Direitos Humanos faz duas audiências nesta sexta-feira (5)

A Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa de Minas Gerais terá duas reuniões com convidados nesta sext...

04/12/2008 - 00:03
 

Direitos Humanos faz duas audiências nesta sexta-feira (5)

A Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa de Minas Gerais terá duas reuniões com convidados nesta sexta-feira (5/12/08). A primeira, às 9 horas, tem como objetivo discutir a condenação de José Carlos Carniato Júnior pelo assassinato de Roberta Regina Jeveri Silva, de 25 anos. Os pais de Roberta e seu advogado vão falar sobre os oito anos de luta, até a condenação. Às 10 horas, a comissão ouve o prefeito reeleito de Unaí, Antério Mânica, que vai prestar esclarecimentos sobre as acusações feitas a ele de envolvimento na morte de três auditores fiscais do trabalho e um motorista, acontecidas naquele município, em 20 de janeiro de 2004, na Rodovia MG-188. As reuniões serão realizadas no Auditório da ALMG, a requerimento do presidente da comissão, deputado Durval Ângelo (PT).

O assassinato de Roberta Silva aconteceu em 30 de outubro de 2000, em Sabará, Região Metropolitana de Belo Horizonte. José Carlos Carniato Júnior foi julgado pelo Tribunal do Júri da cidade no dia 28 de novembro passado e condenado a 30 anos e nove meses de prisão por homicídio triplamente qualificado e corrupção ativa, sendo determinada sua prisão imediata. Os pais de Roberta e seu advogado pretendem fazer um apelo para que a condenação seja mantida nas demais instâncias judiciais.

Unaí - Os quatro funcionários do Ministério do Trabalho eram os auditores João Batista Soares Lage, Nelson José da Silva e Eratóstenes de Almeida Gonçalves; e o motorista Ailton Pereira de Oliveira. Os quatro foram vítimas de uma emboscada, enquanto fiscalizavam propriedades rurais na região. Antério Mânica e seu irmão, Norberto, foram apontados pela Polícia Federal como suspeitos de serem mandantes do crime.

O inquérito entregue à Justiça afirmou que a motivação do crime foi o incômodo provocado pelas várias multas impostas pelos auditores, sendo que Nelson José da Silva era o alvo principal. Ele já havia aplicado cerca de R$ 2 milhões em infrações à fazenda de Norberto Mânica, por descumprimento de leis trabalhistas. Os irmãos Mânica chegaram a ser presos, depois receberam o benefício de aguardar em liberdade o julgamento.

 

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