Mais de 600 produtores reclamam do preço do leite na
ALMG
Mais de 600 pessoas lotaram o Plenário e suas
galerias na reunião da Comissão de Política Agropecuária e
Agroindustrial da Assembléia Legislativa de Minas Gerais na manhã
desta terça-feira (25/11/08), em debate que se estendeu até o início
da tarde. A audiência pública discutiu a crise do setor leiteiro e
foi solicitada pelos deputados da comissão e mais outros três
parlamentares. As principais reivindicações são de linhas de crédito
para o produtor; compra de estoques excedentes de leite pelo Governo
Federal e criação de um fundo de marketing para sustentar campanhas
de incentivo ao consumo do produto.
Os deputados Vanderlei Jangrossi (PP), Antônio
Carlos Arantes (PSC), Padre João (PT), Chico Uejo (PSB) e Getúlio
Neiva (PMDB), membros efetivos da comissão, e mais os deputados
Délio Malheiros (PV), Domingos Sávio (PSDB) e Luiz Humberto Carneiro
(PSDB) foram os autores do requerimento da reunião, motivada pelas
dificuldades enfrentadas pela cadeia produtiva do leite. Cerca de 50
sindicatos rurais mineiros estavam presentes, além de representantes
da indústria de laticínios, fornecedores e entidades de classe.
As dificuldades pegaram o produtor de leite em
pleno aumento de produtividade, conseqüência dos bons preços do
mercado externo no ano passado e da melhoria das tecnologias de
produção. A produção estimada para este ano é de 7,6 bilhões de
litros, de acordo com a Secretaria de Estado de Agricultura e
Pecuária, gerando um excesso da ordem de 2 bilhões de litros. Minas
é o maior produtor de leite do Brasil, respondendo por 30% da
produção nacional. De 2007 para este ano, houve um aumento de 3,7%
na produção. A produção de leite do Estado concentra-se em quatro
grandes bacias: Sul de Minas; Zona da Mata e sul do Vale do Rio
Doce; Metalúrgica; e Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba. Outras duas
regiões que têm produção significativa estão em Governador Valadares
e Montes Claros.
Produtores reclamaram do baixo preço do litro de
leite, que varia de R$ 0,38 a R$ 0,60 - em contrapartida ao custo de
cerca de R$ 0,64 por litro - e da falta de mercado comprador, diante
da queda dos consumos interno e externo. Segundo o superintendente
de Política Agropecuária da Secretaria de Estado de Agricultura,
João Albanez, houve uma redução de 59% nas exportações de setembro
para outubro em função dos problemas conjunturais do mercado
mundial.
Comissão vai encaminhar reivindicações
Como desdobramento da audiência pública, que durou
mais de quatro horas, foram aprovados dez requerimentos assinados
por todos os deputados presentes: visita a Brasília para entregar as
propostas apresentadas na reunião à bancada mineira no Congresso e
ao ministro da Agricultura; que a Comissão de Política Agropecuária
lidere movimento nacional, com a participação dos vários segmentos
da cadeia produtiva do leite, e vá a Brasília entregar as
reivindicações; cobrança de providências à Secretaria de Estado da
Fazenda (SEF) para restabelecer o fluxo comercial do leite entre
Minas e São Paulo, além de ajustes na política tributária estadual
para a cadeia produtiva do setor; que a Comissão de Política
Agropecuária da Assembléia Legislativa de São Paulo ajude a buscar
solução para esse problema no âmbito da Secretaria da Fazenda
daquele Estado e em parceria com a Assembléia de Minas; solicitação
ao Governo Federal para incluir o leite no Programa de Aquisição de
Alimentos, como parte dos esforços necessários ao desenvolvimento de
mercado interno.
