, que não entendeu e nem atendeu o nosso apelo", disse Sargento Rodrigues. Já o deputado Adelmo Carneiro Leão (PT) fez o encaminhamento da votação pela sua aprovação. Segundo ele, é descabida a discussão de um tema como esse, uma vez que o Estado tem a obrigação de fornecer as armas aos policiais, não cabendo a eles ter de comprá-las.

Turismo - O último veto que trancava a pauta também foi mantido, com 42 votos contra três. Trata-se do veto parcial à Proposição de Lei 18.956, que dispõe sobre o Conselho Estadual de Turismo (CET). O veto foi sobre o inciso IV do artigo 2º da proposição, que lista como uma das competências do CET manifestar-se sobre a proposta orçamentária anual da Secretaria de Estado de Turismo (Setur). Segundo o governador, ouvida a Setur, verificou-se que a proposta orçamentária não deve estar sujeita a ingerências do CET. Como a Comissão Especial também perdeu o prazo para emitir o parecer, o relator designado em Plenário, deputado João Leite (PSDB) opinou pela manutenção do veto, uma vez que concorda com o posicionamento do Estado quanto à inconveniência de o CET se manifestar sobre o orçamento anual da Setur.

Ao final da reunião, o deputado Carlin Moura (PCdoB) saudou os jornalistas profissionais pelo seu dia, comemorado em 7 de abril, e alertou para a necessidade da exigência do diploma profissional para o bom exercício do jornalismo. Já Weliton Prado (PT) informou que, a despeito da proposta da Cemig de reajustar suas tarifas em 31,79%, a Agência Nacional de Energia Elétrica concedeu o índice de 4,87%. Ele criticou a qualidade da energia fornecida pela empresa e comentou que ela lucrou R$ 1,9 bilhão em 2008.

 

Responsável pela informação: Assessoria de Comunicação - www.almg.gov.br

Rua Rodrigues Caldas,30 :: Bairro Santo Agostinho :: CEP 30190 921 :: Belo Horizonte :: MG :: Brasil :: Telefone (31) 2108 7715