Vagas de emprego são perdidas por falta de qualificação profissional

O que mais preocupa os integrantes do Conselho Estadual de Trabalho, Emprego e Renda (Ceter-MG) é a perda de vagas ca...

18/12/2008 - 00:01
 

Vagas de emprego são perdidas por falta de qualificação profissional

O que mais preocupa os integrantes do Conselho Estadual de Trabalho, Emprego e Renda (Ceter-MG) é a perda de vagas captadas junto à iniciativa privada e poder público por falta de trabalhadores qualificados. Para o ano que vem, a maior preocupação é com a extinção de vagas nos setores de siderurgia, metalurgia e automotivo, os mais atingidos pela crise mundial, apesar da manutenção dos recursos para investimentos em qualificação. As informações foram prestadas na manhã desta quinta-feira (18/12/08) à Comissão de Trabalho, da Previdência e da Ação Social da Assembléia Legislativa de Minas Gerais pelo superintendente da Subsecretaria de Estado de Políticas de Trabalho, Emprego e Renda (Subter), Emílio Rodrigues Botelho.

Por solicitação da presidente da comissão, deputada Rosângela Reis (PV), que é a representante da Assembléia no Ceter, o superintendente fez um balanço das atividades da Subter, que integra a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese) e atua em consonância com o Conselho Estadual de Trabalho, Emprego e Geração de Renda (Ceter-MG).

Criado em 2000, o Ceter é um órgão deliberativo encarregado das políticas de fomento e apoio à geração de trabalho, emprego e renda, que é composto por representantes dos trabalhadores, dos empregadores e do poder público estadual. Entre suas atribuições, o Ceter é encarregado de propor programas, projetos e medidas para minimizar os impactos do desemprego; elaborar e apreciar projetos de geração de trabalho e renda; incentivar a criação de conselhos municipais e fiscalizar a aplicação dos recursos públicos oriundos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).

A Subter, com a deliberação do Ceter, trabalha com seis programas: o Plano Territorial de Qualificação (Planteq), com recursos do FAT e contrapartida do Estado; o Economia Solidária; o Primeiro Emprego, ambos com recursos do Estado; o Intermediação de mão-de-obra, onde funciona o Sistema Nacional de Emprego (Sine), que conta com 101 postos em Minas; o Seguro Desemprego, que funciona dentro do Sine; e o Usina do Trabalho, que tem recursos também do Estado.

Segundo o superintendente Emílio Rodrigues Botelho, das 154 mil vagas captadas neste ano dentro do programa "Intermediação de mão-de-obra", um terço foi perdido por falta de trabalhadores qualificados. Esse projeto tem recursos de R$ 7,5 milhões em 2008. Cerca de 90 mil pessoas foram recolocadas no mercado de trabalho e 436 mil trabalhadores se inscreveram nos postos do Sine. É também no Sine que é desenvolvido outro programa, o de habilitação para seguro desemprego, que este ano teve R$ 2,5 milhões e encaminhou para o seguro desemprego 250 mil trabalhadores.

O Planteq teve recursos de R$ 3,8 milhões, tendo qualificado 6,8 mil trabalhadores em 165 municípios. O Economia Solidária teve recursos de R$ 865 mil, inteiramente do Estado, e atendeu 144 empreendimentos, beneficiando 835 pequenos empreendedores em 53 municípios. Já o programa Usina de Trabalho recebeu investimentos de R$ 10 milhões, inteiramente do Estado, atendendo 15 mil trabalhadores em 94 municípios. É dentro desse projeto que a Subter desenvolve parcerias com a iniciativa privada. No programa Primeiro Emprego, destinado a jovens de 16 a 24 anos, os recursos foram de R$ 620 mil em 2008, tendo atendido 3.096 pessoas.

Ações do Ceter devem ser levadas ao interior

Emílio Botelho falou ainda das comissões municipais de trabalho. Segundo ele, 540 comissões estão instaladas no interior, mas muitas inativas. Ele garantiu que para 2009, o Estado vai manter os mesmos recursos destinados para os diversos programas.

A deputada Rosângela Reis (PV) lembrou o desafio de qualificar o trabalhador como forma de inseri-lo no mercado de trabalho e fazer a transição da política assistencialista, baseada na distribuição de benefícios, como o Bolsa Família, para uma política de inserção produtiva do trabalhador. Para isso, segundo ela, é necessário estabelecer estratégias e uma delas seria o fomento de cooperativas de produção e interiorizar as reuniões do Ceter, para que as prefeituras e comunidades conheçam melhor os programas que estão disponíveis.

O deputado Dalmo Ribeiro Silva (PSDB) destacou a importância da reunião, "principalmente diante da crise mundial". Ele sugeriu uma "peregrinação" pelas cidades-pólo do Estado para mostrar o trabalho do Ceter no ano que vem.

Presenças - Deputada Rosângela Reis (PV), presidente; e deputado Dalmo Ribeiro Silva (PSDB).

 

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