Os deputados também solicitam audiência com o
governador Aécio Neves para entrega de documento com as seguintes
reivindicações: que lidere, em nome de Minas, um movimento nacional
em defesa dos produtores de leite; que promova ações emergenciais
nas Secretarias de Agricultura e da Fazenda para um programa mineiro
de apoio ao setor; que sejam combatidas práticas de cartel e
monopólio; cobrança pela criação de uma política nacional de preço
justo, incluindo ações como políticas de estoque regulador; isenção
tributária para o leite; estímulo à instalação, no País, de outras
indústrias de embalagens longa vida; providências à Secretaria de
Agricultura para estimular o consumo de leite no Estado; que o
governador implemente conselho semelhante ao Conseleite, em
funcionamento no Paraná (que visa remunerar com valor justo
produtores e laticínios); convocação do procurador-geral de Justiça,
Jarbas Soares Júnior, à Assembléia para que esclareça quais as
providências tomadas pelo Ministério Público com relação às
recomendações da CPI do Preço do Leite; e anexação do relatório da CPI do Leite, que atuou
em agosto de 2001 e abril de 2002 na ALMG.
Sugestões já foram apresentadas ao Ministério da
Agricultura
Segundo o presidente da Comissão de Pecuária de
Leite da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), Rodrigo Alvim,
o setor já se reuniu com o ministro da Agricultura, Reinhold
Stephanes, a quem foram apresentadas diversas reivindicações, entre
elas: medidas emergenciais para atender o setor, como a liberação
imediata de R$ 400 milhões para financiar os estoques de leite das
indústrias; os leilões de prêmio, por meio do contrato privado de
opção de venda, em que o Governo Federal premia, via financiamento,
a indústria que comprar do produtor; e políticas de fomento às
exportações. Rodrigo Alvim ressaltou que, apesar da crise, o setor
vem respondendo com o aumento da exportação, já tendo gerado um
superávit de R$ 270 milhões neste ano.
Para o representante do Sindicato da Indústria de
Laticínios de Minas Gerais (Silemg), Celso Costa Moreira, formas de
minimizar a crise seriam mudanças no ICMS. "Isso daria
competitividade à indústria, que não é a responsável pela crise que
aí está", completou. Como outros representantes, principalmente dos
produtores, ele também pediu a inclusão do leite na merenda escolar
e em outros programas sociais dos Governos Federal e Estadual, como
forma de incentivo ao consumo.
Ele destacou especialmente a criação de um fundo
para financiar campanhas públicas de incentivo ao consumo, custo que
as indústrias estão dispostas a assumir sozinhas, segundo Celso
Moreira, que recomendou ainda o fim do ICMS para o produtor.
Representando 14 cooperativas do sul e sudoeste
mineiro, José Américo Simões disse que Minas Gerais vai ficar
"inundada de leite", se não for dada uma destinação à produção. "Não
é excesso de produção, é incapacidade de importação", disse Simões,
que destacou ainda o aumento da competitividade do produto paulista
e de outros Estados que vêm tomando mercados internos anteriormente
cativos de Minas.
José Américo Simões foi outro que pediu a inclusão
do leite na merenda escolar como parte da solução da crise. Ele
lembrou que enquanto os brasileiros consomem 90 litros/ano por
pessoa de refrigerante, para o leite o consumo é somente de 38
litros/ano por pessoa.
Produtores demonstram descontentamento com a
indústria
Mas a aparente harmonia na cadeia produtiva do
leite foi desmistificada pelo representante do Sindicato dos
Produtores Rurais de Pompéu, Ricardo Alves, para quem a cadeia
produtiva está desequilibrada. "O elo arrebentado é só o do
produtor. Nas falas aqui da audiência, percebi que há grande
sinergia entre a indústria e seus fornecedores, mas grande
desconexão com o produtor", lamentou. Alves se referiu especialmente
ao depoimento do representante da fornecedora de embalagens, a
multinacional Tetra Pak, Nilton Santos, que não quis informar o
preço da unidade para a indústria. A empresa foi apontada pelos
presentes ao Plenário e pelo deputado Domingos Sávio (PSDB) como
responsável por um cartel que determina os preços do produto. Nilton
Santos foi intensamente vaiado pelos produtores e cobrado por alguns
deputados sobre o preço da embalagem.
