Projeto que altera Estação do Cercadinho está pronto para o Plenário

Depois de quase duas horas de debates, foi aprovado, nesta terça-feira (2/12/08), o parecer de 1º turno da Comissão d...

02/12/2008 - 00:02
 

Projeto que altera Estação do Cercadinho está pronto para o Plenário

Depois de quase duas horas de debates, foi aprovado, nesta terça-feira (2/12/08), o parecer de 1º turno da Comissão de Meio Ambiente e Recursos Naturais da Assembléia Legislativa de Minas Gerais sobre o Projeto de Lei (PL) 2.880/08. O projeto, dos deputados Adalclever Lopes e Gilberto Abramo, ambos do PMDB, altera a área da Estação Ecológica do Cercadinho. O relator da matéria, deputado Sávio Souza Cruz (PMDB), apresentou o substitutivo nº 2. O projeto, que tramita em regime de urgência, visa à construção de uma alça viária para interligação da BR-356 à MG-030. Ele está pronto para ser analisado pelo Plenário.

O substitutivo nº 2 modificou dispositivo do substitutivo nº 1 (apresentado pela Comissão de Constituição e Justiça), que vedava a construção de empreendimentos imobiliários na área destinada à construção das alças e ainda em toda a área de preservação ambiental da Bacia Hidrográfica do Cercadinho. O relator explica no parecer que procurou acolher o espírito desse dispositivo de forma mais ampla. O novo texto passou a proibir qualquer outra construção, inclusive estruturas de apoio ao tráfego, tais como postos policiais fixos ou postos de gasolina, restaurantes, lanchonetes, lojas de conveniência e outras na área autorizada para construção das pistas de tráfego da alça viária e de seus acessos.

Proposta rejeitada - A modificação do texto gerou protestos do deputado Fábio Avelar (PSC), que chegou a apresentar uma proposta de emenda para retomada do texto do substitutivo nº 1, mas a proposta foi rejeitada. O relator explicou que a redação do substitutivo nº 1 não deixava clara a área que deveria ser preservada, porque o termo "bacia hidrográfica" não é muito específico. Além disso, segundo ele, a preservação da estação ecológica já é garantida por lei federal. "Nosso propósito é de que a intervenção ocorra de acordo com as boas técnicas da engenharia ambiental e que impacte a menor área possível da estação ecológica, limitando-se, pura e simplesmente, às vias de tráfego", argumentou o relator em seu parecer.

Vários deputados participaram da discussão do projeto

O deputado Gustavo Valadares (DEM) concordou que a legislação ambiental já garante a preservação da estação ecológica. No mesmo sentido, o deputado Adalclever Lopes (PMDB) afirmou que, pela legislação federal, nem seria necessário um projeto para construção das alças viárias, porque para obras de interesse público bastaria o licenciamento. O deputado Délio Malheiros (PV) discordou desse argumento. Para ele, a estação foi criada por lei e deve ser alterada por lei.

Perímetro - O relator também solicitou ao Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (Dnit) informações oficiais sobre o traçado do perímetro delimitador da área necessária à intervenção para construção da alça viária e seus acessos. Segundo o relator, o perímetro indicado pelo Dnit difere do que consta no substitutivo nº 1. O deputado Sávio Souza Cruz adotou, então, a informação oficial do Dnit no substitutivo nº 2, que prevê a utilização de uma área de 125,4 m2 da Estação Ecológica do Cercadinho Essa questão havia despertado preocupação por parte do deputado Giberto Abramo, que defendeu a necessidade de se conhecer exatamente a área que está sendo retirada da estação ecológica.

O relator também introduziu no substitutivo nº 2 a previsão de que a obra só tenha licença de operação depois de efetuado o plantio com espécimes de porte arbóreo para recomposição da cobertura vegetal da área utilizada e as de seu entorno no interior da estação ecológica.

Ao final da reunião, o deputado João Leite (PSDB) ponderou que, com os licenciamentos que vêm sendo concedidos para empreendimentos na região, como a expansão do BH Shopping, que abrirá vagas para mais 900 carros, as alças não resolverão o problema do tráfego. "Somente uma gestão integrada da Região Metropolitana de Belo Horizonte poderá dar conta dessas questões", defendeu. O deputado Almir Paraca (PT) manifestou-se favorável ao substitutivo nº 2 para garantir a urbanização e o acesso à região.

Presenças - Deputados Sávio Souza Cruz (PMDB), presidente; Fábio Avelar (PSC), vice; Almir Paraca (PT), Inácio Franco (PV), Wander Borges (PSB), Gilberto Abramo (PMDB), João Leite (PSDB), Gustavo Valadares (DEM), Lafayette de Andrada (PSDB), Adalclever Lopes (PMDB), Getúlio Neiva (PMDB), Délio Malheiros (PV), Agostinho Patrús Filho (PV) e a deputada Gláucia Brandão (PPS).

 

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