Santuário em distrito de Piranga terá recursos do Iphan em 2009

Recursos no orçamento 2009 do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para elaboração dos proj...

04/12/2008 - 00:03
 

Santuário em distrito de Piranga terá recursos do Iphan em 2009

Recursos no orçamento 2009 do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para elaboração dos projetos artístico, paisagístico e luminotécnico do complexo arquitetônico do Santuário do Senhor do Bom Jesus de Matozinhos, no distrito de Santo Antônio do Pirapetinga (Bacalhau). Esta foi a promessa do superintendente regional do Iphan, Leonardo Barreto de Oliveira, e um dos resultados da audiência pública da Comissão de Cultura da Assembléia Legislativa de Minas Gerais realizada em Piranga, na Zona da Mata, nesta quinta-feira (4/12/08). Outra boa notícia foi dada pelo deputado Padre João (PT), que informou que ele e o deputado Sebastião Helvécio (PDT) vão apresentar propostas de emendas ao Orçamento do Estado 2009, cerca de R$ 100 mil cada, para ajudar na revitalização do patrimônio histórico do distrito.

A audiência reuniu mais de 100 pessoas no Salão Paroquial da Igreja Nossa Senhora da Conceição, na sede de Piranga. Logo depois, foi feita uma visita ao complexo arquitetônico. Em 1996, todo o conjunto arquitetônico e paisagístico do Santuário do Senhor Bom Jesus de Matozinhos - construído no fim do século 18 -, assim como o acervo móvel e integrado do templo, foi tombado pelo Iphan. O local atrai centenas de romeiros nos meses de agosto, quando acontece a festa do jubileu.

Em 1998, o Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha/MG), elaborou o projeto de restauração arquitetônica e coordenou os trabalhos de reforma. Na época, a restauração do acervo móvel não foi contemplado. Quadros, imagens sacras e a pintura do teto da igreja estão em mau estado de conservação. O prefeito de Piranga, Eduardo Sérgio Guimarães, pediu o apoio dos órgãos públicos, da Arquidiocese de Mariana e da Diocese de Piranga para, juntos, conseguirem viabilizar os projetos necessários para conseguir a liberação de verbas.

Leonardo Barreto, do Iphan, admitiu que houve pouco investimento na cidade. "O cobertor estava curto, mas não por falta de importância. Vamos correr atrás do prejuízo", declarou. Ele comentou, ainda, que o primeiro passo é a elaboração de bons projetos, e que os melhores caminhos para a liberação de verbas são, com os projetos prontos, apresentá-los ao Fundo Nacional de Cultura e conseguir emplacar emendas parlamentares de bancada tanto no Congresso Nacional quanto da ALMG. "Com os projetos em mãos, vamos buscar esses recursos", frisou.

Último investimento contemplou reforma de parte das 68 romarias

A 12 quilômetros da sede de Piranga, o núcleo urbano de Bacalhau tem cerca de 70 estruturas arquitetônicas e urbanísticas, sendo que cerca de 30 delas têm valor histórico. O santuário é composto pela igreja e por 68 romarias (casas baixas, destinadas a abrigar os romeiros na época das festas), no entorno do santuário. Elas possuem pequenas salas contíguas e, aos fundos, uma espécie de varanda, onde se encontram fogão de lenha e mesa. Além do conjunto do santuário, tombado pelo Iphan, dois outros bens foram tombados pelo Iepha: a Capela de Santo Antônio e as ruínas da Capela de Nossa Senhora do Rosário.

Depois da reforma de 1998, o único recurso para continuar a revitalização do patrimônio foi conseguido por meio de uma emenda parlamentar federal, de R$ 97,5 mil, em 2006. A prefeitura complementou com R$ 44,5 mil para reformar somente 16 romarias. "O dinheiro não cobriu toda a obra necessária. Além disso, para as que estão sendo reformadas, falta verba para reformar a parte elétrica e os fundos das casas", conta o prefeito.

Presenças - Deputada Gláucia Brandão (PPS) e deputado Padre João (PT). Além dos convidados citados acima, também participaram o presidente da Câmara Municipal de Piranga, Francisco de Matos Machado; o assessor jurídico da Arquidiocese de Mariana, Geraldo Alex Miranda Baião; a arquiteta do Iepha, Delmari Ângela Ribeiro; o secretário de Estado de Cultura, Paulo Eduardo Rocha Brant; e os padres Antônio Claret e João Batista.

 

 

 

 

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