Produtores, o representante da Federação da
Agricultura do Estado de Minas Gerais (Faemg), Marcos Abreu, e o
presidente da Organização das Cooperativas de Minas Gerais (Ocemg),
Ronaldo Scucato, chamaram a atenção para o problema da venda de
matrizes (vacas leiteiras) para o abate como forma de fazer frente
aos compromissos financeiros, comprometendo futuramente o rebanho
leiteiro do Estado.
Paulo Calixto, presidente da Associação de
Produtores de Passos, cobrou do governo a inclusão do leite na
merenda escolar, e que se estenda a isenção de ICMS a fim de atingir
maior número de produtores. Ele cobrou da ALMG que traga os
supermercados ao Legislativo para explicarem por que o preço do
leite permanece o mesmo nas gôndolas, enquanto é reduzido para o
produtor.
Mônica Mascarenhas Lopes, de Jequitibá (Região
Central do Estado), disse que não quer favor ou esmola do governo,
mas incentivos e subsídios para o setor. "Estamos no limite. Chega
de assumirmos a responsabilidade de botar alimento barato no prato
do brasileiro. Queremos uma relação profissional e não de caridade
com o governo. A política de incentivos tem que começar em Minas. Se
isso não acontecer, vamos a Brasília", acrescentou.
Manifesto - Um grupo de
pequenos produtores de Pompéu criou uma comissão denominada "Leite
Preço Justo", entregando, depois de uma ruidosa manifestação, uma
carta ao presidente da Comissão de Política Agropecuária, deputado
Vanderlei Jangrossi. Entre as reivindicações estão: inclusão do
leite na cesta básica; fixar tabela de qualidade do leite, seguindo
a Organização Mundial de Saúde (OMS); certificação de novos
produtores, e o fim do cartel dos laticínios.
Pompéu (Região Central do Estado), é o maior
produtor de leite de Minas. A produção diária é de aproximadamente
300 mil litros e o rebanho de vacas ordenhadas chega a quase 35 mil
cabeças. Além da liderança na produção, Pompéu também se destaca
pela produtividade. Enquanto a média estadual é de 4,6
litros/vaca/dia, o índice em Pompéu é de 8,5 litros/vaca/dia.
Nessa região, a Secretaria de Agricultura desenvolve o Sistema
de Gestão e Habilitação Técnica dos Pequenos Produtores de Leite,
instituído pelo programa Minas Leite, segundo o representante da
secretaria, João Albanez.
Deputados prometem empenho para solucionar
crise
Membro da Comissão de Agricultura e Pecuária da
Câmara Federal, o deputado federal Antônio Andrade (PMDB-MG), que
foi deputado estadual por três mandatos, lembrou as conclusões da
CPI do Preço do Leite, em que já se falava do problema dos preços
para o produtor. Andrade defendeu ações para incentivar o consumo e
pediu especialmente que o governo crie políticas que desestimulem a
importação do soro de leite da Argentina, Paraguai e Uruguai,
produto que é usado pela indústria em produtos lácteos.
O deputado também mostrou preocupação com o abate
de matrizes e com o aumento do preço dos insumos, principalmente dos
fertilizantes. "No Brasil, 74% do produto consumido pela
agropecuária é importado e somente três multinacionais dominam 90%
do mercado". Antônio Andrade disse que no Brasil há reservas de
potássio suficientes para tornar o País auto-suficiente na produção
desse insumo, que é o principal componente dos fertilizantes.
Para o deputado Domingos Sávio, que é também
produtor rural, é preciso uma política nacional do leite. "É
inaceitável que as empresas importem leite em pó, quando a produção
mineira cobre as necessidades", disse. Outro problema, para ele, é a
formação de um possível cartel entre fornecedores da indústria. "É
preciso lembrar que cartel é crime", acrescentou. Domingos Sávio
sugeriu a criação de uma comissão com todos os segmentos, para levar
sugestões a Brasília. Segundo o deputado Délio Malheiros, o produtor
está extremamente penalizado, com preços aviltantes do litro de
leite. Presidente da Comissão de Defesa do Consumidor e do
Contribuinte, Malheiros afirmou que a Assembléia está atenta a essa
questão dos preços, inclusive dos insumos.
