Comissão aprova parecer para criação de Política de Saúde Mental

Com o objetivo de proteger a saúde mental dos agentes penitenciários, tendo em vista as peculiaridades da profissão, ...

17/12/2008 - 00:02
 

Comissão aprova parecer para criação de Política de Saúde Mental

Com o objetivo de proteger a saúde mental dos agentes penitenciários, tendo em vista as peculiaridades da profissão, foi apresentado o Projeto de Lei (PL) 2.848/08, do deputado Leonardo Moreira (DEM), analisado pela Comissão de Saúde da Assembléia Legislativa de Minas Gerais, nesta quarta-feira (17/12/08). O projeto recebeu parecer pela aprovação, na forma do substitutivo nº 1 da Comissão de Constituição e Justiça. A proposição institui a Política de Saúde Mental para os Agentes de Segurança Penitenciária e tramita em 1º turno.

Na análise do mérito, a Comissão de Saúde destacou que os agentes penitenciários são vistos como os responsáveis pelo confinamento dos presos, por isso estão constantemente submetidos a medos, riscos e confrontos. Em seu relatório, o deputado Rui Muniz (DEM) enfatiza as situações de estresse a que estão submetidos esses trabalhadores, o que muitas vezes resulta em distúrbios de comportamento e abuso de álcool e outras drogas, por parte destes.

O parecer conclui, dessa forma, que é importante que o Estado desenvolva programas específicos voltados para a saúde mental de todos os servidores que trabalham nas penitenciárias, especialmente para os que atuam na vigilância, escolta, repressão e segurança. O deputado Ruy Muniz lembrou ainda que o Sistema Único de Saúde (SUS) tem programas voltados para a saúde mental dos detentos, regulamentados pela Portaria Interministerial 1.7771, enquanto os trabalhadores destes estabelecimentos só contam com os serviços comuns ao restante da população.

O substitutivo da CCJ apenas tratou de aspectos formais do texto do projeto.

Rejeitado - Já o PL 2.353/08, do deputado Gilberto Abramo (PMDB), teve parecer pela rejeição aprovado. O projeto dispõe sobre a substituição do giz de gesso pelo giz antialérgico, conhecido como giz cerâmico, no Estado. Na análise do mérito, o relator, deputado Ruy Muniz, disse que a Secretaria de Educação informou que a aquisição deste material já é um processo devidamente regulamentado e realizado pelas unidades escolares. O relator lembrou ainda que em pesquisa realizada em papelarias concluiu-se que é difícil encontrar o giz antialérgico. "Inferimos, então, que seja esta a razão de não ser utilizado nas escolas públicas", acrescentou. Por fim, o deputado Ruy Muniz disse ainda que a matéria não deveria ser objeto de lei, mas de medida administrativa de cada escola.

Recrudescimento de doença de Chagas preocupa comissão

Foi aprovado, com muitos comentários de todos os membros da Comissão de Saúde, o requerimento do deputado Carlos Pimenta (PDT), que solicita a realização de uma audiência pública, no próximo ano, em Riacho dos Machados, Norte de Minas, para discutir o recrudescimento da doença de Chagas, sobretudo no povoado denominado Peixe Bravo. O deputado vem insistindo no assunto e já havia aprovado requerimento no mesmo sentido antes, mas para audiência na Assembléia.

Carlos Pimenta e os demais deputados da comissão contestam os dados oficiais do Ministério da Saúde de que a doença está erradicada em Minas Gerais. Pimenta disse que há cerca de três anos esteve na comunidade de Peixe Bravo onde realizou 250 exames de sangue para detecção da doença e constatou que 236 foram positivos. "Notifiquei a Fundação Nacional de Saúde (Funasa), pedi exames mais detalhados, mas até hoje não recebi qualquer manifestação".

Os deputados Doutor Rinaldo (PSB) e Ruy Muniz também falaram da importância da audiência, relatando outras iniciativas, como a audiência pública conjunta da própria comissão com a Participação Popular no último dia 2. E pediram, mais uma vez, a presença na audiência em Riacho dos Macdados, de especialistas em epidemiologia e representantes da Companhia de Habitação de Minas Gerais (Cohab), para a elaboração de um plano de novas residências para aquela comunidade, em substituição às casas de pau-a-pique existentes, habitat do barbeiro (trypanosoma crusis), causador da doença de Chagas.

Foram aprovados ainda um projeto e quatro requerimentos que dispensam a apreciação do Plenário.

Presenças - Deputados Carlos Pimenta (PDT), que presidiu a reunião; Hely Tarqüínio (PV), vice; Doutor Rinaldo (PSB), Ruy Muniz (DEM) e Carlos Mosconi (PSDB), presidente.

 

 

 

 

 

 

 

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