Assembleia faz homenagem a 100 anos de Dom Helder

A Assembleia Legislativa de Minas Gerais vai celebrar, em Reunião Especial, os 100 anos de nascimento de Dom Helder C...

02/04/2009 - 00:02
Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais
 

Assembleia faz homenagem a 100 anos de Dom Helder

A Assembleia Legislativa de Minas Gerais vai celebrar, em Reunião Especial, os 100 anos de nascimento de Dom Helder Câmara, um dos maiores defensores dos direitos humanos no País, fundador da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e inspirador da Teologia da Libertação. A solenidade será no dia 13 de abril, às 20 horas, no Plenário da ALMG. Antes, às 19 horas, no Salão Nobre, haverá entrega de placas a representantes de instituições com atuação na área de direitos humanos. Outra placa será entregue no Plenário ao diretor da Escola Superior Dom Helder Câmara, padre Paulo Umberto Stumpf. O autor do requerimento para a reunião é o deputado Durval Ângelo (PT), para quem Dom Helder marcou sua vida pela "contribuição inesquecível na defesa dos direitos fundamentais".

No Salão Nobre, receberão placas o Centro Nacional de Fé e Política Dom Helder Câmara, a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social, o Ministério Público de Minas Gerais, a Escola Judicial Desembargador Edésio Fernandes, o Instituto Helena Greco, o Centro Vhiver, o Grupo de Amigos e Parentes de Pessoas em Privação de Liberdade, o Vicariato Episcopal para Ação Social e Política da Arquidiocese de Belo Horizonte, a Convenção Batista Mineira, o Projeto Novos Rumos da Execução Penal, o Instituto Dom Helder Câmara de Recife (PE) e o seminarista Geilson Cajui Laureano, que representará a família de Dom Helder e a Arquidiocese de Fortaleza (CE).

A Reunião Especial terá, ainda, exibição de vídeo e apresentações artísticas, entre elas a do músico Pereira da Viola e a do Coral da Igreja Nossa Senhora das Dores de Contagem.

Indicado ao Nobel

Helder Pessoa Câmara nasceu em 7 de fevereiro de 1909, em Fortaleza. Estudou no Seminário São José, na capital cearense, e foi ordenado padre em 1931. Cinco anos depois, transferiu-se para o Rio de Janeiro. Em 1952, foi nomeado bispo e tornou-se um dos fundadores da CNBB, com apoio do amigo e então subsecretário do Vaticano monsenhor Giovanni Battista Montini, futuro papa Paulo VI. Foi, também, o primeiro secretário-geral da entidade. Três anos depois, ajudou a fundar a Conferência do Episcopado Latino-Americano (Celam). Em 1964, foi nomeado arcebispo de Olinda e Recife (PE).

Defensor da opção da Igreja pelos pobres, Dom Helder participou, entre 1962 e 1965, do Concílio Vaticano II, que rompeu com diversas tradições católicas e inspirou a Teologia da Libertação. Durante a ditadura no Brasil (1964-1985), Dom Helder defendeu perseguidos políticos e denunciou a violação dos direitos humanos pelos militares. Ganhou a antipatia do regime, que o tachou de "arcebispo vermelho", por seu suposto comunismo, e chegou a proibir a menção a seu nome nos meios de comunicação.

Dom Helder foi indicado quatro vezes ao Prêmio Nobel da Paz, entre 1970 e 1973. Escreveu 23 livros, 19 dos quais traduzidos para outros idiomas, e recebeu 716 títulos de homenagem e condecorações, entre os quais 32 títulos de Doutor Honoris Causa e 30 de Cidadão Honorário, inclusive de Belo Horizonte, em 1990. Morreu aos 90 anos de idade, em 27 de agosto de 1999, em Recife.

 

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