O deputado Vanderlei Jangrossi sugeriu a criação de
uma frente parlamentar em defesa dos interesses do setor leiteiro.
Segundo ele, seria uma das respostas imediatas cobradas pelos
produtores. Sobre a inclusão do leite na merenda escolar, o
presidente informou que já existe lei com essa determinação. O
deputado Antônio Carlos Arantes pediu que todos se unam em prol do
produtor de leite e disse que a Comissão de Política Agropecuária e
a ALMG apóiam as reivindicações. Conclamou os parlamentares a
conseguirem mais recursos no Orçamento para 2009 para campanha de
marketing de incentivo ao leite. "O produtor de leite é um escravo;
ele produz e não tem renda suficiente para sobreviver e tocar seu
negócio". Pediu que o leite seja incluído no programa de aquisição
de alimentos do Governo Federal, de compra direta, a exemplo do que
ocorre com os produtos da agricultura familiar.
Também lembrando a CPI do Leite, o deputado Antônio
Júlio disse que aquela comissão contribuiu para melhorar a situação,
mas que todos depois se acomodaram. "Não adianta ir ao governo ou a
reuniões com a SEF, o que adianta é atitude". Ele fez duras críticas
ao Governo do Estado, afirmando que há ganância na fiscalização e
não há liberdade de imprensa. Ele ainda questionou se o governo vai
encabeçar movimento nacional em defesa do leite, como sugeriu o
deputado Domingos Sávio, e cobrou que o relatório da CPI não teve
suas recomendações implementadas.
Já o deputado Padre João fez duras críticas ao
Ministério Público (MP) e defendeu a convocação do procurador-geral,
apresentando o requerimento de convocação, para que o MP explique o
que fez com o relatório da CPI. É dele a proposta do conselho
paritário. Dalmo Ribeiro Silva sugeriu a anexação do relatório da
CPI ao documento com as propostas da reunião e também defendeu
articulação com a Assembléia de São Paulo para buscar solução para o
problema envolvendo os dois Estados.
Deputados pedem a produtores de leite que mantenham
mobilização
O debate prosseguiu à tarde, quando sete deputados
e dezenas de produtores de leite continuaram a debater a crise do
setor leiteiro. O movimento Preço Justo quer R$ 0,85 pelo litro de
leite, e denuncia que os preços vão de R$ 0,38 a R$ 0,52. O
presidente da comissão, deputado Vanderlei Jangrossi, passou a
palavra, em primeiro lugar, aos produtores que trouxeram desabafos,
críticas e sugestões.
Mateus Veloso Rodrigues, presidente da Cooperativa
de Produtores Rurais de Santo Antônio do Monte, sugeriu a quebra do
cartel das indústrias que impõem preços aviltantes aos produtores, e
também uma investigação sobre o lucro da fabricantes de embalagens
Tetra Pak. Cléber Monteiro, presidente do Sindicato Rural do mesmo
município, sugeriu que as prefeituras comprem o leite com urgência
para a merenda escolar, o que aliviaria em muito a situação dos
produtores. Também de Santo Antônio do Monte, o produtor Carlos
Ferreira Neto advertiu para o futuro que espera os jovens de sua
região: o desemprego, as drogas, a prostituição e o furto.
Eduardo Lopes, produtor de Pompéu, cobrou a
presença do Ministério Público, a quem compete denunciar cartéis
montados para prejudicar a economia popular. O veterinário Cristiano
Mota, que também é produtor, mostrou-se desanimado com a
complexidade do problema e o tempo que levará para resolvê-lo. Por
sua vez, a produtora Cecília de Souza revelou que as esposas dos
produtores tomaram a iniciativa de fazer o protesto porque seus
maridos estão deprimidos. Queixou-se da falta de representação nas
cooperativas e na própria Faemg, e também de serem ridicularizadas
pelo conselho da Itambé.
