Escultura de Amilcar de Castro no Hall das Bandeiras completa 20
anos
A escultura do artista Amilcar de Castro, instalada
no Hall das Bandeiras do Palácio da Inconfidência, completa 20 anos
nesta terça-feira (7/10/08). A inauguração do monumento, em 1988,
marcou a abertura da IV Constituinte Mineira e o bicentenário da
Inconfidência. O presidente da ALMG na época era o deputado Neif
Jabur. A escultura também retrata o sentimento do artista em relação
à reabertura política do País. "O triângulo dá passagem à
representação popular e aponta o caminho da construção democrática;
o círculo simboliza a aliança sociedade-poder legislativo, fonte e
síntese da vontade geral", lê-se na placa que acompanha a obra.
A obra de aço, que ocupa uma área aproximada de 30
m², foi totalmente produzida e executada pela Usiminas e é uma das
mais conhecidas e importantes obras públicas de Amilcar de Castro,
tendo se tornado símbolo da luta popular. O monumento tem a forma
circular, com 6 metros de diâmetro, e chapas de 5 cm de espessura e
é resistente à corrosão atmosférica.
Biografia - Amilcar de Castro, considerado
pelos críticos e historiadores da arte um dos escultores
construtivos mais representativos da arte brasileira contemporânea,
nasceu em Paraisópolis (MG), em 1920. Chegou a Belo Horizonte em
1934 e formou-se em Direito na UFMG em 1945. Freqüentou a Escola
Guignard entre 1944 e 1950, onde estudou desenho com Alberto da
Veiga Guignard e escultura figurativa com Franz Weissmann. Mudou-se
para o Rio de Janeiro em 1953, iniciando sua carreira de diagramador
nas revistas Manchete e A Cigarra. Participou do
Movimento Neoconcreto no Rio de Janeiro (1959-1961), e elaborou a
reforma gráfica do Jornal do Brasil (1957/59). Durante os
anos 60 fez a diagramação dos jornais Correio da Manhã, Última
Hora, Estado de Minas, Jornal da Tarde e A Província do
Pará, entre outros, além de ter trabalhado como diagramador de
livros na Editora Vozes.
Após receber uma bolsa da Fundação Guggenheim e o
Prêmio Viagem ao Exterior no XV Salão Nacional de Arte Moderna, em
1967, viajou para os Estados Unidos, fixando-se em Nova Jersey. Em
1971 retornou a Belo Horizonte, dedicando-se a atividades artísticas
e educacionais. Dirigiu a Fundação Escola Guignard (1974/77), onde
ensinou expressão bidimensional e tridimensional. Foi professor de
composição e escultura na EBA/UFMG (1979/90) e de escultura na Faop
(1979). Faleceu em 21 de novembro de 2002.
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