Comissão cobra realização de obra rodoviária no Belvedere

O apoio à construção da alça viária que vai ligar a BR-356 à rodovia MG-030, no bairro Belvedere, em Belo Horizonte, ...

31/03/2009 - 00:01
Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais
 

Comissão cobra realização de obra rodoviária no Belvedere

O apoio à construção da alça viária que vai ligar a BR-356 à rodovia MG-030, no bairro Belvedere, em Belo Horizonte, foi unânime entre os participantes que compareceram à audiência pública realizada nesta terça-feira (31/3/09) pela Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Assembleia Legislativa de Minas Gerais. A obra deve desafogar o trânsito na região, beneficiando moradores da zona sul da Capital, de Nova Lima, Raposos e Rio Acima.

O deputado Sávio Souza Cruz (PMDB), autor do requerimento que deu origem à reunião, estranhou a ausência da Prefeitura de Belo Horizonte na audiência. Até o ano passado, disse ele, essa obra era prioritária para a prefeitura. Mas agora, "estranhamente", o interesse desapareceu. "A quem não interessa a construção dessa alça viária?", questionou. Ele lembrou que no final do ano passado a ALMG aprovou em tempo recorde o Projeto de Lei (PL) 2.880/08, que deu origem à Lei 18.042, de 2009, cujo texto permite a construção da alça viária em parte da Estação Ecológica do Cercadinho.

A maior dúvida levantada durante a reunião foi sobre quem vai financiar e realizar a obra. Esse questionamento foi levantado pelo deputado Gustavo Valadares (DEM) e pelo prefeito de Nova Lima, Carlos Roberto Rodrigues. Valadares disse que a construção da alça viária foi incluída no Orçamento Participativo Digital, mas ela perdeu a votação e deixou de ser prioritária. Por outro lado, Rodrigues informou que ela está prevista no Plano Plurianual do Governo Federal. Mas Sávio Souza Cruz esclareceu que o empreendedor é o Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transporte (Dnit) e que o licenciamento ambiental deve ser dado pelo Estado, uma vez que a obra se insere em dois municípios.

Sem a presença da prefeitura da Capital, única convidada ausente, os participantes discutiram o andamento da obra. A supervisora de Estudos, Projetos e Meio Ambiente do Dnit em Minas, Marília Fernandes Zazá, informou que a obra é de interesse do órgão, e que o projeto está em fase final de aprovação. Mas isso depende do licenciamento ambiental, que estaria a cargo da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH).

Deputados e moradores pedem agilidade

O deputado Délio Malheiros (PV) pediu que a PBH e o Dnit acelerem a aprovação do projeto. Ele lembrou que uma frente parlamentar foi criada no dia 20 de fevereiro para pressionar os órgãos públicos para agilizar a obra, destacando que se trata de uma prioridade para a população. De acordo com Almir Paraca (PT), é preciso somar forças para que a construção seja iniciada. Adalclever Lopes (PMDB) e Carlos Gomes (PT) também manifestaram apoio ao projeto.

Representantes dos moradores dos bairros da região cobraram agilidade, tanto do Dnit quanto da prefeitura da Capital. "A quem interessa protelar essa obra? Como a PBH torna tão moroso algo que já tem o projeto pronto?", questionou o vice-presidente da Associação dos Moradores do Bairro Alto Santa Lúcia, Cândido Bernardes Lamounier. Na mesma linha, o presidente da Associação dos Amigos do Bairro Belvedere, Ubirajara Pires Glória, reclamou tanto da prefeitura quanto do Dnit e cobrou a determinação de um prazo para a aprovação do projeto de execução da obra. Marcelo Marinho Franco, da União das Associações de Bairros da Zona Sul, disse que quando há vontade política, as coisas acontecem.

Projeto sobre política florestal recebe substitutivo

Na fase deliberativa da reunião, foi concedido pedido de vista do parecer sobre o PL 2.771/08 ao deputado Almir Paraca. O projeto, do governador, altera a Lei 14.309, de 2002, que trata das políticas florestal e de proteção à biodiversidade no Estado, e ainda a Lei Delegada 125, de 2007, que define a estrutura orgânica da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável. Entre os objetivos da proposição estão implantar um sistema eletrônico de rastreamento do transporte de produtos florestais, criar um cronograma para promover a substituição do consumo de produtos de origem nativa por outros originários de florestas plantadas e ainda ampliar os mecanismos para reposição florestal.

O relator, deputado Fábio Avelar (PSC), opinou pela aprovação do projeto na forma do substitutivo nº 1, que apresentou. Entre as alterações propostas pelo substitutivo está uma adequação temporal da faixa de consumo de carvão vegetal de origem nativa autorizada ao longo dos próximos oito anos, uma vez que o projeto considera 2008 como início desse período, e já estamos em 2009. Outra mudança é a forma de controle sobre quem romper o limite de consumo desse carvão. Além das multas cabíveis, o valor da cobrança deixa de ser percentual para se transformar em absoluto, com prestação de contas trimestral. Outra alteração significativa é a adaptação temporal do cronograma de plantio de florestas próprias, que passa a ser cumprido a partir do ano agrícola 2010/2011. Nova reunião foi marcada para esta quarta-feira (1º/4) para votação do parecer.

Requerimentos - A comissão aprovou três requerimentos sobre temas debatidos na reunião desta terça (31), todos do deputado Sávio Souza Cruz. O primeiro pede o envio de um ofício ao Dnit solicitando providências junto ao Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam) no sentido de se iniciar o licenciamento ambiental para a construção da alça viária discutida na audiência. O segundo requer um ofício à Secretaria de Estado de Meio Ambiente para que o órgão avoque ao Copam o licenciamento ambiental das obras de construção da loja Leroy Merlin e de expansão do BH Shopping, uma vez que a PBH não tem competência para fazê-lo, por se tratar de área limítrofe entre a Capital e Nova Lima. E o terceiro solicita o envio de um ofício ao Ministério Público para que anule esse licenciamento ambiental concedido pela PBH.

Um outro requerimento, desta vez do deputado Fábio Avelar, foi aprovado. Trata-se de um pedido de adiamento da discussão do PL 2.692/08, do deputado Doutor Viana (DEM), que dá a denominação de René Barbosa Canabrava à força tarefa Previ - Incêndios Florestais de Minas Gerais, localizada em Curvelo.

Presenças - Deputados Fábio Avelar (PSC), presidente; Sávio Souza Cruz (PMDB), vice; Almir Paraca (PT), Délio Malheiros (PV), Adalclever Lopes (PMDB), Gustavo Valadares (DEM) e Carlos Gomes (PT). Também participaram da reunião o jornalista Márcio Doti, o vereador de Belo Horizonte Fred Costa e o advogado Valmir Braga.

 

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