Comissão apresenta relatório sobre Serras da Calçada e da Moeda

A Comissão Especial das Serras da Calçada e da Moeda da Assembleia Legislativa de Minas Gerais se reúne nesta quinta-...

02/04/2009 - 00:01
Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais
 

Comissão apresenta relatório sobre Serras da Calçada e da Moeda

A Comissão Especial das Serras da Calçada e da Moeda da Assembleia Legislativa de Minas Gerais se reúne nesta quinta-feira (2/4/09), às 10 horas, no Auditório, para a apresentação do relatório final dos trabalhos. O documento, a cargo do deputado Dalmo Ribeiro Silva (PSDB), deverá ser encaminhado aos órgãos ambientais, ao Ministério Público e à sociedade civil organizada e servirá ainda de orientação para a análise de proposições que tramitam na Assembléia. Criada a requerimento do deputado Fábio Avelar (PSC), a comissão realizou audiências públicas e visita às serras para analisar o potencial para usos alternativos do solo e do subsolo, junto com a preservação dos patrimônios arqueológico, espeleológico e natural, bem como seu potencial ecoturístico.

O trabalho dos parlamentares, iniciado em setembro de 2008, ocorre em meio a disputas entre mineradoras, moradores da região e entidades ambientais, que divergem a respeito do destino das áreas em estudo. Também na ALMG tramitam três proposições sobre as serras. A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 16/07, do deputado Dalmo Ribeiro Silva, pretende incluir a Serra da Moeda entre as áreas tombadas do Estado. O Projeto de Lei (PL) 1.304/07, do deputado Délio Malheiros (PV), pretende incorporar a área ao Parque Estadual da Serra do Rola-Moça, idéia que tem o apoio de entidades ambientais e de moradores. Ele foi anexado ao PL 124/07, do deputado Ivair Nogueira (PMDB), que propõe reduzir em 6,5% a área do Parque da Serra do Rola-Moça, com o objetivo de regularizar áreas ocupadas por mineradoras e um empreendimento imobiliário.

Serras guardam pinturas rupestres e ruínas do período colonial

A Serra da Moeda é um grande espinhaço, ou cadeia de montanhas, que se estende por 70 km, de Belo Horizonte ao município de Belo Vale, no sentido norte-sul. Tem esse nome por causa da cunhagem clandestina de barras de ouro na época do Brasil colônia, que era feita na região. Inclui vários segmentos e ramificações, entre os quais a Serra da Calçada. Essa serra, por sua vez, se distribui entre os municípios de Nova Lima e Brumadinho. Ali há um "forte", estrutura murada que é remanescente de uma antiga fazenda do século XVIII, onde já se explorava ouro.

Em junho de 2008, a Serra da Calçada foi tombada pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha). A área tombada é de propriedade da Vale, que pretende explorar ferro em parte do terreno. A Vale quer a revisão do tombamento para permitir a exploração parcial, em troca da preservação do restante da área, que inclui as ruínas históricas da exploração aurífera na época colonial, pinturas rupestres, lascas de cristal possivelmente produzidas por populações primitivas, fauna e vegetação características dos campos ferruginosos. Entidades ambientalistas, porém, defendem a preservação de toda a área.

A comissão é presidida pelo deputado Sávio Souza Cruz (PMDB) e tem como membros, além do relator Dalmo Ribeiro Silva, os deputados Jayro Lessa (DEM), vice-presidente; Fábio Avelar e Almir Paraca (PT).

 

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