Deputados criticam proposta de aumento de multa em conta de luz

O deputado Weliton Prado (PT) convocou a população a participar da consulta pública da Agência Nacional de Energia El...

24/03/2009 - 00:02
Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais
 

Deputados criticam proposta de aumento de multa em conta de luz

O deputado Weliton Prado (PT) convocou a população a participar da consulta pública da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para se posicionar contra o aumento de 150% no valor das multas cobradas sobre o atraso nas contas de luz. O percentual passaria de 2% para 5% após o 30º dia de atraso. "É importante que a população participe e opine", afirmou o deputado na tribuna do Plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais durante a Reunião Ordinária desta terça-feira (24/3/09).

Pouco antes, ele havia dado uma entrevista coletiva sobre o assunto juntamente com o deputado Délio Malheiros (PV). Ambos criticaram a Aneel e anunciaram a disposição de tomar medidas judiciais contra a proposta de aumento, que está em consulta pública no site da agência.

Para os dois deputados, o aumento não se justifica, pois não resolve o problema da inadimplência, além de ferir o Código de Defesa do Consumidor e ir contra decisão do Supremo Tribunal Federal. O aumento do percentual foi sugerido à Aneel pelas concessionárias como forma de fazer frente à inadimplência, de acordo com o presidente do Sindicato dos Eletriciários (Sindieletro), Willian Wagner.

"O que as concessionárias querem é fazer caixa com o aumento da multa", sentenciou Weliton Prado. Já Délio Malheiros disse que a inadimplência em Minas é pequena, entre 5% e 8%, enquanto Willian Wagner criticou a forma de consulta, "sem qualquer divulgação, escondida no site da Aneel, sob o número da resolução".

Para o Sindieletro, a consulta deixa de ser um instrumento democrático para se tornar um canal único para as concessionárias de energia, já que a população não é chamada a participar. Ele sugeriu ainda outras mudanças na Resolução 456, como a manutenção do prazo de 30 dias para ressarcimento da concessionária ao consumidor por prejuízos por falta de energia. A Aneel quer estender este prazo para 90 dias. Ele defende ainda que as multas pagas pelas concessionárias pela interrupção do fornecimento de energia sejam revertidas em benefício dos consumidores.

O deputado Délio Malheiros informou que vai propor mudança na punição que a concessionária aplica ao consumidor por medidor de energia violado. Ele também defende alterações na Contribuição para Custeio da Iluminação Pública (Ccip). Segundo o deputado, em 2006 o custo de manutenção da rede elétrica em Belo Horizonte era de R$ 19 milhões e o fundo da Ccip tinha R$ 40 milhões em caixa.

Copasa também é tema de discursos

Ainda na Reunião Ordinária desta terça-feira (24), o deputado Weliton Prado reclamou da cobrança da taxa de esgoto cobrada pela Copasa mesmo de consumidores que não contam com o serviço. De acordo com o deputado, dos 611 municípios mineiros atendidos pela concessionária, apenas 30% contam com tratamento de esgoto. "É um serviço virtual que fere o bolso do consumidor", criticou.

Copanor - Também ocupou a tribuna o deputado Getúlio Neiva (PMDB). Em seu discurso, ele exaltou a implantação, em Montes Claros, da Copanor, subsidiária da Copasa que cuidará do serviço de saneamento básico nos Vales do Jequitinhonha e Mucuri e no Norte de Minas.

Segundo o deputado, a empresa será responsável pelo mais arrojado projeto social do planeta, pois atenderá mais de 600 localidades da região mais pobre do Estado. "Esta é a mais profunda ação de proteção à saúde", considerou.

Requerimentos - Durante a reunião, foram deferidos pela Mesa os seguintes requerimentos: três do deputado Doutor Viana (DEM), solicitando a retirada de tramitação dos Projetos de Lei (PLs) nºs 912, 913 e 1.952/07; do deputado Inácio Franco (PV), solicitando a retirada de tramitação do PL 2.632/08; do deputado Leonardo Moreira (DEM), solicitando a inclusão em ordem do dia do PL 2.872/08; e dois do deputado Irani Barbosa (PSDB), solicitando que os PLs 254 e 724/07 sejam encaminhados à Comissão de Fiscalização Financeira, uma vez que as Comissões de Educação e de Saúde perderam o prazo para emitir seus pareceres, respectivamente.

 

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