Excesso de líquido em frango congelado é tema de reunião

Uma fraude antiga praticada nos balcões frigoríficos do varejo em todo o País é tema de audiência pública a ser reali...

24/10/2008 - 00:01
 

Excesso de líquido em frango congelado é tema de reunião

Uma fraude antiga praticada nos balcões frigoríficos do varejo em todo o País é tema de audiência pública a ser realizada na Assembléia Legislativa de Minas Gerais, nesta quinta-feira (30/10/08), às 10 horas. A Comissão de Defesa do Consumidor e do Contribuinte receberá convidados para debater o excesso de líquido injetado em frangos congelados. O evento acontecerá no Plenarinho I.

O requerimento para realização da reunião é de presidente da comissão, deputado Délio Malheiros (PV). De acordo com o parlamentar, regulamentos do Ministério da Agricultura permitem um máximo de 6% de água nos cortes de frango congelados vendidos ao consumidor, assim como na ave inteira, também congelada. "Em 40 marcas investigadas, todas apresentaram fraude. Encontrou-se até 25% do peso total em água e gelo", afirmou o parlamentar.

Além do excesso de água e gelo, o frango congelado também apresenta outros problemas. "A fraude é muito maior do que se pensa. Muitos produtores, ao cortar o peito de frango, por exemplo, incluem um pedaço de costela. Isso lesa o consumidor e prejudica produtores honestos, que não conseguem competir", afirmou Délio Malheiros. O deputado afirmou que problemas semelhantes acontecem com outros tipos de carnes, mas o debate priorizará o frango.

Casos ainda mais escandalosos foram noticiados pela imprensa mineira. Em abril, o jornal Estado de Minas registrou denúncia de uma consumidora que disse ter encontrado até 48% de água, ao descongelar um pacote de filé de peito de frango. No caixa do supermercado, o produto pesou 1,7 kg, mas, uma vez descongelada, a carne minguou para 870 gramas. Em testes acompanhados pela reportagem, a água descongelada representou entre 22,6% e 30,3% do peso total, o que, em alguns casos, significou mais de meio litro de água. Além do prejuízo, o consumidor enfrenta o risco muito maior de doenças, já que a possibilidade de contaminação aumenta com o excesso de líquido.

Estão convidados a participar da discussão sobre o problema o fiscal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Antônio Arantes Pereira; o diretor-geral do Ipem/MG, Tadeu José Mendonça; a procuradora Valéria Dupim Lustosa, secretária executiva do Procon Estadual; o coordenador do Procon Assembléia, Marcelo Rodrigo Barbosa; o presidente da Associação dos Avicultores de Minas Gerais, Tarcísio Franco do Amaral; o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios de Belo Horizonte, Airton Gomes Salim; e o representante do Laboratório de Inspeção Sanitária da UFMG, Wagner Luís Moreira dos Santos.

 

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