Comissões realizam três reuniões com convidados na semana

Três reuniões com convidados estão agendadas para a próxima quarta-feira (8/10/08) na Assembléia Legislativa de Minas...

03/10/2008 - 00:01
 

Comissões realizam três reuniões com convidados na semana

Três reuniões com convidados estão agendadas para a próxima quarta-feira (8/10/08) na Assembléia Legislativa de Minas Gerais. As audiências serão promovidas pelas Comissões de Direitos Humanos, de Saúde e Especial dos Aeroportos. Outro destaque da semana de 6 a 10/10 será a Reunião Especial de Plenário em homenagem aos 200 anos do Banco do Brasil.

A primeira audiência pública de quarta-feira (8) acontece às 9 horas, no Auditório. A Comissão de Direitos Humanos realiza uma reunião com convidados para debater as medidas para ampliar o acesso da população à Justiça. De acordo com o deputado Durval Ângelo (PT), presidente da comissão e autor do requerimento para a reunião, a principal idéia a ser analisada é a criação de um fundo de assistência judiciária em Minas Gerais, destinado a custear serviços desse tipo prestados à população carente.

Em São Paulo, o Fundo de Assistência Judiciária foi regulamentado em 1985. Seus recursos custeiam os convênios com prefeituras e entidades prestadoras de assistência jurídica, o convênio com o Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea) para serviços de assistente técnico de perito e cobrem despesas com perícias. Entre as perícias médicas, são financiadas aquelas que não são prestadas pelo Instituto de Medicina Social e Criminologia (Imesc), tais como exames de DNA.

O Fundo de Assistência Judiciária de São Paulo cobre ainda os custos com tradução de cartas rogatórias, para posterior encaminhamento ao país onde deverá ser cumprida a diligência judicial.
A liberação da verba é feita após autorização da Subprocuradoria Geral da Área de Assistência Judiciária, mediante requerimento do procurador.

Denúncia - Às 9h15, no Plenarinho I, a Comissão de Saúde promove uma audiência pública para obter esclarecimentos da Secretaria de Estado de Defesa Social sobre a exigência de que médicos plantonistas atuem como peritos, realizando autos de corpo de delito. Esse fato, segundo o Conselho Regional de Medicina (CRM), está acontecendo em alguns prontos-socorros do interior do Estado, por exigência de autoridades policiais locais.

O requerimento para a reunião é do presidente da Comissão de Saúde, deputado Carlos Mosconi (PSDB), que também é médico. Ele informou que o CRM encaminhou ofício à comissão argumentando que a exigência contraria preceitos éticos, já que o médico não pode atuar como perito de seu próprio paciente, alem de não poder quebrar o sigilo profissional a que está submetido. O Conselho de Medicina denuncia ainda que a medida tem constrangido e provocado pedidos de demissão em várias partes do Estado.

Para Mosconi, o médico plantonista não tem de fazer perícia. "Quem faz perícia é médico perito", diz. Ele também destaca o problema ético com a quebra do sigilo médico. O deputado informa que a exigência vem sendo feita em várias cidades nas regiões de Uberaba, Poços de Caldas e Governador Valadares. "Em alguns casos, quando o médico se recusou a cumprir a determinação, houve até ameaça de prisão", informa o parlamentar.

Em ofício encaminhado ao secretário de Defesa Social, Maurício Campos Júnior, em 11 de setembro, o deputado pede esclarecimentos sobre a exigência, se é uma norma oficial ou não. "Ele é um dos convidados para esclarecer a confusão. E até a realização da audiência solicitei uma trégua ao secretário, para que a polícia seja instruída a não constranger médicos que se recusem a atuar como peritos", acrescenta.

O Conselho Regional de Medicina, ainda que reconhecendo a escassez de legistas na maioria das cidades e a impossibilidade de manter médicos legistas nos prontos-socorros, afirma que o plantonista não está obrigado a preencher autos de corpo de delito, em decorrência do artigo 159 do Código do Processo Penal. Mas recomenda que o plantonista elabore prontuário médico registrando as lesões corporais ou outras alterações orgânicas ou psíquicas encontradas e a conduta adotada, dentro de normas técnicas e de forma legível.

Comissão avalia segurança de aeroportos de BH

Também na quarta-feira (9), às 15 horas, no Auditório, a Comissão Especial dos Aeroportos promove um debate sobre as condições de segurança do Aeroporto da Pampulha. Foram convidados representantes do aeroporto, dos aeroviários, do turismo e da comunidade que vive no entorno do terminal. Os deputados querem saber se o aeroporto comportaria o aumento do número de pousos e decolagens, caso se confirme a hipótese de transferência de vôos nacionais de Confins.

Na reunião do dia 17 de setembro, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informou que a possibilidade de TAM e Gol operarem com aviões de grande porte no Aeroporto da Pampulha é praticamente nula. O superintendente de Infra-Estrutura Aeroportuária da agência, Anderson Ribeiro Correia, disse que a capacidade operacional da Pampulha está no limite da saturação, com uma média de 12 vôos e 400 passageiros por hora, e que a Anac teria o interesse de respeitar essa capacidade.

Banco do Brasil - No Plenário, além das votações previstas na pauta, que incluem quatro vetos do governador a proposições de lei, haverá uma Reunião Especial em homenagem aos 200 anos do Banco do Brasil. A reunião, que acontece a requerimento do deputado Dalmo Ribeiro Silva (PSDB), será na quinta-feira (9), às 20 horas. Fundado em 12 de outubro de 1808, o Banco do Brasil é hoje a maior instituição financeira do País, com ativos no valor de R$ 342,6 bilhões e 26 milhões de clientes.

 

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