Edélcio Cançado Ferreira, representante dos
sindicatos do Oeste de Minas, denunciou que o Ministério Público
sempre mostra agilidade para lançar nas costas do produtor o passivo
ambiental de séculos, mas se omite no momento de protegê-los em suas
justas reivindicações. Também se manifestaram Mônica Mascarenhas, de
Jequitibá, e Edmundo José Luiz, de Dores do Indaiá.
Omissão do Ministério Público e exigências
ambientais descabidas
Jangrossi passou então a palavra aos deputados.
Inicialmente, Padre João leu vários trechos do relatório da CPI do
Leite, que fez dezenas de recomendações ao Ministério Público, mas
todas teriam sido ignoradas. "É a terceira vez que convidamos o
Ministério Público e recebemos o sinal do seu desrespeito para com
esta Casa. Mas eles terão que vir, ainda que seja por convocação",
disse o parlamentar. Sua proposta é a de que o produtor dê os três
passos da sustentabilidade: produzir, beneficiar e
comercializar.
Antônio Júlio relatou a disputa entre a Coopará, de
Pará de Minas, e a Itambé para obter preços melhores. "A Itambé
abriu outra cooperativa e descredenciou a Coopará. O jogo é pesado,
a situação é de guerra. As redes de supermercados também constituem
cartéis que impõem preços". Antônio Júlio citou o exemplo do MST,
que invade terras, comete crimes, mas consegue tudo porque é
organizado, e também ironizou com as exigências ambientais que
considera descabidas. "Daqui a pouco vão querer colocar um
hidrômetro na goela do boi para cobrar a água que está bebendo no
córrego".
Chico Uejo (PSB), que representa os produtores
rurais de São Gotardo, disse que as más notícias são a rotina do
produtor de leite, e que há pouca novidade no assunto além do que já
foi denunciado na CPI do Leite há sete anos. Citou a lei da oferta e
da procura para dizer que esse mercado não se auto-regulará, já que
há muitos vendedores e poucos compradores. "Não vai haver
desabastecimento, porque há gente produzindo leite para lucrar só
com o esterco. Quando os pequenos e médios quebrarem, os grandes
grupos vão entrar no lugar. A questão é social, e assim deve ser
tratada pelo governo", disse.
Antônio Carlos Arantes, que também representa os
produtores rurais, relatou sua iniciativa para que o Governo Federal
coloque o leite no Programa de Aquisição de Alimentos, mas não
limitado a R$ 0,52. Criticou duramente a legislação ambiental como
impraticável, mas lembrou que ela é federal. "Temos alguns deputados
federais combatendo a nosso favor em Brasília. O ministro da
Agricultura já está a nosso favor, e o do Ambiente também pode
ajudar a rever essas exigências", informou.
Por último, falou o deputado Domingos Sávio,
conclamando os produtores a manter o ânimo e a união para a luta.
"Uma reunião só não vai resolver. Tem que protestar, botar a boca no
trombone. Canalizar as reivindicações a Brasília através do
governador Aécio Neves. Poucas decisões estão no âmbito do Governo
do Estado, mas a União, por exemplo, pode interferir na importação
do soro do leite em pó", esclareceu.
Presenças - Deputados
Vanderlei Jangrossi (PP), presidente; Padre João (PT),
vice-presidente; Antônio Carlos Arantes (PSC), Chico Uejo (PSB),
Antônio Júlio (PMDB), Domingos Sávio (PSDB), Weliton Prado (PT),
Getúlio Neiva (PMDB), Délio Malheiros (PV), Luiz Humberto Carneiro
(PSDB), Gustavo Valadares (DEM), Eros Biondini (PHS), Fábio Avelar
(PSC), Inácio Franco (PV), Dalmo Ribeiro Silva (PSDB), Célio Moreira
(PSDB), Carlos Pimenta (PDT) e Paulo Guedes (PT).
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