Declaração Universal dos Direitos Humanos é lembrada em Plenário

A Assembléia Legislativa de Minas Gerais comemorou nesta quarta-feira (10/11/08), às 20 horas, durante Reunião Especi...

10/12/2008 - 00:02
 

Declaração Universal dos Direitos Humanos é lembrada em Plenário

A Assembléia Legislativa de Minas Gerais comemorou nesta quarta-feira (10/11/08), às 20 horas, durante Reunião Especial no Plenário, os 60 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos. A declaração, que foi assinada em 10 de dezembro de 1948, é um dos documentos básicos das Nações Unidas, e enumera os direitos de todos os seres humanos. A reunião foi solicitada pelo deputado Durval Ângelo (PT), presidente da Comissão de Direitos Humanos. O presidente da ALMG, deputado Alberto Pinto Coelho, coordenou os trabalhos.

Durval Ângelo lembrou a Declaração Universal dos Direitos Humanos foi criada depois da segunda guerra mundial. "Os horrores do holocausto mostraram ao mundo como o ser humano é capaz de subjugar seu próximo e usurpar-lhe a característica intrínseca da natureza humana, que é a dignidade", comentou. Segundo o deputado, o Brasil é um país marcado historicamente por desigualdades sociais, e destacou o golpe militar de 1964, que, mesmo após a proclamação da declaração, instaurou uma ditadura que durou 20 anos. Durval disse ainda que os dispositivos da hierarquia constitucional de proteção contra a tortura, da atualidade, não são suficientes para coibir a prática "que infelizmente é muito mais comum do que se possa imaginar".

O procurador de Justiça e coordenador do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Conflitos Agrários, Afonso Henrique de Miranda Teixeira, disse que "se existe violência no campo, ela não é praticada pelo trabalhador rural". Para ele, o Poder Judiciário tem sido omisso com relação à esses casos de violência, o que não acontece com o Poder Legislativo. "As audiências públicas realizadas na Assembléia prestaram grandes serviços à sociedade", observou. O procurador garantiu que o Ministério Público vai agir de maneira efetiva, em defesa ao trabalhador rural.

O deputado João Leite (PSDB), integrante da Comissão de Direitos Humanos da ALMG, falou em nome do Legislativo Mineiro. De acordo com ele, os direitos humanos tornaram-se objeto de luta entre a afirmação da soberania dos estados e o estabelecimento do respeito ao individualismo do sujeito. Citou ainda, como exemplo, a disputa sobre a legalização do aborto e as pesquisas médicas com as células tronco. Lembrou questões que persistem nos dias de hoje, como a tortura nas polícias e o trabalho escravo, principalmente no meio rural. E finalizou destacando o problema da exclusão social, "que afeta não só o desenvolvimento econômico do País quanto o próprio processo democrático".

 

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