Comissão vai discutir recuperação do Morro do Brumado

A busca de uma solução para a situação de grave risco ambiental do Morro do Brumado, na divisa dos municípios de Saba...

28/11/2008 - 00:02
 

Comissão vai discutir recuperação do Morro do Brumado

A busca de uma solução para a situação de grave risco ambiental do Morro do Brumado, na divisa dos municípios de Sabará e Caeté (Região Metropolitana de Belo Horizonte), é o tema de audiência pública da Comissão de Meio Ambiente e Recursos Naturais, agendada para quarta-feira (3/12/08). A reunião será no Plenarinho III da Assembléia Legislativa de Minas Gerais, às 10 horas, atendendo requerimento do deputado Fábio Avelar (PSC).

O Morro do Brumado é vizinho à Serra da Piedade e foi explorado por 20 anos pela extinta mineradora Brumafer, que interrompeu suas atividades em janeiro de 2006, por ordem judicial. Desde então, nunca foi feito o descomissionamento da mina, que é o processo de desinstalação, desativação ou encerramento de atividades poluidoras, que ameacem a saúde pública ou o meio ambiente. "Com as erosões e chuvas, as pilhas de rejeitos estão correndo o risco de desmoronar e contaminar os cursos d'água afluentes do Rio das Velhas, que por sua vez deságua no São Francisco", adverte o deputado Fábio Avelar.

A atual proprietária do terreno é a Mineração Serra Azul (MSA), subsidiária do Grupo AVG. A empresa tem uma proposta de recuperar a área, ao mesmo tempo em que retoma a exploração do minério de ferro. De acordo com matéria publicada pelo jornal Estado de Minas, em 21 de agosto de 2008, a proposta da MSA para recuperação da paisagem inclui a cobertura da mina por vegetação nativa e a transformação da área em Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN), a ser doada para uso da comunidade.

Na época, o diretor da MSA, Rodrigo Gontijo, estimou o custo da recuperação em R$ 55 milhões e ressalvou que a revitalização só é viável se o poder público permitir a exploração do minério antes de o terreno ser transformado numa reserva. O custo estimado inclui o preenchimento das cavas, reflorestamento, desassoreamento de cursos d'água, contratação de mão-de-obra e construção de taludes (desníveis em forma de escadas que evitam erosão).

Para discutir as alternativas de recuperação, estão convidados para participar da reunião na ALMG a procuradora do Ministério Público Federal no Estado de Minas Gerais, Zani Cajueiro Tobias de Souza; o diretor de Biodiversidade do IEF, Célio Murilo de Carvalho Valle; o presidente do Sindicato das Indústrias Extrativas de Minas Gerais (Sindiextra), José Fernando Coura; o presidente do Conselho Deliberativo do Instituto Estrada Real, Eberhard Hans Aichinger; e o diretor do Grupo AVG, Rodrigo Gontijo.

 

Responsável pela informação: Assessoria de Comunicação - 31 - 2108 7715