Público deve ser orientado sobre situações de emergência em eventos

O Projeto de Lei (PL) 468/07, que obriga a orientação do público quanto à segurança e aos procedimentos de emergência...

31/03/2009 - 00:01
Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais
 

Público deve ser orientado sobre situações de emergência em eventos

O Projeto de Lei (PL) 468/07, que obriga a orientação do público quanto à segurança e aos procedimentos de emergência em recintos onde são realizados eventos com grande aglomeração de pessoas, recebeu parecer favorável da Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais. O projeto do deputado Gustavo Corrêa (DEM) foi analisado em 1º turno na reunião desta terça-feira (31/3/09). O relator da matéria, deputado Tenente Lúcio (PDT), opinou por sua aprovação na forma do substitutivo nº 1 da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

O projeto original especifica que as orientações deverão ser prestadas momentos antes do início do espetáculo ou do evento, indicando as saídas de emergência e o local dos extintores. O substitutivo no 1 incorpora o comando do projeto à Lei 14.130, de 2001, que trata da prevenção contra incêndio e pânico no Estado. O novo texto acrescenta parágrafo ao artigo 6º dessa lei, determinando que, antes do início de eventos que reunam público em ambientes fechados, serão fornecidas orientações sobre os procedimentos de emergência e normas de segurança para o local, a localização dos extintores de incêndio e das saídas de emergência, além de outras informações para prevenir acidentes e pânico.

Comissão ouve representante de operadoras sobre localização de telefones

O assessor parlamentar da Associação Nacional das Operadoras de Celular (Acel), Luiz de Melo Júnior, apresentou sugestões à comissão para o Projeto de Lei (PL) 900/07, que obriga empresas de telefonia a informar às autoridades policiais a localização de aparelhos telefônicos. O projeto, do deputado Délio Malheiros (PV), foi debatido pela comissão com representantes das polícias, da Anatel e do Ministério Público na última semana. A participação do assessor da Acel na reunião desta terça atendeu a requerimento do deputado Tenente Lúcio, relator da proposição.

Luiz de Melo Júnior esclareceu que a localização de aparelhos celulares só pode ser fornecida com mandado judicial. Ele esclareceu que o assunto é tratado pela Constituição Federal e regulamentado pela Lei 9.296, de 1996. Na opinião do assessor da Acel, o projeto que tramita na Assembleia pode extrapolar o que prevê a constituição, dando muito poder ao policial, o que poderia acarretar distorções no objetivo da medida. Ele acrescentou que, em vista das falsificações das ordens judiciais, as operadoras fazem a confirmação por telefone, com o próprio juiz. "No plano federal, está sendo feita uma tentativa de padronizar esses procedimentos", explicou.

O convidado informou aos deputados sobre o trabalho da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Escutas Telefônicas Clandestinas, do Congresso, que está estudando a possibilidade de definição de um prazo para que o juiz emita sua decisão e para que as operadoras tomem as providências para a localização dos aparelhos. O representante da Acel disse que foi apresentada a proposta de fornecimento de uma senha às autoridades solicitantes, após autorização da Justiça, para que possam acessar o sistema imediatamente.

O deputado João Leite (PSDB), presidente da comissão, reforçou que o projeto não trata de quebra do sigilo, de tornar público o conteúdo das conversas telefônicas, mas de divulgação de dados cadastrais e da localização dos aparelhos em situações de emergência, como em sequestros relâmpagos. No mesmo sentido, o relator do PL 900/07, deputado Tenente Lúcio, manifestou sua preocupação com um encaminhamento que torne possível a localização rápida de vítimas que correm riscos.

Luiz de Melo Júnior informou que as operadoras atenderam a 453 mil pedidos de interceptação telefônica no ano passado. "As operadoras tiveram que criar setores específicos para esse atendimento e isso é bastante oneroso. As empresas precisariam ser ressarcidas", defendeu. Na opinião da deputada Maria Tereza Lara (PT), o usuário já paga o suficiente para ter o que chamou de um "seguro de vida". "É preciso superar as condições jurídicas para que a vida seja preservada", afirmou. Ela explicou que existe a lei e o espírito da lei, que precisaria ser considerado nesse caso.

Requerimentos - Foram aprovados cinco requerimentos durante a reunião. A deputada Maria Tereza Lara solicitou as presenças do desembargador de Justiça, Joaquim Alves de Andrade, e do diretor executivo da Fraternidade Brasileira de Assistência ao Condenado, Valdeci Antônio Ferreira, na comissão, para informarem aos deputados sobre o trabalho que vem sendo desenvolvido nas Associações de Proteção e Assistência aos Condenados (Apacs) do Estado. A deputada também pede a realização de audiência pública da comissão para debater a prevenção do uso de drogas e a normatização de condutas para o combate ao tráfico de drogas.

Os deputados também aprovaram dois requerimentos da comissão solicitando o envio de ofícios à Ouvidoria de Polícia e à Corregedoria da Polícia Militar para informações sobre denúncias de espancamento por parte de policiais militares a operários da Construtora Santa Bárbara. O crime teria ocorrido na obra do Hospital da Unimed, no bairro Santa Efigênia, em Belo Horizonte, no último dia 23.

Foi ainda aprovado requerimento do deputado João Leite para que a comissão realize audiência pública para debater a prevenção da violência contra o idoso. Na reunião foram aprovadas também outras oito proposições que dispensam a apreciação do Plenário da Assembleia.

Presenças - Deputados João Leite (PSDB), presidente; deputada Maria Tereza Lara (PT), vice; e o deputado Tenente Lúcio (PDT). Além do convidado citado na matéria, participou da reunião o representante do setor de Relações Institucionais da Oi, Marco Antônio Borges.

 

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