Novas entidades serão ouvidas sobre Serras da Calçada e
Moeda
A Comissão Especial das Serras da Calçada e da
Moeda aprovou requerimento, nesta terça-feira (28/10/08), ampliando
o número de entidades que participarão dos debates sobre o tema na
Assembléia Legislativa de Minas Gerais. O requerimento, de autoria
de todos os parlamentares que integram a comissão, solicita a
inclusão, entre os convidados, de representantes da Associação dos
Condomínios Horizontais; da Associação de Proprietários do Retiro do
Chalé; do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram); de titulares de
direitos minerários das Serras da Calçada e da Moeda; e o gerente do
Parque Estadual da Serra do Rola-Moça.
Criada a requerimento do deputado Fábio Avelar
(PSC), assinado por outros deputados, a comissão se propõe a
analisar o potencial para usos alternativos do solo e do subsolo das
serras da Calçada e da Moeda, junto com a preservação dos
patrimônios arqueológico, espeleológico e natural dessas áreas, bem
como seu potencial ecoturístico. Justificando a criação, o
parlamentar destacou que há um crescente interesse para pesquisa e
lavra mineral nas duas serras, localizadas no Quadrilátero
Ferrífero. A situação tem atraído grande atenção e gerado discussão
sobre a importância da atividade e a necessidade da preservação
ambiental e cultural.
A Serra da Moeda é um grande espinhaço, ou cadeia
de montanhas, que vai do Sul de Belo Horizonte ao município de Belo
Vale, com uma extensão aproximada de 70 quilômetros, no sentido
norte-sul. Ela inclui vários segmentos e ramificações. Tem esse nome
por causa da cunhagem clandestina de barras e moedas de ouro na
época do Brasil colônia, que era feita na região. Uma das
ramificações da Moeda é a Serra da Calçada, batizada assim porque
ali existem duas "calçadas", calçamentos de pedra feitos pelos
exploradores de ouro na época colonial. Na região há também um
"forte", estrutura murada que é remanescente do que seria uma antiga
casa da moeda, ou senzala para escravos que trabalhavam na lavra de
ouro. Boa parte da área é de propriedade da Vale, empresa que já
manifestou interesse em explorar minério de ferro no local.
Recentemente, no entanto, a Serra da Calçada foi tombada pelo
Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico
(Iepha).
Presenças - Deputados
Sávio Souza Cruz (PMDB), presidente da comissão; Dalmo Ribeiro Silva
(PSDB) e Fábio Avelar (PSC).
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