Deputado leva demanda de policiais a
secretário
Dilatação no prazo para que os servidores da
segurança pública que ocupam casas funcionais, por terem sofrido
ameaças devido à natureza de sua atividade, possam continuar nas
residências e celeridade na concessão da carta de crédito pelo
Estado para que eles consigam comprar um imóvel próprio. Esses
pedidos foram feitos, nesta quinta-feira (27/11/08), pelo presidente
da Comissão de Segurança Pública da Assembléia Legislativa de Minas
Gerais, deputado Sargento Rodrigues (PDT), ao secretário de Estado
de Desenvolvimento Regional e Política Urbana (Sedru), deputado
licenciado Dilzon Melo. O secretário garantiu ao parlamentar que irá
encaminhar as demandas dos servidores ao governador Aécio Neves, com
o objetivo de buscar uma solução definitiva para o problema.
Sargento Rodrigues entregou a Dilzon Melo as notas
taquigráficas de audiência pública da Comissão de Segurança Pública
realizada no dia 6 de novembro, em que cerca de 50 policiais
relataram que estariam sendo pressionados para liberar as casas,
devido ao vencimento do prazo de ocupação de dois anos, sem que
tenham outro local seguro para ir. As casas são disponibilizadas
pelo Estado para acolher os servidores da segurança pública que
teriam sua vida ou a de integrantes de sua família ameaçada. O
benefício funciona no âmbito no Programa Lares Geraes - Segurança
Pública, que viabiliza financiamento habitacional para compra,
reforma, melhorias ou construção, conforme critérios da Companhia de
Habitação do Estado (Cohab-MG).
O parlamentar relatou ao secretário o desespero dos
servidores e de suas famílias. Segundo ele, os policiais não estão
pedindo para ocupar definitivamente as casas. "Eles querem ficar nos
imóveis até que consigam a liberação da carta de crédito para que
possam adquirir sua residência própria", afirmou. Sargento Rodrigues
defendeu que o Estado acelere a liberação das cartas de crédito. Ele
ainda lembrou os índices de violência que atingem os servidores da
segurança pública. De acordo com ele, de janeiro de 2003 até
novembro de 2008, quase 130 servidores da segurança pública foram
assassinados durante o trabalho ou em decorrência dele.
Dilzon Melo considerou que é preciso encontrar uma
solução definitiva e que, a princípio, ela seria a celeridade no
processo de concessão da carta de crédito para esses servidores. Ele
afirmou que irá levar a demanda ao governador. O secretário
considerou que a dilatação do prazo de ocupação das casas não seria
uma solução adequada, já que apenas adiaria o problema, além de
impossibilitar que novos servidores ameaçados possam ocupar as
moradias. "Vou analisar as notas taquigráficas de reunião e
conversar com o governador para encontrar uma solução que, a
princípio, seria a liberação das cartas de crédito", considerou.
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