Deputados vão analisar leilões de empresas telefônicas

A prática dos chamados leilão reverso ou leilões do menor lance único de empresas do sistema de telefonia vai ser tem...

17/10/2008 - 00:03
 

Deputados vão analisar leilões de empresas telefônicas

A prática dos chamados leilão reverso ou leilões do menor lance único de empresas do sistema de telefonia vai ser tema de audiência pública da Comissão de Defesa do Consumidor e do Contribuinte da Assembléia Legislativa de Minas Gerais. A reunião acontece na quinta-feira (23/10/08), às 10 horas, no Plenarinho I. O objetivo, segundo os autores do requerimento da audiência, deputados Délio Malheiros (PV) e Antônio Júlio (PMDB), é a possível violação ao direito do consumidor.

A prática "leilões do menor lance único" tem sido muito utilizada por empresas para premiar apostadores que acertam os menores valores oferecidos a determinados produtos. A forma de participação é via mensagem de telefone e, conforme os parlamentares, no leilão a reverso os lances são realizados por meio de telefonemas e mensagens enviadas por celular, que são tarifadas especificamente para esse fim. Segundo eles, alguns órgãos e entidades de defesa do consumidor vêm questionando a legalidade dessa prática, por considerá-la de natureza jurídica similar ao jogo de azar, que é proibido no País.

Os leilões de menor lance livre estão em operação no Brasil desde 2006 e podem ser feitos pela internet, telefone ou mensagem SMS. Algumas telefônicas, como a Oi, criaram empresas especialmente para atuar na área, a Super Leilão Oi. Mas há outras que atuam via internet e até emissoras de TV. Mas a principal forma de acesso aos lances ainda é via telefone.

Os leilões não têm nenhuma regulamentação, de acordo com Fundação Procon de São Paulo, mas as suas atividades estão sujeitas ao Código de Defesa do Consumidor, por se tratar de uma relação de consumo, ainda de acordo com o entendimento da entidade. Já o Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), com sede também em São Paulo, considera que esta relação não é de consumo, mas um jogo, que deve ser autorizado pelo governo federal.

Convidados - Foram convidados para a audiência: o procurador da República em Minas Gerais, Tarcísio Henriques Filho; o superintendente regional da Caixa Econômica Federal no Estado, Wagner Lamounier; o procurador federal do Estado de São Paulo, Márcio Schusterschitz Araújo; o promotor de Justiça de Defesa do Consumidor, José Antônio Baeta Cançado; e o coordenador do Procon Assembléia, Marcelo Barbosa.

 

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