Deputado verifica condições de Centro Socioeducativo de Juiz de Fora

O deputado João Leite (PSDB) visitou nesta quinta-feira (20/11/08) o Centro Socioeducativo de Juiz de Fora, no bairro...

20/11/2008 - 00:01
 

Deputado verifica condições de Centro Socioeducativo de Juiz de Fora

O deputado João Leite (PSDB) visitou nesta quinta-feira (20/11/08) o Centro Socioeducativo de Juiz de Fora, no bairro Santa Lúcia, para verificar as condições do local após a rebelião de menores acontecida no último fim de semana. O deputado é membro efetivo da Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa de Minas Gerais, em nome de quem conversou com as autoridades e internos. Ele disse que a comissão vai aprovar requerimento para pedir o relatório final das investigações que estão sendo feitas no centro, bem como pedir uma explicação sobre o acautelamento de adolescentes fora de sua cidade de origem.

O Centro Socioeducativo de Juiz de Fora foi inaugurado em abril, e em sete meses de funcionamento já contabiliza muitos problemas, segundo João Leite, o que inclui um procedimento investigativo pela Corregedoria da Secretaria de Estado de Defesa Social, uma rebelião e pedido de demissão por concursados. Há diversas denúncias de maus-tratos de adolescentes por parte de agentes. Na rebelião de sexta-feira (14), um agente foi feito refém e vários adolescentes foram agredidos. Com o afastamento da diretoria, o Centro Socioeducativo de Juiz de Fora está sob a responsabilidade do diretor-geral dos centros em Minas, Weni de Moura, e da diretora do centro de Belo Horizonte, Luciana Sousa. Por já terem completado a maioridade, cinco internos foram transferidos após a rebelião para o Ceresp de Juiz de Fora. Hoje estão albergados 53 adolescentes.

De acordo com o deputado João Leite, apesar de a situação já estar controlada, com o afastamento do diretor e de agentes e a abertura de inquérito, o centro ainda apresenta muitas irregularidades. "O que mais me chamou a atenção, e que para nós da comissão é inaceitável, é a existência de acautelamento de adolescentes oriundos de cidades bem distantes de Juiz de Fora, como São Sebastião do Paraíso, Santa Rita do Sapucaí e Lambari, no Sul de Minas, e Manhuaçu, no Leste, quando o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) determina que as medidas socioeducativas devem ser cumpridas próximas à família", disse.

João Leite enfatizou ainda a inexistência do plantão interinstitucional, também previsto no ECA e que deve ser integrado por promotores, defensores públicos e um juiz. "É de acordo com os pareceres desse plantão que o juiz irá deteminar a medida para o adolescente cumprir. Em 45 dias ele fica acautelado, aguardando a decisão do juiz. Como o plantão não foi instalado no Estado, esses 45 dias vão se estendendo enquanto o juiz não decide", lamentou o deputado.

A visita foi acompanhada pelo vereador Rodrigo Matos (PSDB).

 

 

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